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| | Quantos erros existem no seguinte texto? | O grupo tinha combinado dar um passeio à Serra de São Lucas, mas, quando sairão da escola, estava um nevoeiro serrado. Avançaram pé ante pé, mas ninguém via mais de um palmo diante do nariz e Miguel teve receio de prosseguir. Voltou-se para traz e ordenou aos amigos: – Ninguém dá mais um paço! Se continuar-mos por estes serros pedregosos, tenho medo do que nos poça acontecer. – Vocês não me digam que estão com medo! Nem parecem verdadeiros montanhistas – disse o Vasco, que era dos mais afoitos e já tinha partido a cabeça três vezes. Finalmente, falou o chefe do grupo, que se chamava Tomas: – Podemos seguir, mas com toda a cautela. Até aqui tudo correu bem, mas se não tivéssemos unidos, poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça… | | |
| | 1 | | 1. O verso de Camões «É um contentamento descontente» contém | | |
| | 2 | | 2. Qual das seguintes frases está correcta? | | |
| | 3 | | 3. Qual destas afirmações é falsa? | | |
| | 4 | | 4. Na frase «O carro do meu pai é o mais rápido do bairro.», qual é o grau do adjectivo? | | |
| | 5 | | 5. «Cumprimento» e «comprimento» são palavras | | |
| | 6 | | 6. Qual dos seguintes nomes gentílicos não é o de um natural de Trás-os-Montes? | | |
| | 7 | | 7. Como classifica, quanto à forma, a frase «Os calceteiros é que reparam o pavimento.»? | | |
| | 8 | | 8. O que significa o adjectivo «divicioso»? | | |
| | 9 | | 9. Na frase «A mim, ninguém me cala.», como classifica, quanto à função sintáctica, «a mim»? | | |
| | 10 | | 10. Que recurso estilístico se encontra na frase «Uma lágrima espreitou-me um instante os olhos, e recolheu-se depois, surpreendida.»? | | |
| | 11 | | 11. Na frase «Pelas serras foi dado o brado de alerta aos camponeses.», classifique, quanto à função na oração, «pelas serras». | | |
| | 12 | | 12. Indique o sujeito da frase «Fadista era o nome do cão do velho.» | | |
| | 13 | | 13. Apenas um infinitivo está correctamente escrito. Qual? | | |
| | 14 | | 14. Qual é a frase correcta? | | |
| | 15 | | 15. A consoante «t» considera-se | | |
| | 16 | | 16. A «hebelogia» estuda | | |
| | Quantos erros existem no seguinte texto? | Perante os sérios desafios que se colocam a Portugal no conserto das nações, torna-se essencial que mantenha-mos a nossa héctica democrática, respeitando o contracto que celebrámos com os eleitores. Sabemos como é difícil combater a crise que graça pelas instituições, tanto a nível domestico como na sena internacional, mas não podemos ser sépticos, caindo na descrença ou no cinismo. Por tanto, embora o futuro se apresente inserto e a Europa não vá de vento em poupa, temos de cementar os lassos com os nossos parceiros europeus, para que não hajam problemas. Assim, tudo se resolverá a contento das expirações mais profundas do povo português. | | |
| | 17 | | 17. Qual é o recurso estilístico presente na frase «Estala-se-me o coração de tanta guerra.»? | | |
| | 18 | | 18. Qual a frase correcta, segundo a norma de Portugal e não segundo alguns exemplos literários? | | |
| | 19 | | 19. Qual é o superlativo absoluto sintético de «sagrado»? | | |
| | 20 | | 20. Indique qual a frase correcta. | | |
| | 21 | | 21. O verbo «saraivar» é | | |
| | 22 | | 22. Na frase «És um dos raros homens que têm o mundo nas mãos.», a oração «que têm o mundo nas mãos» classifica-se como | | |
| | 23 | | 23. A «egofagia» designa o hábito de | | |
| | 24 | | 24. A palavra «alga» é de origem | | |
1 191 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 401 – 600 de 1191 Mais recente› Mais recente»Cristina,
Nessa página do Ciberdúvidas, está escrito o seguinte:
«O verbo suceder, com o sentido de ocorrer, acontecer, tem algumas cara(c)terísticas específicas:
I – usa-se apenas na terceira pessoa do singular [sucede]».
Ora, a acepção do verbo é claramente essa, a de 'acontecer', 'ocorrer'. Como tal, apenas pode ser usada a «terceira pessoa do singular»: sucede.
Na acepção reflexiva do verbo, a de 'uma coisa que se segue à outra', então provavelmente já podes usar outros formas verbais de suceder. Se virmos a Gramática, p. 405, temos o exemplo do uso do verbo suceder na voz reflexiva: «Os dias sucedem-se (ou se sucedem) [= um ao outro] calmos.» É nesta acepção que se conjuga todo o verbo suceder.
A.
Com o "Ninguém" também me parece que se teria de acrescentao o "que"
A questão dos serros/cerros já foi suficientemente fundamentada.
Não vou considerar erro.
cristina, concordo plenamente consigo e com os exemplos que deu, nomeadamente o "Não me faças isto, mas não me faças aquilo".
O que agora questiono, se bem que seja apenas com base no meu conhecimento empírico e sem ligar a qualquer regra gramatical, é que o "Ninguém" TALVEZ seja um caso "especial":
Exemplo:
A) Não venhas amanhã. / Não vens amanhã.
Obviamente, apenas a primeira, com o uso do conjuntivo, traduz o uso correcto do Imperativo.
B) Ninguém venha amanhã. / Ninguém vem amanhã.
Por que razão ambas soam correctas? =X
Já considerando a questão "cerros/serros", estou cada vez mais baralhado. Confesso que na primeira vez que li o texto, considerei logo erro e neste preciso momento, 23:21, estou de novo inclinado para considerar erro. Depois de uma conversa com o Y, acho que o significado de "cerros" faz mais sentido no contexto da história. Não tem lógica irem dar um passeio à serra e irem parar a serros (conjuntos de serras). O que faz sentido é particularizar a situação, usando a expressão "cerros pedregosos", simples elevações de terreno pedregosas no meio da dita serra...
Faz sentido ou estou a delirar?
SecretSoul,
Não sei mais que diga... Se foram à serra não andaram nos serros? Hum hum... Por mim, não é erro.
Antinoo....
"sucede"...
"poder-nos-ia estar sucedendo" ...
"poder-nos-ia suceder"...
"poder-nos-ia ter sucedido"...
Está tudo na 3.ª pessoa do singular, não importa o tempo, modo, conjugação activa, passiva....composta, simples...
Alminha secreta,
o exemplo era: FAZ-ME ISTO MAS NÃO ME FAÇAS AQUILO...
Hehehehhehe (Delirium....)
Estou baralhada com a questão do imperativo negativo. No entanto, acho que não vou assinalar erro.
Vejamos... "Ninguém dá mais um passo!" / "Ninguém dê mais um passo"
Secretsoul, a diferença prende-se com o valor do Imperativo (que pode traduzir uma ordem, um conselho ou um pedido...)
"Não venhas amanhã", soa-me mais a um pedido ou conselho
Na nossa frase, o Imperativo traduz o quê? (Ordem) Não se trata de um pedido, muito menos de um conselho.
E é precisamente neste ponto, e dado o contexto em que a frase é proferida, que penso que serve mais o objectivo de comunicação "Ninguém dá mais um passo!"
Na minha conversa com o Secret, reparámos que no texto diz:
Voltou-se para traz e ordenou aos amigos:
– Ninguém dá mais um paço!
Então se ele ordenou, o verbo não teria de ser obrigatoriamente um imperativo? Porquê o uso do presente?
E o Secret disse "Então se já está ordenou, o texto não precisa de estar no imperativo para dar a ideia de ordem".
Eu fiquei a pensar nisto... Se é uma ordem explícita, o verbo tem de ser mesmo um imperativo? Ou, pelo contrário, como a ordem já está explícita, o uso do presente é perfeitamente possível?
Enfim... estou cada vez mais baralhado... e dar palpites de sono eheh
Em relação à pergunta 11, volto a ter fantasminhas atrás de mim:
Pelas serras foi dado o brado de alerta aos camponeses.
O brado foi dado "através das serras", com 1 sujeito indefinido, ou o brado foi dado pelas serras, que são o sujeito na voz activa?
VOZ PASS (ordem natural): O brado de alerta foi dado aos camponeses pelas serras.
VOZ ACT: As serras deram o brado de alerta aos camponeses.
Sou eu que estou com fantasmas a mais, ou trata-se mesmo de um complemento circunstancial de lugar por onde?
hum hum
Que ninguém dê mais um passo... Nada descabido, não senhora.... Claro que se diz também isso...
Que alguém me dê isto, mas que ninguém me dê aquilo... Pronto: Imperativo com QUE ou Conjuntivo (já tou ficando é com conjuntivite deste tempo e com artrite do teclado ... não dos dedos...)
A tua tímida frase chamou mais a minha atençao, Thétis... Tou reflectindo...
MALTA, COMO SE FAZ O BOLD E O ITALIC POR CÁ? Merci d'avance.
Antino, ainda vou pensar mais um pouco no verbo SUCEDER... não vá eu estar parva... Mas não concordas com a min ha análise sintáctica??
(Recapitulando...
Suj: uma desgraça
CI: nos
Uma desgraça poder-nos-ia ter sucedido (acontecido)
3.º pessoa sing / acepção de "acontecer"
Mas Ygego...
Para nós "pelas serras" é CC Lugar por onde sim... não sabias???
Alguém deu o brado de alerta!
Fico-me pelo C.C.L
Novamente, as certezas mais profundamente enraizadas caem por terra... NMTM, tens razão quanto ao erro em "sucedido". Efectivamente, o verbo "suceder", quando no sentido de "acontecer" (não no de "seguir a" ou "substituir"), só admite a forma "sucede". O particípio passado "sucedido" simplesmente não existe; o correcto seria, por exemplo, "acontecido". Talvez por influência espanhola, parece-nos correcto... mas não está. Deveríamos, portanto, assinalar o erro. E, no meu caso, chegaria aos 11. Mesmo sem os "serros/cerros"!
Há, no entanto, um detalhe interessante que irei colocar já a seguir...
cristina, LOL! Os ares da serra definitivamente fazem-me mal...
bold - < b > TEXTO < /b >
itálico - < i > TEXTO < /i >
(sem espaços)
O particípio passado de suceder não existe????? POHHH, essa não lembra nem oa diabo.... c'um raio, vou verificar já já já...
Então, percebeste o que quis transmitir, Cristina.
Eu estou completamente bloqueada.
Boa noite a todos,
Perante tanta argumentação, perfeitamente fundamentada, sinto-me relegada para um canto, tal a minha ignorância.
Rodeada de manuais de ref. e outros que tais, estou mais confusa "do que" "que de" início. Peço desculpa mas não consigo assentar arraiais, sinto-me sem certezas, não as absolutas, mas aquelas que nos fazem avançar.
Eu estava certo de ser C.C.L., mas de repente comecei a pensar em voz activa e voz passiva e fiquei com dúvidas... está-se com certezas absolutas nessa questão?
Obrigada, alminha....
Tudo isso ... hhhhhaaaaaa, as tags...
negrito seca....
Alguns de vós certamente lembrar-se-ão de, numa edição anterior deste Campeonato, um teste que deveria ter saído num certo dia num jornal (Jornal de Letras, creio) não apareceu, devido a um problema de distribuição, acabando por sair só no dia seguinte. Pois bem, qual foi a mensagem que a Organização divulgou na altura? Vejam:
"Lamentamos o sucedido. Foi um lapso da distribuidora e segundo informação da mesma o teste será distribuído durante o dia de hoje ou amanhã de manhã nos mesmos pontos de venda do ..."
Não acham divertido?
Na minha humilde opinião, penso que se deve distinguir duas coisas. Uma coisa é detectar erros objectivos no texto, que traduzam um incorrecto uso das regras; outra é querer fazer-nos passar por autores do texto e querer alterar palavras ou expressões para uma melhor compreensão ou por questões meramente estilísticas.
Claro que sendo eu ou qualquer um de nós o autor do texto, provavelmente evitaria algumas situações, precisamente para não haver confusões deste género, mas daí até considerarmos "erro" penso que vai um longo caminho.
