1 de abril de 2006

Como a um cão

Joseph K. ainda estendeu a mão na direcção de uma janela onde via uma luz acesa, mas ninguém assomou contrastando em vulto contra a luz. Chamou com voz trémula, mas ninguém respondeu. Talvez a janela não estivesse ali. Talvez não passasse de uma projecção do seu desejo de fuga, uma janela imaginada no odor da morte iminente. Tudo era silêncio. O certo é que os carrascos o mataram como a um cão. Sim, essa foi a única certeza.


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