29 de maio de 2006

Le Temps qui Reste: a angústia da morte



O tempo que resta a Romain (Melvil Poupaud) são três meses, contados a partir do momento em que o médico lhe diz ter um cancro em estado avançado e com remotas hipóteses de cura. "O Tempo que Resta" é o retrato desses três meses - e, a quem pensar que isto é a receita para um dramalhão angustiante, maníaco-depressivo ou lacrimejante, François Ozon faz a fineza de dar um valentíssimo murro no estômago. "O Tempo que Resta" é um filme enxutíssimo, seco, descarnado como o corpo de Romain em emaciamento progressivo, depurado à essência de uma vida a prazo. É a obra-prima do cineasta francês de "Sob a Areia", "8 Mulheres", "Swimming Pool" e "5x2" - porque, por uma qualquer inexplicável ironia, o seu habitual olhar distante e clínico, por vezes mordaz, está aqui intacto mas é absolutamente essencial à economia do filme.

Para ler o resto da crítica, consultar: http://cinecartaz.publico.clix.pt/criticas.asp?id=146706&Crid=49&c=3657

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