A questão do "sucedido" quanto a mim encaixa-se neste meu ponto de vista. Penso que nunca aconteceria a CTC considerar erro tal vocábulo, sendo a palavra correcta uma totalmente diferente como "acontecido". Isto já é adulterar o texto, ainda por cima o que se encontra na zona para os "mais novos".
É importante distinguir o essencial do acessório.
Keep it simple.
Olá a todos,
Estive a ler as vossas reflexões que surgem a um ritmo vertiginoso, praticamente impossível de acompanhar para quem só agora apanhou o comboio. Vou na última carruagem e vós ides todos na primeira. Irei fazer um resumo das vossas questões para me poder actualizar.
Thétis, não sei se isto te ajuda mas aqui vão as minhas respostas do Especial Escolas:
1º Texto, 17 erros; 1.D, 2.C, 3.A, 4.A, 5.D, 6.A, 7.C, 8.B, 9.C, 10.C. 2º Texto, 12 erros; 11.C, 12C, 13.B, 14.A,15 C, 16.B, 17.D, 18.B, 19 B, 20.C. 3º Texto, 15 erros; 21.C, 22.C, 23.C, 24.D, 25.C, 26.D, 27.C, 28.C, 29.C, 30.B.
Dona, obrigada pela tua correcção!
Estive a comparar com a minha e estamos em sintonia à excepção da 11 (assinalei A)
Se a frase "Ninguém dá mais um passo." está errada qual é a solução?
Que ninguém dê mais um passo(?)
Não dão nem mais um passo(?)
Será que o "ninguém" provoca essa negação que se está a discutir?
Em primeiro lugar, ajudava bastante que, a cada vez que alguém aqui coloca um link, se fosse lá ver - sempre era uma aprendizagem. Há casos em que foram sugeridos uma e outra vez, e só à 3ª é que alguém leu e "finalmente" viu a luz (deveria haver forma de os debruar a néon fuschia!). Apenas digo isto, porque se o comentador considera que tais ligações seriam úteis para ilustrar o seu raciocínio, então é de se lhe dar crédito.
Quando ao verbo "suceder", por enquanto deixei de ter lenha para tal fogueira. A ideia seria a de que um rei sucede a outro, sim senhores, e as coisas a outras sucedem; mas que nada me sucede, a não ser o que vem depois de mim; e sim "acontece-me".
No entanto, baseei esta hipótese na premissa de que não existem situações em que o verbo seja transitivo directo. E é claro que agora já tenho matéria para muitas dúvidas:
1) Diz-nos a Cristina que se algo (CD) nos (CI) sucede, então aqui o verbo é transitivo indirecto - muito bem!!!
2) Lembrou o Alexandre que o verbo apenas se conjuga na 3ª pessoa. É verdade, mas, efectivamente, no texto ele não está conjugado em pessoa alguma, e sim no PP - logo, não temos nada!
Pela minha parte, vou deixar adormecer este assunto por aqui, pelo menos por hoje.
... ... ...
Cris: o que foi esse desconforto sobre a presença do presente do indicativo e do pretérito perfeito na mesma frase? Foi do xuninho?
Então (e isto agora é um "supônhamos", como n'A Conversa da Treta): devemos preocupar-nos em manter as promessas que fizemos no passado.
... Não achas bem? Eu cá acho bem e bom (lol), mas, para isso, seria preciso que a democracia não fosse héctica (tuberculosa) e os políticos sépticos (putrefactos), eheheh - aquela CTC é tão engraçada e nem sequer sabe disso! ;-)
Miguel: gostava de não repetir o que a Cristina já disse com imensa clareza (nunca o imperativo afirmativo nos levantou dúvidas, apenas o negativo). Todavia, quando diz que a frase "Ninguém dá mais um passo sem a minha autorização" poderia não ser imperativa, discordo de todo. Sê-lo-ia sempre que alguém a proferisse directamente para os seus destinatários (mas atenção, que o imperativo não serve só para ordenar, mas também para encorajar, convidar, aconselhar...). Outra coisa - essa bem diferente - seria contarmos a um terceiro: - "(Desde que eu defini regras) ninguém dá mais um passo sem a minha autorização".
Quanto ao soar bem, creio que devemos ter um pé no mundo sensorial (o que seria do Homem sem a sensibilidade?) e outro no racional (porque nos deixamos enganar, tantos pensadores o disseram). Por vezes, quando ministro formação pedagógica e chamo a atenção para o pretérito perfeito do verbo "intervir", dizem-me, a propósito das formulações ERRADAS "eu intervi, tu interviste, ele interviu", que soam muito melhor do que am conjugações correctas. Peço-lhe que não me leve a mal (de coração), mas também acho que o mais que utilizemos as expressões (da forma certa ou da forma errada), mais elas nos passam a soar bem!
Entretanto, não falta qualquer "que" ao Imperativo. Ao conjuntivo é que poderia faltar. Mas é compreensível a confusão!
Por fim, pergunta-me se eu acho que o seu exemplo serve para desempatar a questão!? Não, caro amigo, não acho, pois se me não serviu a mim, quando eu mesma o destaquei!...
Temos, portanto, que já se encontra decidido; eu bem longe disso. Mas ainda bem que temos caminho pela frente... Para mudar decisões e dúvidas... Eu, o Miguel e todos nós.
Boa noite!
Dona e Thétis: Já me tinha esquecido do Teste Especial Escolas. Cuidado na pergunta 30: a resposta é C, não B. Vejam a Gramática de referência, p. 126.
Vingador, sinceros agradecimentos pela chamada de atenção!
Já agora, Dona, falei no assunto no sítio do 1º teste.
Atenção ao escalão dos meninos do 2º ciclo! (pertencem ao 2º escalão e não ao 1º como vem no teste)
Secret: se o autor quis que a ordem soasse a ordem (imperativo normal, com conjugação do tempo conjuntivo) ou se quis senerar-lhe o tom (com recurso ao presente do indicativo), esse não é tanto o foco, porque aceitamos tudo quanto esteja correcto. A questão, é que há recurso ao P.I. numa formulação imperativa negativa, e ainda não percebemos se isso é possível.
Thétis: dizes que a frase "Não venhas amanhã" não te soa mal. Pois é natural, se se trata de um impertivo construído da forma convencional (ehehehe). Isso equivaleria, no nosso texto, a "Ninguém dê mais um passo"! :-) A questão é que lá temos "Ninguém dá mais um passo", o equivalente a "Não vens amanhã" como opção de imperativo... Soa-te bem assim? ;-)
Vingador: ora, mas então o particípio passado não é "universal", i.e., transversal a todos os verbos? Ai, que isto seria uma faca directa ao meu peito! ;-)
PS - Cris: explico os bolds e os itálicos por e-mail.
PPS - Ressalva das azelhices que ali atrás escrevi (e outras escreverei):
Onde se lê "se o comentador considera que seriam úteis" dever-se-á ler: considera que são ou considerou/considerava que eram/seriam.
A diferença é que "Não Venhas amanhã" soa-me mais a Imperativo que traduz pedido ou conselho... e "Não vens amanhã" o tal "imperativo" com valor de Ordem, que é aquilo que nés queremos
Théthis: achas mesmo que é 11A - complemento agente da passiva?
O agente da passiva é o complemento que, quando a oração está na voz passiva, designa o ser que pratica a acção sofrida pelo sujeito. Designa o ser que "age" = "agente".
Ex.: Este livro foi comprado por mim.
Por causa da sua inteligência, o Abel é admirado pelos colegas.
O almoço de domingo será feito pelo pai.
Isto é ignorado por todos
(Ciberdúvidas)
Tens consciência disto? Pensaste bem no assunto? Estás certa?
Beijinhos
Théthis, mas o problema é que a gramática "autoriza" o recurso ao presente do indicativo em exemplos doo imperativo afirmativo, mas ainda não vimos, em lado nenhum, que o admita quando na negativa (não vens, não fazes, ninguém diz).
Nothing, desculpa, eu estava apenas a responder à Dona sobre o Especial Escolas. Não era sobre o nosso teste.
"Pelas serras" considero Resposta B
Beijinhos
Ahahahahah, ok, ok... Já fico mais descansada! :-))) Por momentos, esqueci-me que vocês estavam noutra, sorry! :-)
Vingador: afinal não é assim tão claro, afinal, o que nos sucede, né? :-P
Uf!... Raio de língua complicada, esta! :-S
Pois, mas se admite na afirmativa, também não diz que não admite na negativa. Então será que subentendemos essa possibilidade?
Estou exausta... Amanhã continuamos a guerra com este teimoso imperativo negativo!
Beijinhos para todos!
Uma perguntinha bem naif: quando se diz que o verbo "suceder" (no sentido de "ocorrer"/"acontecer") apenas se utiliza na terceira pessoa do singular, isso quer dizer que exclui também o particípio passado, e não apenas os tempos conjugáveis, é isso?
Bem... Nesse caso, compreendo, V.!
Correctos que estejamos (Alex incluso) e, realmente, aquele P.P. do texto é inadequado, dado que o único possível será aquele que tenha a ver com o fenómeno de sucessão (ex: Um rei é sucedido por outro).
Excel! :-)
Vingador: are you OK? Or was that a joke? "Sucedido" cannot be an error! See, e.g.,
http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=10970
http://ciberduvidas.sapo.pt/antologia.php?rid=118
http://newsite.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=17047
http://www.slp.pt/Variavel/Paulo_Coelho.html
http://www.geocities.com/emidionavarro/slp_ci.htm
Take a break, man! Go sleep!
I have decided to choose 10 errors in text 1 and 11-B, but I still think 11-D is also correct.
Cristininha, repara no que disseste, convicta:
Poder-nos-ia ter sucedido (acontecido) uma desgraça... uma desgraça é complemento directo, logo o verbo é transitivo directo...
E agora repara no que Edite Prada diz no Ciberdúvidas, a 14/07/2004:
Não me ocorre, nem encontrei, nenhuma situação em que o verbo ["suceder" enquanto sinónimo de ocorrer/acontecer] seja transitivo direto.
Just take a minute to think about it!
Donde:
Sucede-o (directamente) - sim!
Sucede-lhe (indirectamente) - não!
Alguém poderia ter-nos sucedido? Sim!
Algo poderia ter-nos sucedido? Não!
Mas acontecido ou ocorrido, sim!
(Bom... É assim que me vou deitar... Logo verei o que sucede!)
Eis o resumo das minhas conclusões.
“Serra” é erro. Comprovativo:
http://newsite.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=3238
“- Ninguém dá mais um …” é erro.
Comprovativo:
Imperativo negativo
http://newsite.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=20388
O Imperativo
http://newsite.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=9183
“- Poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça” não é erro. Comprovativo:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=14073
O verbo suceder, com o sentido de ocorrer, acontecer, surge, na maioria dos casos, com o sujeito posposto, isto é, a seguir ao verbo:
«Com os golfinhos sucede o mesmo.»
«Poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça.»
http://newsite.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=17047
Sim, Dona, a referência é essa para "serra da Estrela" e também lá existe com "praia da Rocha" e "cabo da Roca"... A regra é a mesma, e fico feliz por teres concluído assim! :-)
Quanto a "nação", creio que já estavas decidida, certo? Isto, apenas porque me lembrei que também lá encontras um equivalente, mas com "república".
A 1ª das referência que usas para decidir que o imperativo negativo está errado, é insuficiente. Com efeito, por norma um imperativo (afirmativo ou negativo) faz-se com recurso ao conjuntivo. Porém, a gramática diz-nos que se pode optar pelo uso do presente do indicativo. Acontece que apenas nos apresenta, como exemplo, casos do imperativo afirmativo, sem nos dizer se o mesmo é admissível no caso do negativo. A minha aposta é que não, mas ainda não possuo fundamentação relevante.
Todavia, a passagem "O Imperativo Negativo não tem nenhuma forma própria. É integralmente suprido pelo presente do conjuntivo" (Gramática de CC & LC), se é que eu a entendo bem, dá-me alguma certeza.
Já a tua 2ª referência sobre o tema, me parece mais próxima. Não me assegura, mas já me convence! :-) Tou contigo!
