10 de novembro de 2005

Reflexão entre uma espiral de fumo - Sócrates e a aporia

O modo como os pitagóricos entendiam a matemática autorizava a crença de que existem realidades além do mundo sensível, realidades essas que constituem as «causas» determinantes do mundo que nos rodeia. A alma imortal tomou contacto com essas realidades antes de encarnar num corpo sensível, o que está na base da doutrina proposta pelo Ménon de que aprender não é mais do que recordar. Ménon é forçado a admitir a função heurística da aporia, ou seja, que o interlocutor de Sócrates se acha em melhor disposição para aprender, quando, depois de refutado, se dá conta da sua ignorância.

1 comentário:

Anónimo disse...

saudades de um amigo...