27 de fevereiro de 2010

Porque beijamos as pessoas?




Porque beijamos as pessoas? Será apenas para desencadear potenciais de acção nas abundantes terminações nervosas sensitivas dos lábios? Será apenas para obter uma satisfação física? Ou procuramos mais do que isso? As expectativas que levamos na boca num beijo inicial vão além de uma tentativa de prazer suave e húmido, parecemos querer realmente saborear a pessoa em si e por inteiro, prendê-la como se os lábios fossem capazes de formas superiores de posse. A boca é, neste como noutros muitos sentidos, a maior sede de expressão da intimidade. Mas na verdade, talvez na verdade da modernidade, o beijo perdeu muito do seu poder. A boca, nesse sentido, constitui-se como simples órgão imperfeito de apreciação e de atribuição de prazer. E assim considerado, com as suas limitações, leva-nos ao erro de confundirmos o tédio que passou a ser um beijo com o tédio que acreditamos ser da pessoa que beijamos.

8 comentários:

Anónimo disse...

E porque é que tu nunca me beijaste?

O Gigante Egoísta disse...

Não sei quem és, se soubesse podia tentar explicar...

Ana disse...

Eheheheh... a eterna luta entre o excepcional e o rotineiro, o proibido e o permitido, o difícil e o fácil. Em tudo. Mas no beijo é triste, de facto... E é ver como aqueles que já antes se beijaram como que tentando unir dois mundos num, agora se beijocam à chegada e à partida, com a mesma emoção com que se acena... É o beijo-hábito!

Isto, eu a dizer... porque eu cá sou como a Susan Boyle, por isso não sei ao certo! ;-)


PS - Tenho que vir cá mais vezes, agora que li aquele comentário ali de cima. Isto promete uma boa novela. Mas nada de confusões: e que eu já vi que estou a escrever à mesmíssima hora da(o) comentador(a) ali de cima. Todavia, por minh'alma que é SÓ coincidência, viu? (Ou eu dizia isto ou lá teria de guardar este meu comentário para outro dia, a outra hora, lol).

Abraço! :-)

Ana disse...

E porque é que tu não publicas o meu comentário? :-(


(xiii... quando um homem começa a ser cobrado, são logo ao molho! :-)

APC disse...

Terceiro:

Acabei de descobrir, agorinha, que das últimas vezes que tentei comentar foi sempre com uma outra conta, na qual figuro como Ana e que dá acesso a um blog antigo e interrompido. A minha intenção era fazê-lo com o APC, a do blog Camuflagens. Ou, no mínimo, como a habitual Nothing, de um tal de Feelings, também devoluto. Mas não sou eu que escolho: chego aqui, decido comentar, abre-se-me uma caixinha que eu preencho, faço clic e o destino decide por mim! :(

Donde: com isto, três comentários aqui colocados são meuzinhos da silva... Os 3º, 4º e 5º, boa? Tks!

Anónimo disse...

Lamentavelmente, o ser humano ve tédio em tudo, até no tédio! :)
Beijar é uma sensação maravilhosa :)
Maria
http://linguajandemportugues.blogspot.com

O que você quis dizer afinal disse...

Quem perde tempo se beijando na boca é porque é péssimo fazendo sexo!!! husahsahsuahushahsuahsuashausuahsasua

Vanilla disse...

Em primeiro lugar Parabéns! Fizeste uma óptima escolha na fotografia. A forma como Alfred Eisenstaedt imortalizou o pós-guerra através de um beijo é sem dúvida uma das minhas fotografias de eleição. Depois relativamente ao texto devo dizer que é uma questão bastante pertinente. Sem dúvida que o beijo perdeu o seu poder através da sua banalização no actual contexto social no entanto não deixa de ser a expressão mais pura e intimista de algo que muitas vezes nem nós sabemos explicar, o sentimento que nos percorre é único e inexplicável! Quero então acreditar que não se trata apenas de um acto egoísta em busca de um prazer próprio e efémero. Deixo a pergunta, já encontraste a explicação que desejavas?