Quanto ao verbo suceder, em causa não estava o argumento que apresentas, mas sim este facto: a forma verbal pode ter o sentido de "sucedido" (acontecimento, ocorrência) ou sucessão. Porém, no primeiro dos casos "usa-se apenas na terceira pessoa do singular" (mesma referência que usaste). Ora, no nosso texto, o verbo está no Particípio Passado. A questão é: pode ou não pode? Se sim, ok. Se não, é erro!
Muito se trabalha aqui!
É que nem se dorme, nem nada! :-)
Beijinhos
De repente veio-me à mente uma canção popular. Daqui não saio/daqui ninguém me tira. Ou deveria ser "ninguém me tire"?
Ora bom dia gigantes, começando pelo fim ;-)... Miguel, grande tirada essa do ninguém me tire! Só não sei se o "popularucho" também serve como referência!
Nothing... * JPC: acabei de inventar o "presente do indicarivo", eheheheh (mas tu percebeste!).
Compreendido! Já dizia o Vasco santana :-)
Confesso que depois de ler todos os comentários e em relação ao meu último aqui colocado, continuo com dúvidas!
Se tinha 9 erros no 1º texto e 16 no 2º texto, agora tenho para mim que são:
* 9 erros no 1º texto (não considerando o "ninguém dá mais um passo" um erro)
* 15 erros (não considerando o "a nível de" um erro, pois se devemos não utilizar, também nada diz que é um erro)
Agora é esta a minha dúvida, se os erros que disse ou se 10 e 16, respectivamente
Abençoado: já dormi. Tens razão, precipitei-me; não era a brincar. Não vou considerar erro "poder-nos-ia ter sucedido".
Para todos os outros: Estou cada vez mais convencido que "Ninguém dá mais um passo!" vai ser considerado errado pela Comissão. Os exemplos que aparecem na Gramática de referência com a substituição pelo presente do indicativo são frases imperativas do tipo "por favor" e sem ponto de exclamação sequer. Aqui trata-se de uma frase tipo "ordem" (a palavra "ordenou" está bem explícita na linha anterior do texto) e o ponto de exclamação está lá.
"Ninguém dá mais um passo!" poderá soar muito bem (é um facto), mas não creio que seja este o critério que a Comissão vai usar.
Os consultores do Ciberdúvidas bem dizem que não respondem a perguntas do Campeonato enquanto este estiver a decorrer, mas de vez em quando esquecem-se e lá vão respondendo, sem se aperceberem; quando se apercebem, apagam, como já aconteceu há umas semanas atrás:
http://ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=22674
http://ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=22658
A primeira é clara, a segunda parece-me uma variação de "Fadista era o nome do cão do velho".
Vingador, obrigado pela tua exposição do caso. Estou inclinado a considerar erro. Sendo assim são 10 erros no 1º texto. Querem ver que ainda vamos descobrir mais algum até 5ª feira? Ou então ficamos com "duvidite aguda" até à hora da correcção! :-)
Uma das respostas do Ciberdúvidas que coloquei há pouco pode fazer-nos pensar se "diante" não teria de ser substituído por "adiante". Creio que este ponto já aqui foi referido. Encontrei o seguinte texto sobre este assunto e outros relacionados (é impressionante como é que se podem fazer tratados analisando estas coisas):
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4517/6/Verbaliza%C3%A7%C3%A3o_Espa%C3%A7o.cap5.pdf
O texto aborda, entre outros temas, as diferenças entre "diante" e "adiante"; da leitura (rápida) que fiz, pareceu-me que a distinção tem a ver com a questão da frontalidade: se duas pessoas estão de frente uma para a outra, diz-se "diante"; se estão viradas para o mesmo lado (como numa fila), diz-se "adiante". Mas talvez alguns de vós tenham outro entendimento. No caso de "um palmo" parece-me que a distinção não se aplica, e poderíamos usar tanto "diante" como "adiante". Não seria, portanto, erro. O que é que acham?
Vingador, pelo que dizes, concordo que não seja um erro. Acho que a dúvida subsiste, em todo o caso, pelo emprego da palavra "diante". Se calhar não estaríamos aqui com dúvidas se estivesse "à frente do", que é como eu digo e como muitos dizem! Mas se tivesse de empregar outro termo escolheria o "diante". No caso que deste, da fila, como outros em que quero dar a entender que é um pouco mais longe, digo "Adiante", como: Olhe, é ali adiante :-)
Mas também posso estar errado...
Meu caro Secretsoul
Não se trata de egoísmo, mas sim de transparência, mas acha correcto ter um blog paralelo onde discute o CLP com pessoas que não podem aceder a este ?
Pronto! Já disse...
E transcrevo:
Paulinha* disse...
Ola' ha' um blog tambe'm onde tem as respostas.. certas so' que agora tem de ser o dono a fazer convite pa entrar ninguem consegue arranjar?
As nossas receitas na boca de toda a gente - como a pasta medicinal Couto....Blogs paralelos? Infiltrações? Estamos a tornar-nos numa referência a nível linguístico. E depois da melodia daqui não saio/daqui ninguém me tira, que mal há em dizer "ninguem me tira da cabeça" ou "não me sai da cabeça" - a segunda pode ser de duvidoso imperativo mas quanto à primeira não vejo qualquer diferença com a do texto. Uma parte de mim acredita nisto, a outra autoconvence-se.
That's a good point, Maggie!
Cara Maggie,
1) Não tenho culpa do acesso a este blog ter sido restrito e muitas mais pessoas não poderem discutir as suas dúvidas num espaço semelhante.
2) Este blogue não tem nem deve ter exclusividade de tipo algum no que se refere a discutir os testes deste Campeonato. O ano passado havia pelo menos 3 ou 4 blogues a fazer o mesmo.
3) O espaço de discussão no meu blogue surgiu no 1º Teste, muito antes sequer de saber que o acesso ao Gigante iria ser restrito.
4) Lá por que alguém comentou no meu blogue, pedindo acesso ao Gigante, não quer dizer que o faça. Muito pelo contrário. Este blogue não é meu e como tal, aqui estou condicionado e respeito muitíssimo as regras de quem o dirige. Neste caso particular, quem foi convidado, entra; quem não foi não entra. E tal só está ao critério do Alexandre.
5) Sinceramente, acho ridículo vir falar de transparência apenas por ter mais um espaço de discussão deste Campeonato. Limito-me, aqui e no meu blogue, a dar opiniões, quer minhas, quer derivadas de opiniões de outras pessoas. E não vejo mal nenhum em expressá-las em dois sítios e não apenas num. Aliás, tenho pena é não haver mais locais do género, restritos ou não. Mais sítios do género só serão bem-vindos, pois mais hipótese teremos de tirar as nossas dúvidas ou encontrar alguém que o faça, contribuindo para uma maior aprendizagem da nossa parte, não lhe parece?
Se após isto tudo, ainda lhe faz comichão, lamento dizer-lhe que a sua opinião não faz qualquer sentido.
Um conselho: a vida é muito curta para estarmos com mesquinhices. Feche os olhos. Longe da vista, longe do coração. :)
Disponha sempre.
Caro Secretsoul
1)- Apenas manisfestei a minha opinião em relação a uma situação que considero incorrecta.
2)- Se não consegue "encaixar" opiniões divergentes das suas, nomeadamente no que diz respeito a procedimentos que impliquem terceiros, só posso lamentar.
3)- Não aceito conselhos, lições de moral ou apreciações do meu carácter de quem não conheço.
4)- Parece-me desejável que este facto fique à consideração dos Gigantes, que neste espaço partilham e discutem saudavelmente as suas ideias.
MAGGIE, releia o seu ponto 2):
Se não consegue "encaixar" opiniões divergentes das suas, nomeadamente no que diz respeito a procedimentos que impliquem terceiros, só posso lamentar.
...e agora aplique-o a si. Não será a opinião divergente (o outro blog) perfeitamente democrática? Ou este "fórum" tornou-se uma ditadura?
Cara Maggie,
Eu sei que o SS tem blogue paralelo e, ainda assim, aceitei a sua participação neste. No blogue dele não houve extravasamento de respostas daqui para lá.
Além disso, o SS foi o primeiro a formular a dúvida quanto à maiúscula de Serra.
Não vejo falhas no seu comportamento e tem tido uma participação positiva.
Mas continuarei atento às tuas preocupações, são sempre úteis.
Agora, quanto ao imperativo negativo, que é o que neste momento me interessa mais, tenho a dizer que: se a gramática diz que o imperatio negativo é INTEGRALMENTE suprido pelo conjuntivo, então não há espaço para que possa ser suprido pelo indicativo. Como se refere no Ciberdúvidas, o imperativo positivo é suprido pelo conjuntivo e, para ser atenuado, é suprido pelo indicativo. O imperativo negativo é INTEGRALMENTE suprido pelo conjuntivo. A mim não me restam dúvidas.
Penso ser relativamente consensual que «ninguém» torna a frase negativa.
Quanto ao «suceder». Em frase como, por exemplo, «Lamentamos o sucedido», a palavra sucedido está substantivada, significando 'o que aconteceu'. Não é um verbo. Funciona como substantivo, parecendo-me, por isso, correcta.
Na frase do texto, o «sucedido» funciona como verbo transitivo indirecto. Ora, nesta forma, e como diz o Ciberdúvidas, ele não pode ser usado senão na terceira pessoa do singular. Neste momento, estando no Hospital, não tenho acesso à existência ou não de particípio passado. Mas, mesmo que exista, não pode ser utilizado na acepção de «acontecer, ocorrer».
A Nothing já sei que concorda comigo. E quanto aos outros? Cristina? Dona? Vingador e Abençoado, na vossa dupla alteridade? Thétis?
A.
A.
Não quero aqui ferir susceptibilidades nem tão pouco ser advogado do Diabo, estando a favor de alguém.
O que eu acho, e peço perdão por, se calhar, estar a meter-me onde não sou chamado, é que estamos a fugir às questões centrais que nos une aqui neste espaço, e que é a partilha de opiniões, dúvidas, certeza e afins sobre os testes do CLP 2008. É claro que também há tempo e espaço para outros assuntos, para se aligeirar um pouco a nossa "duvidite aguda", mas centremo-nos no que é mais importante e pelo qual nos faz vir aqui.
Mais uma vez peço desculpa se estou a ferir a susceptibilidade de alguém, pois não é meu timbre e jamais seria a minha intenção!
Paula???
Não foi desconforto algum.... ((Copio: Cris: o que foi esse desconforto sobre a presença do presente do indicativo e do pretérito perfeito na mesma frase? Foi do xuninho?))
Foi somente um exercício que eu fiz para excluir o erro. Topaste??
E alguém me explica porque andamos nós a discutir o sexo dos anjos? Suceder naõ pode ser erro ou então estarmos a modificar o texto... Neste momento, não interessa... Foquemo-nos nos textos e nas perguntas do teste...
Antinoo...
Sobre o sucedido ou o suceder, ainda não tenho opinião formada... Mas seja como for ele não pode ser erro na medida em que eu não posso alterar a palvar do texto para corrigir um erro...
Estou farto de pensar e não me vem à cabeça nenhum outro verbo defectivo, impessoal ou outro assim estranho, que não tenha particípio passado!
E o Ciberdúvidas é claro nesta questão!!:
Qualquer destes verbos tem gerúndio, particípio passado e infinitivo impessoal porque nenhuma destas formas codifica concordância em pessoa.
link: http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=11802
Acho que com esta passagem fica óbvio que não existe nenhum erro na expressão "poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça". Nos tempos verbais em que não há concordância de pessoa, todos os verbos são conjugados!
Posto isto, embora possamos continuar a esgrimir argumentos para tentar desvendar mais algum erro, proponho que façamos um ponto de situação em relação à quantidade dos erros do 1º e 2º textos.
Aqui vai a minha:
1º Texto: 9 erros
2º Texto: 15 erros
Thétis eu dei pelo teu aviso logo na altura, e quando coloquei o teste no blog da Cristina essa correcção (muito útil e bem diagnosticada)foi incluida.
Obrigada.
A minha posição actual é 10 erros no texto 1 e 15 no texto 2.
Quanto à questão "SecretSoul": penso, como o Alexandre, que ele sabia as regras quando entrou para este blogue. A ideia de torná-lo restrito foi a de evitar que qualquer pessoa viesse aqui copiar as respostas sem ter qualquer trabalho. É evidente que se elas saíssem daqui para outro blogue, o objectivo não iria ser alcançado. Não creio que o SecretSoul esteja a transportar as nossas discussões aqui para o blogue dele lá. Claro que conciliar as duas coisas não deve ser fácil. Se ele chegar a uma certa conclusão com base em discussões nossas e essa discussão não estar a acontecer no outro lado, ele teria a obrigação de não a partilhar, mas aí estaria a enganar os participantes do seu blogue. É, como disse, uma situação muito delicada, a do SecretSoul. Acredito, no entanto, que ele vá saber manter o equilíbrio e não desvirtuar o nosso objectivo.
Antinoo e Paula,
Suponhamos que o verbo "suceder" está mal empregue no texto. Não o podemos substituir pois, neste teste do campeonato, é-nos pedido para identificarmos os erros mas sem substituirmos palavras...
Não é assim? Por isso, por enquanto, encerro este assunto, cá no blogue, para não gerar mais confusões.
Sobre a colocoção de "que" na frase: "(Que) ninguém (dá)dê mais um passo..." isto é transformar o modo verbal de Imperativo para Conjuntivo. Assim, o uso do "que" está a confundir os raciocínios... Mas a dúvida faz avançar todos, obviamente.
Exemplos:
"Que ninguém dê um passo."
Posso fazer preceder esta frase de uma oração. Ora vejam:
"É bom que ninguém dê um passo."
Assim, fica mais claro que a segunda oração (que ninguém dê um passo) está no conjuntivo e não no imperativo.
O exercício de transformação é sempre uma forma de esclarecer dúvidas e de tornar mais claros alguns conceitos.
E se não basta o anterior exemplo, faço mais uma transformação:
"Era bom que ninguém desse mais um passo." (Assim, através do "desse" já não há dúvidas que o verbo dar está no conjuntivo, certo?)
Logo, não se pode de modo lagum dizer que a frase "Ninguém dá mais um passo" está correcta porque:
1) Não tem o "que"
2) Se tivesse o "que" é que seria "dê"...
Ora se o Imperativo negativo se forma a partir do Conjuntivo e apenas a partir deste, parece-me claro que há erro na frase do primeiro texto: "Ninguém dá mais um passo."...
Um erro subtil que julgo vai passar despercebido a muita gente e esta é, na minha pobre teoria, a intenção da CTC...
Já me esquecia! Último aparte sobre o verbo "suceder":
O verbo suceder tem, de facto, particípio passado. Já consultei um dicionário de verbos e lá estava ele. Usa-se nos casos em que o verbo "suceder" tem a acepção de "acontecer"...
Na frase "Poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça", o verbo suceder tem a acepção de "acontecer" e está também na terceira pessoa do singular... O sujeito (uma desgraça) está posposto, como convém...No entanto, fico ainda com dúvidas em classificar este verbo neste contexto... Há-de tomar forma mais tarde.
Nothing nunca pensei que àquela hora alguém estivesse ligado álem de mim. Não me digas que és vampira!? Agora tás a contactar-nos dentro do teu caixão...E depois aqueles *enganinhos são culpa do computador. É da má recepção do espaço confinado!
Tens que instalar banda larga!
Just kidding!
The air is too heavy around these places! It needs to be lifted! And you have a great sense of humor!!!
Copy
«I have decided to choose 10 errors in text 1 and 11-B, but I still think 11-D is also correct.»
Vingador,
Se não estou em erro, esta frase é sua….
Vou tentar ajudar…
1) Vem por este lado.
2) Ele deu-me esta notícia pelo telefone.
3) Eles viajaram de comboio.
Na frase 1, tem um CCL introduzido pela preposição por (por este lado);
Nas frases 2 e 3, tem um CCMeio… introduzido em 2) pela contracção da preposição por + o (pelo telefone) e iniciado em 3) com a preposição de…
Isto mostra que estes complementos circunstanciais (de lugar ou de meio) podem ser ambos introduzidos pela preposição por (esteja ela ou não contraída) e será isto que gerou a dúvida sobre se “pelas serras” é CCL ou CCMeio.
Para identificar um CCL basta fazer a pergunta “Onde?”.. E onde foi dado o brado de alerta aos camponeses? Foi dado nas serras… pelas serras…
Para identificar um CCMeio, pode fazer a seguinte pergunta: “Por que meio?” Por que meio foi dado o brado de alerta??? Não sei, mas julgo que não foi usado como meio as serras…
Ou seja, a frase “Pelas serras foi dado o brado de alerta aos camponeses.” acha que o meio usado para dar o brado de alerta foi “as serras”… ou que foi naquele local (onde) que o alerta foi dado???
Não sei se ajudei, mas era essa a intenção!
you see! now you`re sleeping! why else won`t you answer me!?
12 Fev. 08
Ponto da situação relativamente ao primeiro texto.
Erros
1) serra (para alguns com maiúscula para outros nem por isso)
2) sairão (sem sombra de dúvida)
3) serrado
4) traz
5) dá (para alguns não é considerado erro…)
6) paço
7) continuar-mos
8) serros (há quem considere erro, eu não)
9) poça
10) Tomas
11) tívessemos
Assim sendo, eu coloco 10 erros (não considero “serro” como erro..)
Ponto da situação relativamente ao segundo texto.
1) conserto
2) mantenha-mos
3) héctica
4) contracto
5) graça
6) doméstico
7) sena
8) sépticos
9) por tanto
10) inserto
11) poupa
12) cementar
13) lassos
14) hajam
15) expirações
Logo, 15 erros para mim.
Dona??? I need to ask you something...
Ontem, disseste que tinhas 17 erros no primeiro texto, não foi?? Mas foi lapso, não???
Erros
1) serra (vou considerar erro porque a nossa argumentação é sólida - mas penso que a CTC vai achar que não é erro)
2) sairão
3) serrado
4) traz
5) dá (continuo a achar que não é erro)
6) paço
7) continuar-mos
8) serros (acho que está bem, embora pudesse estar melhor)
9) poça
10) Tomas
11) tívessemos
Assim sendo, eu coloco 9 erros.
No segundo texto coincido em tudo com a Cris.
Ó Cristina, disse!?!?!? Se assim foi, é lapso decerto!
Eu digo 10 erros 1º e 15 erros 2º.
Eu também digo 10 erros, e 15 erros, a esta altura do campeonato(literalmente).
=:D
ypslon, gostei dessa do "literalmente" ;-)
Vamos esperar então pelas opiniões dos outros gigantes. Penso que ninguém tem dúvidas em relação ao 2º texto (15 erros). Mas o 1º é um bico de obra e se-lo-á até vermos a correcção :-)
Ora bem, sendo que nas questões o teste "já está resolvido" e nos textos é que ainda residem dúvidas a minha opinião mantém-se no keep it simple.
Tudo o que PODE estar certo, é certo.
Tudo o que possa ser fundamentado sem margem para dúvida como erro, deve ser assinalado erro.
serra/Serra, temos argumentação mais que sólida.
dá/dê, parece-me nesta altura do campeonato que a argumentação também já é muitíssimo sólida com a conjunção das fontes (especialmente a corroborada por CC).
Nesta altura, seria então, de apostar nos 10 erros, que, a não serem considerados, haverá sempre hipótese de termos reclamação com argumentos necessários e suficientes.
No 2º texto confirma-se, até agora, que o galicismo "a nível de" não tem argumentos necessários e suficientes para ser considerado erro. Mantenho os 15.
Sobre o verbo SUCEDER, o dicionário Houaiss diz o seguinte:
VERBO
intransitivo
1 dar-se (algum fato); ocorrer, acontecer, realizar-se
Ex.: 'não sei o que sucedeu' 'suceda o que s., não irei'
transitivo indirecto e pronominal
2 vir ou acontecer depois de (algo) ou sucessivamente; seguir-se
Ex.: 'a noite sucede ao dia' 'os dias sucedem-se uns aos outros'
transitivo directo e transitivo indirecto
3 ser substituto ou sucessor de (alguém); assumir, por direito de sucessão, por nomeação ou por eleição, as funções antes ocupadas por (outrem)
Ex.: 'queria o rei um filho que o sucedesse' 'o filho sucedeu ao pai em seu ofício'
transitivo indirecto
4 ser chamado por lei ou testamento a uma herança
Ex.: poucos são os que lhe sucedem na herança
transitivo indirecto
5 produzir efeito, ter bom resultado, ser de utilidade
Ex.: o negócio não lhe sucedeu bem
Sobre o uso, é dito:
a) na acp. 1, quando o verbo suceder tem por sujeito a oração que se lhe segue (mas sucede que hoje não haverá aula), funciona como expletivo, uma vez que pode ser omitido sem afetar o sentido geral da sentença
b) ***nas acp. 1, 2 e 5, só se emprega na 3ªp. sing. e pl.*** [asteriscos meus]
Cristina, onde tu viste o PP de suceder, tens a certeza que era aplicável à acepção 1?
A.
Cristina,
Lembrei-me ainda de outro ponto a favor de que é erro.
O GDLP da Porto Editor considera que suceder é um verbo que, na acepção de 'aconter, ocorrer', é INTRANSITIVO. Como é possível tê-lo aqui sob a forma de transitivo indirecto?
A frase correcta seria passaria pela supressão do 'ter' e correcção do 'sucedido': «mas se não estivéssemos unidos, poder-nos-ia suceder uma desgraça.»
A.
Antinoo,
Vi o PP de suceder num dicionário de verbos.
Antinoo no Ciberdúvidas consideram que também pode ser transitivo indirecto
Relativamente à transitividade, este verbo é intransitivo. Pode também ser transitivo indire(c)to:
(5) «O mesmo sucede aos golfinhos.»
(6) «O mesmo lhes sucede.»
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=14073
Alexandre,
O exemplo de frase em que suceder aparecia com a acepção acontecer e com PP era o seguinte:
"Pode não lhe ter sucedido (acontecido) o mesmo que a ti."
Não sei se arricarei aquela tua correcção para a frase. Primeiro, porque a frase que pretendes corrigir encontra-se num texto para gente mais novinha (com capacidade para identificar um verbo deste calibre?), segundo porque não me provoca estranheza... basta-me colocar "acontecido" em vez de sucedido e vejo a frase sem complicações...
Sem querer fazer prognósticos nem diagnósticos, pois não são da minha competências, estarás já com o sindromazita da hiperbolização exacerbada com origem nesta nova doença que surgiu agora e que tem a sigla CLP?? Hehehhehehehe...
Não se pode dizer "Eu aconteço" nem eu "Eu sucedo" com o sentido de acontecer, obviamente... Mas poderia suceder alguma desgraça se aceitássemos a frase como ela aparece no texto sem dramas???
Continuando a refecletir nela, todavia...
Cristina,
Eu também vi o PP de suceder (sucedido) no dicionário de verbos Houaiss. Mas daí não decorre que ele possa ser usado na acepção de 'acontecer'. Era isso que queria transmitir-te, porque disseste que «O verbo suceder tem, de facto, particípio passado. Já consultei um dicionário de verbos e lá estava ele. Usa-se nos casos em que o verbo "suceder" tem a acepção de "acontecer"...» Ou seja, nesse dicionário era explícito que o PP de suceder poderia ser usado quando a acepção era a de 'acontecer'? Porque o verbo suceder, regular, conjugado em todos os modos e tempos, não significa 'acontecer', mas 'o que vem depois', o que sucede (depois de). É daí que deriva etimologicamente, sendo nessa acepção que se conjuga. O uso na acepção de 'acontecer' é, por assim dizer, espúrio. E daí todas as minhas reservas...
Dona,
Também o Houaiss, à semehança do Ciberdúvidas, considera que o verbo suceder pode ser transitivo indirecto (e faz todo o sentido que sim). Mas o GDLP é a referência do CLP. Ou seja, numa argumentação a posteriori poderemos defender que aquela forma (sucedido) nunca poderia estar correcta, uma vez que, assim, o verbo se torna transitivo indirecto, o que contraria o dicionário de referência.
A.
Cristina,
Com certeza estávamos a escrever ao mesmo tempo, por isso só depois vi o teu último comentário (antes do meu).
Nessa frase, de facto, verifica-se o uso do PP com a acepção de 'acontecer'. Mas será que está correcta? =P
Não estou com nenhum «sindromazito», estou é com um «sindromazão»!
Vou comer uma torrada a ver se passa.
A.
Bom proveito!
Alexandre,
Eu não deixo de concordar contigo. Sei que suceder é etimolgicamente para "o que vem depois, o que se segue..." (daí a palavra sucesso...)
Mas segundo o que tenho andado a averiguar, sucedido derivará de sucesso que terá perdido esta forma para ficar com aquela (sucedido) que entra como PP actualmente e pode integrar frases com o sentido de "acontecido"....
Regularmente conjugado, suceder significa "o que vem depois". Ponto assente, sem sombra de dúvidas. Não discordo nem um segundo disso, obviamente.
O GDLP só considera o verbo suceder como intransitivo, não é? Porque só o considera com o sentido de "o que vem depois"...O que me deixa um problema em mãos, obviamente.
Uma dúvida a suceder outra dúvida!
Continuando a saga!
Hello, everybody!
Acabo de ler tudo, e respondo:
"Daqui ninguém me tira" ou "ningué, me tira daqui" não tem absolutamente NADA a ver com o imperativo. É o presente do indicativo na sua forma mais pura, numa constatação pessoal. A questão põe-se na - possível ou não . passagem de um
- Não abras mais a boca hoje!
para um
- Não abres mais a boca hoje!
... Sounds very nice, mas (como diz o Alex) se a gramática diz que o imperativo negativo é totalmente subtraído ao conjuntivo, não está bem... E no texto também não!
a questão do "diante" ou "adiante" do nariz, para mim é inócua (depois de já a ter pensado mil vezes). A expressão popular usa o "diante", e eu respeito-a. O que não usa é "mais de um palmo", mas apenas "um palmo" ou "dois dedos"... Aí é que poderia residir o buzílis, na minha opinião.
Cris: o "sucedido" não é bem o sexo dos anjos. E, DE TODO, não é por não termos como substituir, em caso de erro, que não poderemos assinalar como erro.
A questão também não é, para mim, como Y a pôs. Tem a ver com a alegada intransitividade do verbo, como se não pudéssemos dizer que algo sucedeu a alguém, no sentido de ter acontecido. No entanto, a Dona tem razão quando diz que é permitida uma transitividade indirecta. Assim, muita coisa poderá ser permitida, por exemplo:
- Isto sucede muitas vezes
- Isto sucede aos golfinhos
- Isto sucede-lhes (t.i.)
Então, porque não:
- Isto costuma suceder-lhes
- Isto tem-lhes sucedido
É claro que eu nunca estive bem certa, mas se a Cristina nos diz que o p.p. do verbo suceder na acepção de "acontecer/ocorrer" é legítimado, então terei que acreditar. O que me dizes, Alex?
Dona, tenho banda larga mas tempo curto, eheheh. E um PC muito lerdo, de tantos programa pesados que preciso utilizar. Tks, my friend, U're too kind! & cheer up!!! www.youtube.com/watch?v=sCVLaS17Sik :-)))
Ah... Falta dizer que estou como o maioria: se o galicismo "a nível" é desaconselhável, mas se o tira-teimas não o tira (alguém já foi ver isso?), então não é erro.
Mas - pela vossa rica saúde! - que não subsistam dúvidas quanto à maiúscula das serras, das praias, dos portos, dos cabos, dos rios... A gramática é deveras precisa quanto a isso!!!
Fiquei com fome, vou lanchar!
Ainda ando às voltas com o imperativo e assim que tenho certezas saltam de seguida as dúvidas. Na pag 474 da gramática de referência temos, de facto que "O imperativo negativo não tem nenhuma forma própria. É integramente suprido pelo presente do conjuntivo.” (contrastando com o imperativo afirmativo que possui 2 formas próprias).
ora, se é INTEGRALMENTE suprido pelo presente do conjuntivo como se justificamos "Não matarás" - futuro presente simples e "Não Fumar!"- infinitivo na pag 477 ????
Não será que a utilização do indicativo com valor de imperativo está a "atenuar a rudeza da forma imperativa", ou seja uma forma de o Miguel do texto se dirigir aos amigos???
Tirando aquela dúvida que tirei, de existir PP de suceder, não entendo qual o problema. O priberiam considera-o um verbo intransitivo ou reflexo. Onde está a dúvida, help me? lol Não consigo entender o problema. Sou eu que estou com o complificador desligado, ou vocês com o descomplificador desligado?
Boa tarde a todos, estou de volta! =D
Li os comentários aqui postados desde ontem por alto. Deles conclui com certeza que serra é erro, embora pense que a CTC não o considerará. Quanto à questão do imperativo ainda me deixa dúvidas, não por não ter sido justificado, mas porque me "soa" bem da forma como está...
Situação:
-> Os 8 erros base
-> Serra (serra)
-> Dá (dê)
Total: 9 ou 10 erros, considerando ou não "dê". Vou investigar melhor esta questão.
Eis o que é preciso saber, para acabar com esta história do sucedido. Este verbo, no sentido de "acontecer", é limitado à 3ª pessoa do singular e é tido por intransitivo, pelo que nada poderia "suceder" a alguém (transitivo indirecto), apenas "acontecer". Já o ciberdúvidas diz que afinal pode, mas precisamos tirar isso a limpo, e eu já não tenho mais onde'!
Por outro lado, ao restringir a conjugação à 3ª p. singular de quaisquer tempos, pergunto se, ainda assim, o p.p. "sucedido" pode acontecer. Já não me admira nada que sim. O infinitivo também não tem pessoas e tem sempre que poder. São estas as minhas dúvidas.
Olá Gigantes,
Voltei após nova olhadela ao 1º. texto.
Não considerem que quero fazer mais barulho com o apontar de mais esta questão, se é que o é.
A verdade é que ao ver a definição exacta de "seguir" e "prosseguir", fiquei com a pulga atrás da....
-Seguir:v.tr.- ir após; acompanhar;
escoltar;perseguir;observar;espiar;
percorrer;estudar;continuar;ser partidário de;adoptar;tomar como modelo;proceder de harmonia com;prosseguir;vir após; decorrer;resultar;seguidamente; a eito.
-Prosseguir: continuar o que se tinha começado;levar por diante; ir por diante;CONTINUAR A FALAR OU A ANDAR.
Estas são as definições do DLP Porto Editora, ref. da Prova.
Parece-me a mim, que no contexto do texto, se aplicará o podemos "prosseguir", (podemos continuar a andar, podemos ir por diante).
Por falar em diante, continuo com a frase do NARIZ, preza pelo mesmo.
Para mim, a expressão correcta, é: Não viam mais de um palmo adiante do nariz".
Comentem se vos aprouver, se achardes justificável. Por mim, vou considerar como erro, a forma como o/s autor/s se expressam. "O texto está mui mal amanhado".
Então o sujeito já está determinado?
É o nome do cão ou a Fadista?
Desculpem só ter regressado agora, mas tive que efectuar alguns exames médicos que se encontravam na calha, já vai para cinco anos.
Quis dizer, ali em cima:
Mas - pela vossa rica saúde! - que não subsistam dúvidas quanto à MINÚSCULA das serras, das praias, dos portos, dos cabos, dos rios... A gramática é deveras precisa quanto a isso!!!
Cris: cadê tu, que te não vejo por detrás do pano hoje? :-P
Peço desculpa. Comentário das 6:36 PM - Presa e não Preza.
Sobre o "poder-nos-ia ter sucedido", vejam o Público a dar uma pequena ajuda (infelizmente, não sobre o sucedido):
http://linguistica.publico.clix.pt/duvida.aspx?id=3532
F. Correia:
Isso são substitutos do imperativo, consagrados na gramática, sim:
1. Sem verbo, só formas nominais ou interjeições ("Mãos ao alto!");
2. C/ certos tempos do indicativo
- presente
- futuro
3. C/ o imperfeito do conjuntivo
4. Imperativo impessoal
5. C/ perífrase
6. C/ verbo "querer", em interrogação
7. C/ o auxílio de um verbo que represente a vontade ou intenção do emissor.
A questão é que, para o ponto 2., a Gramática apenas dá exemplos do imperativo afirmativo. E ficamos sem saber se é permitido fazê-lo no imperativo negativo (como está no texto).
Todavia, é possível que sim, repara: se a gramática nos diz que podemos atenuar o "traga-me o dinheiro amanhã" por "o senhor traz-me o dinheiro amanhã", porque não, em caso de necessidade, substituirmos o "não me pague hoje, e amanhã fazemos contas", pelo "o senhor não me paga hoje, e amanhã fazemos contas"?
Ouviste, Alex?
Mais: quando se diz que o I. afirmativo possui formas próprias somente para as 2ªs pessoas (singular e plural), e o I. negativo não é suprido pelo conjuntivo), talvez isso não queira dizer o que sempre pensámos, não sei...!?!
SOBRE SUCEDER...
Transcrevo:
Sucedido
adjectivo e substantivo masculino
que ou aquilo que sucedeu ou aconteceu;
(Part. pass. de suceder)
Paula,
"tou xeia de trabalho..." Já volto... e esta questão do SUCEDIDO está a ficar clara na minha mente... Mas preciso passar a ferro e fazer o jantar... Volto já!
Encontrei uma coisa que pode ajudar:
a) com o presente atenuamos a rudeza da forma imperativa em frases como:
O senhor traz-me o dinheiro amanhã. [=Traga-me o dinheiro amanhã.]
Você toma o remédio indicado. [=Tome o remédio indicado.]
Em Nova Gramática do português Comtemporâneo, CC & LC
Talvez o Miguel não quisesse dizer aquilo de uma forma rude, logo usou esta forma, no entanto isto está na afirmativa... =/
Penso que a questão de atenuar o imperativo com o presente já tinha sido exposto, mas não vi o exemplo do livro de referência, portanto postei-a.
O Imperativo Negativo é suprido pelo Conjuntivo...
Paula, porque dizes que NÃO é suprido??? (Agora, parece-me que a complcação voltou a complicar...)
Suprir:
verbo transitivo
1.colmatar (uma falta); preencher;
2.substituir; fazer as vezes de;
3.remediar; tornar menor; minorar;
4.abastecer; prover;
verbo intransitivo
1.acudir;
2.remediar;
3.ser suplente;
(Do lat. supplére, «id.»)
Olá, Enty!!
Zangadito comigo por causa do meu sermão de ontem?
xD
Falou alguém? o.O
Deve ser uma mosca... ^^
Pateta...
... a mosca tse-tse...
Heheheheh...
Isa, entende "seguir" como "continuar", que está simples e bem! :-)
E sim, será "um palmo ADIANTE do nariz", para o sentido que aqui queremos!!!
Diante, ou è frente, seria no sentido pejorativo.
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=22674
Temos 11 erros??? :-)))
LoL
Agora vou jantar! Hoje é mais cedo! ^^
Paula,
Concordo plenamente com as tuas hipóteses sobre o Imp. Neg. poder usar o Pre. do Ind.
No entanto, parece não estar consagrado na gramática, pois o que lá consta é que o Imp. Neg. é suprido pelo Conjuntivo.
E agora?
E sobre o PP de suceder, estás esclarecida....?? Acho estranho, mas parece que ele não surge no DGLP!
Vou enviar uma mensagem para a Comissão. Assim não está certo. Porem só estas alternativas quando há 14 erros não é justo.
Cris para Nothing: - Paula, porque dizes que o imperativo negativo NÃO é suprido?
Nothing para Cris: - Porque me enganei a escrever! Lololol Sorry! Todo o meu raciocínio partia do facto do imperativo negativo SER suprido pelo conjuntivo. Obrigada! :-)
Em relação à situação do meu blogue, penso não ser necessário efectuar mais nenhum comentário. Se no entanto, se algum dos Gigantes se sentir incomodado com algo, por favor diga/pergunte.
Antinoo e Vingador, agradeço no entanto o voto de confiança. Ainda bem que este blogue é visto como um espaço de discussão e de debate e não como uma sociedade secreta.
Quanto às questões verdadeiramente importantes e considerando o primeiro texto, estou a apontar para os 9 erros. Fazendo um ponto de situação, para além dos 8 erros básicos:
> "Serra" parece-me que temos argumentação suficiente.
> O "sucedido" parece-me uma falsa questão. Mesmo podendo considerar uma possível utilização incorrecta do vocábulo, a sua correcção não me parece compatível com as correcções habitualmente efectuadas pela CTC.
> "poder-nos-ia ter", na minha opinião não passa de uma questão estilística.
> "serros/cerros", acho que aqui ninguém será dono da verdade. Tudo passa pela interpretação do texto. Se fosse eu, escreveria "cerros", mas "serros" não é de todo proibido.
A grande questão reside agora no "dá/dê". Concordo com o F.Correia (6:23PM). O imperativo pode perfeitamente ser transformado numa forma menos rude e para tal, o uso do indicativo é uma opção. O problema é precisamente o que diz a Nothing (6:51PM): não há informação específica sobre o imperativo negativo.
No entanto, também não há informação em contrário e o modo imperativo abarca tanto o imperativo afirmativo como o negativo... (será que sou eu a auto-convencer-me?) Além disso, acresce o facto de oralmente e com a utilização do "ninguém" (e não a partícula "não"!) a frase parece-me perfeitamente correcta. Já aqui levantei a hipótese de ocorrer algum tipo de excepção quando se utiliza o "ninguém" em detrimento de outra partícula de negação, mas ainda não encontrei informação sólida sobre o assunto.
2º Texto - 15 erros.
Continuo com a minha máxima: Keep it simple.
Enty: sim, é ao redor "disso" que andamos há dois dias; entendes agora?
Merci, Vingador, por mais uma fonte para o caso "poder-nos-ia". De facto, a mesóclise é muito bem aceite (e fica elegante)! :-)
Nothing,
Obrigada pela tua leitura. Afinal sempre encontraste qualquer coisinha de mal no "diante".
Não consigo deixar de pensar no prosseguir.
Atenta; Estás a relatar o facto ocorrido:eles interromperam a caminhada e depois prosseguiram-na, retomaram-na. Eles interromperam a caminhada e depois seguiram-na?
Nah, não me parece perfeito. Não falas assim?!.
Pois é, esqueci-me desse. Afinal são 15.
o que está na gramática é:": “ O imperativo afirmativo possui formas próprias somente para a 2ª pessoas do singular e do plural (sujeitos tu e vós). As demais pessoas são expressas pelas formas correspondentes do presente do conjuntivo. O imperativo negativo não tem nenhuma forma própria. È integramente suprido pelo presente do conjuntivo.”(pag 474).
Mais adiante são dados exemplos do imperativo negativo utilizando modos e tempos verbais.
Na minha opinião o "integralmente" significa que no imperativo negativo, ao contrário do imperativo afirmativo, todas as pessoas do singular e plural obedece ao presente do conjuntivo, não existindo form,as próprias.
Acho que vou ter que abrir os cordões à bolsa e comprar um tira-teimas! :-(
Secret, o que é que tu lês aqui?:
O Imperativo Afirmativo possui formas próprias somente para as segundas pessoas do singular e do plural ["faz", em vez de "faças"; "faça", em vez de "façais"]. As demais pessoas são expressas pelas formas correspondentes do presente do conjuntivo. O Imperativo Negativo não tem nenhuma forma própria. É integralmente suprido pelo presente do conjuntivo ["não faças].
Bom... Esta passagem nada nos diz, afinal, que quando decidimos recorrer ao presente do indicativo para atenuar o imperativo, só o poderemos fazer no caso afirmativo.
Pois não, Alex?
Provavelmente pode-se, Cris.
Mas teria sido simpático que CC & LC tivessem disponibilizado um exemplozinho na negativa.
Opinas-me sobre isto, Vingador?
Ehehehehehe, Isa! :-) Compreendo-te, mas para mim seguir caminho ou prosseguir nesse caminho, apesar de ser mais fiel como tu dizes, não me oferece grande resistência.
Mas, afinal, quantos erros é que o texto tem? Acho melhor avisarmos a CTC - que tal mandar-lhe a correcção? :-P
Seja como for, foste TU (tu-tu-tu-tu-tu!!!) a ver aquela coisa do ADIANTE (ainda não há feedbacks?), por isso tou aqui cheia de respeitinho (eheheheh). Mas eu cá deixava seguir o "seguir". Jokas!
o que queria dizer era isto também:
Na minha opinião o "integralmente" significa que no imperativo negativo, ao contrário do imperativo afirmativo, todas as pessoas do singular e plural obedecem ao presente do conjuntivo, não existindo formas próprias.
Não querendo isto dizer que o imperativo negativo deva obgrigatoriamente o presente do conjuntivo. Fiz-me entender?
F. Correia, esqueci de perguntar: até faz algum sentido que se possa suavizar o imperativo negativo com o presente do indicativo, n'é?...
Ups, mensagens trocadas! Sim, F. Correia, perfeitamente. Tou a entender tudinho, e a tender muito para concordar, realmente. Obrigada.
Nothing, o que aí está não me esclarece... Só me põe mais dúvidas! lol
A situação de atenuação do imperativo pode não estar contemplada no caso "geral" de formação do imperativo... De qualquer maneira, a gramática de referência peca por não ser clara sobre o assunto...
Caríssima (é "a", certo?) F. Correia:
Quando diz "Na minha opinião o "integralmente" significa que no imperativo negativo, ao contrário do imperativo afirmativo, todas as pessoas do singular e plural obedece ao presente do conjuntivo, não existindo formas próprias" [como existem no I. afirmativo] concordo. A questão é saber se aquela opção em substituir o conjuntivo pelo indicativo é válida tanto no caso do i. afirmativo como no i. negativo.
Ex: Não falas mais, hoje!
É uma canseira, não é? :-)
Pelo que tu achas, o quê, Secret?
Orá aí está, Paula! Essa questão é excelente! Voltamos a questionar o Imperativo Negativo, não é?
SecretSoul,
Quanto a mim, podes ter os blogues que quiseres. Eu já sabia da existência do teu blogue e nunca me provocou arrepios... Continuas bem-vindo.
Faz me isto mas não me faças aquilo.
Nesta frase, não posso usar o IMP. NEG. com Presente do Indicativo.
Ou seja, há frases em que é possível, outras em que não...
Não me fazes aquilo. (1.Esta frase fica bem? 2. De certeza que é imperativo?)
Só raciocinado em voz alta (heheheeheh...)
Bom, meus amigos. Creio que vou fechar por aqui a minh dúvida quanto a "sucedido". Para já, para já, é verdade que aquilo está no texto para os mais novos, o que, já de si, nos levaria a estranhar que se tratasse de uma "manhosidade" assim tão grande, mas porque, finalmente, me sinto relativamente confortável com uma resposta que obtive.
Vou partilhar convosco a questão tal como a coloquei a uma amiga docente de Português (que não participa no campeonato), bem como a passagem da sua resposta que mais me convenceu:
Em causa está o verbo SUCEDER.
Ora, esta forma verbal pode ter dois significados:
1) Um deles representa o fenómeno de sucessão (depois de), e pode ser conjugado em todas as pessoas.
Ex.: "O presidente foi sucedido pelo seu filho"; ou "O filho sucedeu ao pai"; ou ainda "O filho sucedeu-lhe" (transitivo indirecto).
2) O outro é sinónimo de "Acontecer" ou "Ocorrer"
2.1) E, neste caso, diz a regra que apenas se usa na 3ª pessoa do singular!
(sucedeu, sucedia, sucede, sucederia, sucederá...);
2.2) Diz-se intransitivo
Ex.: "Isto sucede muitas vezes"
Todavia, na verdade ele não pode é ser transitivo directo, pois repare-se que dizer "Isto sucede às pessoas" será o mesmo que dizer "Isto sucede-lhes" (transitivo indirecto)
Mas, a estar correcta no meu raciocínio, a minha posição é a de que a frase: "Poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça" (presente num dos textos do 2º teste do Campeonato Nacional de Língua Portuguesa) atenta contra o exposto em 2.1), dado que o verbo se encontra no Particípio Passado. Pelo que deverei considerar que está errada.
Todavia, sinto-me insegura, e receio ter falhado alguma interpretação, pelo caminho. Senão vejamos: não poderei eu ter um leque mais alargado de situações possíveis (com e sem verbo auxiliar), tal como: "isto sucederia" (admissível) / "isto poderia suceder" (infinitivo) / "isto poderia ter sucedido" (particípio passado)?
É que, caso seja possível, então sou eu que estou errada ao considerar que existe erro.
E isso exige-me uma outra pergunta, que precede esta: afinal, dizer-se que o verbo Suceder (com o sentido dado na alínea 2) se usa apenas na 3ª pessoa do singular significa MESMO isso, ou a regra está a referir-se a todos os tempos conjugáveis nas várias pessoas, sendo que o Infinitivo e o P.P. estão à parte e são permitidos?
O que é facto, é que Fernando Pessoa (Bernardo Soares) escreveu assim n'O Livro do Desassossego: "Se algum dia me suceder que, com uma vida firmemente segura, possa livremente escrever e publicar, sei que terei saudades desta vida incerta em que mal escrevo e não publico" (180).
RESPOSTA DELA:
"Ter sucedido" é o Infinitivo Impessoal da conjugação composta e sim, é "permitido". Pensa no verbo "Haver", exemplo tão bom de verbo impessoal, quando usado em sentido próprio, e com tanta utilização correcta de infinitivos...
... Um argumento que me cala!
Poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça está correcto!
Cristina: entre o "faz-me isso!" X "não me faças aquilo", a diferença é a da regra, que manda que o imperativo afirmativo tenha formulação diferente nas primeiras pessoas do singular e plural.
Mas em "Não voltas a fazer isso!" estranhas alguma coisa?...
O que é facto, é que a gramática fala-nos de substitutos do imperfeito, dando exemplos aleatórios, e não calha a dar-nos nenhum com o uso do presente do indicativo no imperativo negativo. Mas, realmente, não diz que não se possa!
Nothing, eu penso que não há erro. Não podemos seguir uma regra geral quando não temos informação nenhuma acerca da regra para o caso específico (negativo).
Como alguém disse: "o que PODE ser erro, não é". Temos que saber justificar clara e objectivamente os erros, só assim passam a ser verdadeiramente erros!
E como já disse, a frase não me faz confusão nenhuma...
Cristina, obrigado! =)
Estou a tentar "arrumar a casa". Agora, um final possível também para o caso do IMPERATIVO:
Resumindo, certos tempos do indicativo podem ser utilizados com valor de imperativo:
1) É o caso do PRESENTE, com o qual se pode atenuar a rudeza da forma imperativa em frases como:
- O senhor traz-me o dinheiro amanhã (traga-me o dinheiro amanhã)
- Você vai para casa e toma o remédio indicado (vá para casa e tome o remédio indicado)
É verdade que a gramática não nos dá nenhum exemplo do recurso ao presente do indicativo no imperativo negativo; mas, realmente, não diz que não se possa fazer!
2) Já no caso do FUTURO (e como F. Correia bem apontou), apresenta exemplos para o imperatico afirmativo e negativo:
- Tu irás comigo (vem comigo)
- Não matarás (não mates)
Donde, hoje estou numa de considerar que CC & LC poderiam muito bem ter colocado um exemplo de presente do indicativo num caso de imperativo negativo, se lhes tivesse ocorrido; o que, simplesmente, não calhou a acontecer. Que acham?
Se bem que essa coisa de andar a responder só com base em sensações, psicotiza-me, aviso já! :-) Todavia, parece-me lógico!
nothing more: sim, sou "a"!
Penso que a questão do imperativo está resolvida, pelo menos por agora e subcrevo o que Secretsoul disse acerca as regas.
Boa noite a todos!
Como já vem sendo habitual, tarde e a más horas…
Durante o dia, aulas e reuniões…
Estive a tentar ler as últimas conclusões.
Parece-me que as dúvidas se resumem ao número de erros, quer no 1º texto, quer no 2º
Ponto de situação:
Primeiro texto
9 erros
- Serra (Confirmadíssimo!) Ao contrário, do que pensei inicialmente, para erro do 1º texto não está assim tão escondido. Testei-o aos olhos dos mais pequenos! “serra do Marão”, “serra da Estrela”, “serra de Montejunto”…. Aparece em qualquer manual de Geografia do 3º ciclo! A minúscula poderá para ser para eles mais familiar que para nós.
- sairão
- serrado
- traz
- paço
- continuar-mos
- poça
- Tomas
- tivéssemos
serros (perfeitamente aceitável no contexto) não considero erro
Ninguém dá mais um passo! – Não consegui encontrar nada mais para além do que já foi referido. A dúvida reside no Imperativo negativo. Por enquanto, continuo a não considerar erro. Vou considerar a expressão válida. Em algumas gramáticas refere-se que, por vezes, o infinitivo e certas formas verbais são utilizadas com o valor de Imperativo.
“Não fumar em recintos fechados.”
“Lês o artigo e publicas no jornal da escola, sim?”
“E se estivesses quieto?”
Vou incluir a nossa frase nesta situação. Nada diz que não podemos modificar a polaridade da frase!
“ninguém via mais de um palmo diante do nariz”
Como expressão idiomática, ou “adiante” ou “à frente”, daí a incerteza do “diante”
digo regras!
Sim, eu também. Se "certos tipos de indicativo podem ser utilizados com valor de imperativo" é porque podem, PONTO. Já cá não está quem falou!
10 erros no 1º texto:
serra
sairam
cerrado
trás
passo
continuar-mos
possa
Tomás
estivéssemos
adiante
A discussão sobre Diante X Adiante está aqui, e foi a nossa Isa que o encontrou:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=22674
Alguém pode confirmar isso numa das n/ fontes de referência, pf?...
Segundo texto
15 erros
- concerto
- mantenha-mos
- héctica
- contracto
- graça
- domestico
-sena
- sépticos
- Por tanto
- inserto
- poupa
- cementar
- lassos
- hajam
- expirações
Em sintonia com a Cristina e o Miguel
Olá Gigantes,
Nothing more than me,
Brincadeirinha....... Não pretendi, nem pretendo nunca, chamar sobre mim qualquer atenção pelo facto, até mesmo porque não se justificaria. Outra alminha o encontraria.
O que pretendo, isso sim, é desatar os tais "nozes" de que em tempos falei. Tenho sempre muitas dúvidas e sou igualmente muito teimosa. Mas sei dar a outra face, embora seja difícil.
No que à Prova diz respeito, tenho ainda algumas questões que para todos, ou quase todos já estão arrumadinhas, Pois é, sou mais cabeçuda. Jokinhas. l
Paula, o Ciberdúvidas não deixa margem para dúvidas.
diante / adiante / à frente
Mas não sei porquê estou com medo de alterar de 9 para 10 erros...
Que achas?
Nothing, exacto! Foram dados exemplos do caso afirmativo, mas penso que também poderiam ser do negativo...
E como diz a Thétis, se se pode utilizar certas formas verbais, em certas situações, como o infinitivo...
"Não fumar em espaços fechados."
...a menos que alguém descubra argumentação clara em sentido contrário, penso que não deveria ser considerado erro.
Creio que está na altura das grandes decisões. Eu vou apostar nos 10 erros no texto 1 e nos 15 no texto 2. No texto 1, os 9 erros que já todos conhecemos são seguros. Qual o meu décimo? O imperativo negativo. Há outros casos que a Comissão poderá escolher, como o “serros” ou o “poder-nos-ia ter sucedido” (para “poderia ter-nos sucedido”, que é ligeiramente mais agradável ao ouvido). E ainda outros, menos prováveis, já aqui referidos. Na verdade, se um passarinho me dissesse que a resposta da Comissão não era 10, eu apostava em 11. É que há muita garotada que tem de ser filtrada, e quanto maior for o número de erros neste texto, mas apertado é o funil...
Sei que desta vez não vamos estar todos em consonância, mas... pode ser que esta pergunta acabe por não ser decisiva no cômputo global.
Cristina, frases imperativas!
Ainda por cima, no nosso texto, temos o verbo "ordenou" a ajudar à classificação do tipo de frase.
Podemos responder tudo 10 e se a CTC considerar 9, nós damos argumentos para passar a 10! ^^
Ninguém dá um passo! (pode ser uma frase IMPERATIVA ou até mesmo exclamativa! Tudo depende da forma como a proferimos!
Preciso rever as frases que serviram de base à nossa argumentação.
Contexto comunicativo é o factor x
Sei lá... Tenho de ver tudo atentamente.
Declarativo exclamativo, sim e Imperativo exclamativo é possível.
O que não é possível é o declarativo imperativo...
E, claro, o verbor introdutor do discurso e o ponto de exclamação que não faltam lá tb!!
Sim, Thétis, contexto comunicativo é imprescindível...
Confesso, porque já quase somos íntimos, que não tenho nem tempo nem pedalada para vos acompanhar. Este blog é de uma riqueza incalculável e devia ser editado como Caderno de Soluções dos CLP. Não sei que mais vos diga, porque ajudar não posso. Estou agora numa fase em que tento apanhar ar fresco e não obcecar-me com as possíveis dúvidas. Por isso já decidi que amanhã envio o teste: 9 erros e 15 erros. Nem imperativo, nem nariz, nem serros; sigo o meu coração. Serras sim.
Eu estou com o Vingador. Em frases negativas, o Imperativo é sempre formado com o Conjuntivo Presente.
Vejam na gramática de referência as páginas com as conjugações verbais, e verão que surge sempre os diferentes registos do imperativo na afirmativa e na negativa. Na negativa é sempre formado com o conjuntivo.
I rest my case!
Thétis: a gramática diz isso sobre o uso de "certas formas verbais" para fazer o imperativo, mas explica quais são (também já aqui o fiz) - só que não nos fala do P.P. (do infinitivo sim, de facto).
Gostei de saber da minúscula. Já me ocorrera que talvez os mais novos se apercebessem do erro melhor que nós, o que é engraçado!
Quando ao diante/adiante, aquela referência fala-nos, exactamente da(s) expressão/ões popular(es).
Basta! PUM! Basta!
Acabei a minha torrada. Vou voltar à questão do imperativo, à luz do contributo da F. Correia e tentando ver a questão como pela primeira vez.
Na página 474 diz-se:
«O IMPERATIVO AFIRMATIVO possui duas formas próprias somente para as segundas pessoas do singular e do plural (sujeitos tu e vós). As demais pessoas são expressas pelas formas correspondentes do presente do conjuntivo.
«O IMPERATIVO NEGATIVO não tem nenhuma forma própria. É integralmente suprido pelo presente do conjuntivo.»
Na página 476, fala-se em SUBSTITUTOS DO IMPERATIVO. Ou seja, as frases de tipo imperativo são formadas, não usando o modo imperativo, mas usando outros modos ou recursos. Isto parece incluir TODO o imperativo, portanto, afirmativo e negativo. Atestando isso está logo o primeiro substituto, «Uma ordem pode ser enunciada por frases nominais ou por simples interjeições». Aqui não se discute se se pode substituir só o afirmativo, só o negativo, ou ambos, porque a questão nem se levanta, dados os exemplo: «Fogo!; Silêncio!; etc.»
Na mesma linha, o segundo SUBSTITUTO do imperativo é «certos tempos do indicativo», os quais são usados COM VALOR DE IMPERATIVO: ou seja, uma ordem é enunciada usando do modo indicativo, ao invés do modo imperativo. Dentro do INDICATIVO, como substitutos do imperativo podemos usar os tempos PRESENTE e FUTURO DO PRESENTE SIMPLES. Até este momento, continua a não haver qualquer distinção entre os imperativos afirmativo e negativos, levando a pensar que se trata de todo o modo imperativo! Os exemplos dados para o presente do indicativo, de facto não incluem frase negativo. Mas no grupo de substituição pelo modo indicativo está uma frase na negativa: «Não matarás.»
Ora, se o imperativo negativo admite substituição pelo indicativo no seu tempo futuro, porque não há-de admitir substituição pelo indicativo no seu tempo presente?
Como tal, a conclusão mais lógica a que chego, depois das torradas, é que «Ninguém dá mais um passo!» é uma frase no modo indicativo, tempo presente, e com valor de imperativo (daí o verbo ordenar na frase anterior).
Como tal, para mim, e em última análise (literalmente), não há erro!
Ufa!
Agora, vou dedicar-me ao sucedido...
A.
Não creio que “diante” seja um erro, NMTM. Coloquei lá em cima o link para um estudo detalhado sobre esse e outros assuntos. Se tiveres paciência para o ler, poderás tirar isso a limpo. Nota que não te estou a tentar convencer para voltares aos 9 erros, já que a minha aposta é 10 e o ideal era que todos acertássemos!
Thétis, Cris....No início deste blog eu atrevi-me a pensar que não estávamos em presença de um imperativo....Por isso enternece-me ver que essa possibilidade volta a aparecer. Depois essa dúvida ficou soterrada pelas vossas certezas.
Sobre o outro ponto 'Ninguém dê mais um passo'" não sei se o sujeito realmente está a utilizar um imperativo. Eu não o considero uma ordem explícita. Considero-o uma afirmação categórica. Como se dissesse "não se fala mais nisso". Não acho pois realmente necessário utilizar um imperativo. Estaria correcto, pois claro, se o indivíduo se dirigisse ao grupo. Mas pode ser apenas uma expressão de deterrminação. Ninguém dá mais um passo, acabou-se, que aqui sou eu quem manda.
Alexandre, Imperativo arrumado e está tudo dito!
Thétis: o que eu acho, é que devemos investigar (o "adiante") em fontes de jeito; e só depois decidir.
Isa: para mim, isso é uma qualidade, não um defeito. Pessoalmente, prefiro um perfil assim especulativo (como o teu) - até porque é preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança (como disse Nietzche), do que ter medo de perder o pé nas dúvidas.
Por vezes, alguns "artistas" preferem não pensar, insistir apenas, e esperar pelos resultados de quem pensa. Se depois forem consensuais, eles "compram-nos". Se, depois de todo o esforço (que não fizeram e, por vezes, nem entenderam) afinal a razão fosse a original, usam o "eu não disse?". Mas facto é que nem chegaram a sair da primeira casa, ou seja, nem conseguiram perceber o que estava em causa.
Isto lembra-me a anedota do psiquiatra que foi o manicómio fazer uma reavaliação do estado mental dos doentes. Esses foram divididos em três grupos: com graves, medianas e suaves dificuldades mentais.
Ele começa por entrevistar um indivíduo do grupo "menos grave", e pergunta-lhe quanto é 2 + 2. O tipo pensa muito, muito, muito, e responde: 2000
O psi agradece, despede-se e faz a mesma pergunta a um do grupo "mediano". Este pensa, resmunga, chora, baba-se, bate com a cabeça nas paredes e lá consegue responder: azul!
Triste e já sem qualquer esperança de ver ali melhorias, mas tendo que concluir o trabalho, o psi pergunta o mesmo a um dos "piorzinhos". Ao que ele lhe responde prontamente: 4
Admirado, pergunta-lhe: como fez para chegar a esse resultado? Resposta do paciente: - é fácil! Então, 2000 + azul...!
;-)
Eu cá gosto de perceber as contas. Porque é que acertei ou porque é que errei. Aprendo bem mais!
Aguardamos pelas tuas ideias, dúvidas e confusões. Em precisando de ajuda para desembaraçar (ou piorar), tens o endereço de e-mail de alguns de nós, o meu inclusive.
Um beijinho.
PS - Claro que às vezes é preciso que alguém nos diga: estás a complicar; tenta ver agora por este prisma mais simplex!
Vou à bica, por isso despeço-me "até já".
Mas, Miguel... NUNCA esteve em causa não termos ali um imperativo!!! Não faça confusão.
Abraços.
Vou.
Até amanhã, Gigantes! =)
Nothing,
Por momentos pensei que a sua entrada anterior referente aos artistas e ao "eu disse" se referia a mim e ao meu post das 9.52. É esse o caso?
Sobre o seu último post eu confesso que admito que a frase é uma ordem, no mínimo um pedido, mas acho que a frase em questão pode ser perfeitamente apenas uma exclamação no presente do indicativo, a qual, acompanhada por um bom murro no serro daria os resultados pretendidos.
Miguel, voltamos à história do verbo introdutor do discurso e o contexto comunicativo ( muito importante para determinar a intenção de fala.) enquadramento espacial, serra, serros pedregosos... perigo (nevoeiro cerrado...podia ter sucedido uma desgraça... podem seguir, mas com cautela)
Não achas que é mesmo uma frase IMPERATIVA?
Bom,
Havia deixado o texto a publicar, durante a tarde, depois de comer a torrada e sair para o judo.
Mas não publicou. E, quando voltei, um pouco mais amassado, verifiquei isso mesmo (que não publicou), e republiquei.
Só depois li que já haviam chegado, grosso modo, à mesmíssima conclusão.
Com a excepção da dúvida residual da Cristina. Por isso, as próximas linhas são para ela.
Cristina: as frases são, realmente, de tipo declarativo. Têm, contudo, valor imperativo. Ou seja, na formalidade (objectiva) são declarativas, no entanto constituem ordens. É por isso que se diz SUBSTITUTOS do imperativo: porque NÃO se trata do imperativo, mas de outros tipos (eg, declarativo) que assumem a sua função.
Esta foi a leitura que fiz. Peço desculpa pelas maiúsculas, mas o meu computador não funciona com os tags de negrito e itálico.
Amanhã ao lanche penso na questão do sucedido, agora à luz do contributo da Nothing.
O diante/adiante passou-me ao lado, intencionalmente, para não me voltar a dispersar, e levar tanto tempo até ler, como deve ser, a gramática. É erro? Não consigo perceber do que têm publicado...
Muito boa noite a todos, e um excelente jantar (perguntem receitas à Cristina e ao Miguel, que são os nossos chefs de serviço)!
A.
Obrigada, Antinoo,
Acabaste por resolver a minha dúvida... frases objectivamente declarativas mas com valor imperativo... Formalmente classificadas de declarativas.
Do género:
Qual o tipo de frase presente na frase abaixo?:
Não me compras um livro.
Tipo declarativo ou imperativo?
Tipo declarativo.
Nop, receitas em tempo de campeonato, nem pensar... no time.
Th�tis, o mail do nosso anfitri�o sobre a natureza imperativa com forma declarativa resume na perfei�o o meu estado de alma. Claro que a frase � imperativa mas n�o � necess�rio que exista um verbo no imperativo para que o seja(tempo verbal).
P.S.: Não levo a mal as maiúsculas... sei que estão associadas aos gritos na net, mas bem vi que não estavas aos berros...
Miguel,
Há situações específicas para o Imperativo... Não generalize tanto...
My final answers are:
T1-D(10),1C,2A,3C,4B,5C,6B,7C,8A,9B,10B,11B,12B,13E,14D,15A,16D,
T2-D(15),17B,18A,19B,20A,21C,22C,23C,24B
Serra, sairão, serrado, traz, dá, paço, continuar-mos, poça, Tomas, tivéssemos; conserto, mantenha-mos, héctica, contracto, graça, domestico, sena, sépticos, Por tanto, inserto, poupa, cementar, lassos, hajam, expirações.
T1 is really difficult: 9, 10 or 11 errors are all possible. Thanks to all of you, and congratulations for your work.
Antinoo,
A conclusão parece ser: as frases declarativas com valor imperativo não usam o modo imperativo.
Vou vasculhar mais... mas só depois de um descanso.
Boa noite!
Também desejo uma boa noite a todos!
Ainda tenho outros Adamastores pela frente...
Beijinhos
Gigantes: Gostaria que me dessem a vossa opinião sobre a seguinte "loucura": e se fosse "partido à cabeça" em vez de "partido a cabeça"? Não acham que faz mais sentido? (E esta, hein?)
"partido à cabeça"?
hum... à frente do grupo.. como líder do grupo... é isso?
Não me parece, Vingador!
O 1º texto (também para os miúdos) dado a essas subtilezas de linguagem... Não vou por aí!
Pois olha, Thétis, tenho sérias razões para pensar que é mesmo por aí... mas vamos esperar pelas opiniões dos demais.
Isso seria uma verdadeira armadilha!!
Vingador (9:26) - Pois eu hoje pus o imperativo em banho-maria (lol). Mas o "adiante", adiantado pela Isa, põe-me a pensar (pelo que li no ciberdúvidas, nada mais).
Thétis (9:30) - Sim, "ordenou" abre alas para o imperativo, quer seja da forma convencional, quer de formas substitutas.
Dona (9:46) - Dizes que, em frases negativas, o imperativo é sempre formado com o conjuntivo? Que nunca, jamais e em tempo algum poderá sê-lo com o presente do indicativo? Podes sugerir-me o local exacto onde seja possível ler ou concluir isso? Obrigada!
Antinoo (9:47) - Concordo inteiramente. Faço minhas as palavras da Thétis (5:49).
Vingador (9:50) - Vou ler com todo o interesse, claro! Aliás, agradeço imenso! Mas, então, não vais pelo que diz o Ciber, é isso? Ao menos repensa a questão do imperativo, porque estou mesmo a ficar convicta de que existe tal permissividade.
Miguel - Diz que só teria que ser imperativo se o emissor se dirigisse ao grupo. Mas é o caso: "ordenou aos amigos".
Isa (9:56) - Nessa onda da teoria da conspiração, eu até me atreveria a por em causa até que ponto é que a CT sabe mesmo quantos erros é que terá que marcar! ;-)
Miguel (10:15) - Fez muitíssimo bem em perguntar, e é evidente que não levarei nada a mal´. Mas deixe-me dizer-lhe que, quando respondi à Isa, não tinha ainda lido nada mais para a frente do comentário dela. Entretanto, levei imenso tempo a escrever a minha resposta (longa, para além de pejada de erros, já reparei), e só depois li o comentário em que o Miguel dizia algo que pudesse ter sido por si associado ao meu comentário. Foi quanto lhe respondi também a si, às pressas, antes de ir à bica.
Quanto ao imperativo, para mim uma ordem compreende-o sempre. Mas admito que um convite com um murro pudesse ter um efeito semelhante, na prática! :-)
Antinoo - Já várias vezes aqui se copiou aquela passagem de CC & LC: "certos tempos do indicativo podem ser utilizados com valor imperativo". É nesse sentido que vimos considerando esse valor e/ou intenção na frase do nosso texto, mesmo se/que usando o tempo do conjuntivo. Para mim, isso não muda nada.
Miguel (10:26) - Sim, é isso. Por essa razão é que a gramática tem um capítulo sobre os substitutos ao tempo "formal" do imperativo (que é o conjuntivo). Mas também é com base nisso que temos vindo a discutir sobre a possibilidade de estar correcta a frase do texto, já que a mesma gramática nos avança com uma regra permissiva, mas sem exemplos suficientemente próximos de um "ninguém dá", mas sim, e apenas, casos na afirmativa.
Todavia, estou tentada a considerar que essa permissividade abrangerá ambos os casos (afirmativos e negativos).
... ... ...
Estas são as minhas respostas a tudo quanto li até agora. Fiquei no comentário do Abençoado (10:39).
PS - Perdão pelos erros, não vou reler.
Vingador, mas que bela loucura, eheheh!
Realmente, o facto de ele já ter partido à cabeça por três vezes, como que provaria o quão afoito ele é.
Todavia, o que eu leio no texto é que o Miguel teve receio que alguém se pudesse magoar. Já o Vasco não, que era o mais afoito. E, à conta disso, já tinha até partido a cabeça três vezes!
... São riscos que os afoitos correm! :-)
Isso é ligar o complicador, Vingador. Faz perfeito sentido, no contexto da história, que o Vasco tenha partido a cabeça três vezes, não há mal nenhum nisso. Por isso não está errado, não há nenhuma razão para ser assinalado erro aí.
Vingador,
Não sei onde queres chegar. Se calhar é de já ter partido a cabeça três vezes... Uns ficam afoitos, outros ficam assim, lentos...
Nothing,
Ficaste convencida do infinitivo impessoal da forma conjugada, «sucedido»?
Não sei se aposte num erro hipotético... talvez me fique pelos 9...
A.
Caros profícuos gigantes, quero desejar, como é habitual, uma boa noite a todos e a todos uma boa noite...Seus trabalhadores incansáveis!
Beijos
Alex: não fiquei convencida foi de nada. Neste momento estou com ar de ponto de interrogação, é o que é. Eu cá gostava que um dos nossos "eventuais erros" de estimação o fossem, mas o facto é que já não vejo razões de força para o serem. Donde, não são! :-)
Já agora, Alex, uma tirada bemà senso-comum:
O "suceder" (no sentido em que o estamos a analisar) só pode ser conjugado na 3ª pessoa do singular, não é? Mas repara que isso é muito:
Sucedeu-lhe isto e aquilo, sucedera assim, sucederá assado...
São muitas coisas a sucederem, o que torna o uso do verbo até amplo.
Só queria que uma gramática proibisse a transitividade deste verbo, e me dissesse assim: as coisas não sucedem às pessoas! Mas como sucedem, então, depois de sucederem, um dia terão que ter sucedido! :-)
Esta agora é que foi mesmo parva! :-)
Parece que a minha "loucura" não recolheu apoiantes. Se calhar é mesmo uma loucura. Vou dormir, e amanhã decido se sigo em frente com ela ou não.
Beijokas, Dona!
O que achas que nos poderia suceder se não dormíssemos? Crês que poderia mesmo suceder-nos algo, ou que apenas nos poderia acontecer?
:-P
Bons sonhos!
Vingador, eu acho que é fruto do rastro emocional das experiências anteriores. Mas eu cá sou estranha! :-P
Já o imperativo, matei-o, cortei-o aos pedaços e enterrei-o no quintal (lol), senão vejamos:
"Queres dizer-me onde estiveste?"
É um exemplo do presente do indicativo com função de imperativo ("diz-me onde estiveste").
E eu acho-o lindamente na negativa:
"Não me queres dizer onde estiveste?"
Já para o exemplo seguinte, não consigo encontrar um equivalente negativo:
"Agora voltas lá e pedes desculpa".
... Mas isso só mostra como estes casos (uso do indicativo em substituição do conjuntivo) são recursos pontuais.
"Não me vais dizer que não faz sentido!" ;-)
A todos os Gigantes de enorme coragem e insónias,
Ainda aqui estou. Pescando e repescando entre velharias e novidades, na tentativa de afirmar, ou não, o imperativo pela negativa.
Debalde. Nada é conclusivo.
Ninguém abandona o barco!
Ninguém ficará sem resposta, garanto!
Ninguém deixe de aplaudir!
E com esta prosseguirei um pouquito
mais.
Ressalva: como estes casos (ou recursos) são pontuais.
Alex: não quiseste "bicar" esta, porquê? http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=22674
Defende-se ali que a expressão, tal como ela se apresenta escrita no texto, significa não conseguir ver as coisas como elas são, não perceber, ser limitado na compreensão. Para poder significar, realmente "não ver nada à sua frente" teria que usar o "adiante" em vez do "diante".
É claro que não nos podemos fiar no Ciberdúvidas, mas não merecerá, a pista, que a confirmemos em fontes seguras?
Acho que também me vou. Boas noites.
Voltando à questão do Imperativo...
Para além da gramática dizer "É forma delicada de linguagem, e denota intimidade entre pessoas, um pedido feito no presente do indicativo..."
... tenho outro argumento para achar que estamos perante uma frase declarativa do tipo imperativo, mas não um imperativo.
Já pensaram que sempre que usamos o Imperativo Negativo, usamos obrigatoriamente um ADVÉRBIO?
"Não faças isso!"
"Nunca comas isto!"
"Jamais vás por aí"
E, meus amigos, "ninguém" é um PRONOME INDEFINIDO. Não entra na lógica do imperativo negativo. "Ninguém" introduz uma oração negativa, mas isso não significa que seja um imperativo, neste caso.
Todos os exemplos da gramática de imperativo negativo são com frases introduzidas pelo advérbio não. Eu próprio considero "nunca", "jamais", formas equivalente, que fazem sentido. Mas "ninguém", vista bem a coisa, não tem nada a ver com imperativo.
Isa: je suis sincerement désolée, mais je crois franchement qu'il n'y a rien à faire (snif).
À demain! :-)
Y: "Não sigas!" ou "Ninguém siga" é o mesmo. E sim, sabemos que estamos a lidar com um substituto do imperativo, no texto. Só assim pode usar o presente do indicativo (dá) ao invés de do conjuntivo (dê). E é negativo, porque "ninguém dá" é o mesmo que "não dá ninguém". Donde, não temos rien! Se é que te entendi!
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