23 de fevereiro de 2008

Quantos erros existem no seguinte texto?

Caros amigos: tendo em conta o papel do turismo na nossa economia e a estrema importancia que as novas tecnologias adquiriram no cotidiano, é com muita alegria que vos comunico uma novidade certamente revolucionaria. Trata-se de um novo tipo de restaurante – o restaurante virtual! A partir de agora, quem decidir recorrer aos nossos serviços poderá, mediante o pagamento de uma pequena tacha, fazer as suas principais refeições através da Internet, utilizando para isso um programa informático grassas ao qual os pratos chegarão directamente à pantalha de cada computador, sempre quentinhos e saborosos. Além disso, posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades terão zero calorias e estarão de acordo com as ultimas normas em vigor na União Europeia. Com esta iniciativa damos um paço decisivo na inovação tecnológica, aproveitando para combater simultâneamente o flagêlo da fome, que deixará de apoquentar as nossas famílias.

A. 8
B. 9
C. 10
D. 11
E. 12

1. Qual é o feminino de «perdigão»?
A. perdigona
B. perdigã
C. perdiz
D. perdiza

2. Qual é a forma incorrecta do plural de «alazão»?
A. alazãos
B. alazões
C. alazães

3. Qual é a expressão correcta?
A. as blusas amarelas-canário
B. as camisas verdes-escuras
C. os cavalos puro-sangue
D. os vestidos rosas-claro

4. Um «esperadouro» é:
A. um lugar onde se espera
B. um espigão usado na enxertia de certas plantas
C. um pequeno cais fluvial
D. um aparelho para espremer fruta

5. As palavras esdrúxulas ou proparoxítonas…
A. têm sempre um acento agudo ou grave na antepenúltima sílaba
B. têm sempre um acento grave ou circunflexo na antepenúltima sílaba
C. têm sempre um acento na antepenúltima sílaba
D. podem não ter acento

6. «Fazer tábua rasa» significa:
A. Aplainar bem a tábua.
B. Pôr tábuas junto ao solo.
C. Pregar ardilosamente uma rasteira a alguém.
D. Esquecer tudo para começar de novo.

7. Qual é a classe de «quantos» na frase «Ele perguntou quantos filhos ela tinha.»?
A. advérbio de quantidade
B. determinante interrogativo
C. determinante relativo

8. Qual das consoantes seguintes é sonora?
A. F
B. T
C. V

9. Apenas uma das seguintes formas verbais está incorrectamente grafada. Qual é?
A. Eu abotoo
B. Eu autuo
C. Eu acentuo
D. Eu amaldiçouo
E. Eu insinuo
F. Eu magoo

10. Qual é a frase correcta?
A. As paredes estão todas encaliçadas.
B. Fui no teu encalso mas não consegui apanhar-te.
C. É preciso desencachar a porta avariada.
D. Está tudo encafoado na dispensa.
E. As circunstâncias encadeam-se na perfeição.

11. Na frase «As aves fazem os ninhos sobre as árvores de grande porte.», «aves», quanto ao sentido e forma, tem a classificação de:
A. hiperónimo
B. heterónimo
C. homónimo
D. sinónimo

12. A frase «Eu tive de tomar esta atitude.» tem a seguinte tonalidade especial de categoria e de aspecto:
A. disposição ou determinação
B. necessidade ou obrigatoriedade
C. intenção
D. futuro imediato

13. Os vocábulos formados pela agregação simultânea de um prefixo e de um sufixo a determinado radical chamam-se
A. parassintácticos
B. parassintéticos
C. paratácticos
D. parassimpáticos

14. Uma «baitaca» é
A. um instrumento musical africano
B. uma bata comprida
C. um bairro de casas de madeira
D. uma espécie de papagaio palrador

15. Qual destas frases está incorrecta?
A. Se não houvesse computadores, o mundo entraria em crise.
B. Haviam de ter visto a cara dele!
C. Para que haja bons resultados, é necessário muito trabalho.
D. Se ele não tivesse gritado, teriam havido mais feridos no acidente.

16. Que significa «trintanário»?
A. um participante no concílio de Trento
B. aquele que exerce funções de lacaio
C. indivíduo na casa dos trinta anos

17. «Bastida», palavra que significa trincheira ou máquina de guerra, é de origem…
A. catalã
B. latina
C. francesa
D. germânica

18. «Catabaptista» é:
A. o que procura baptizar-se
B. o que é relativo ao catabolismo
C. o que segue a religião baptista
D. o que nega a necessidade do baptismo

19. Qual é a frase correcta?
A. Os rufiãos reuniram-se anteontem.
B. São formações geológicas datadas através de fóssis.
C. Eram simples batelzitos a flutuar no rio.
D. São aldeãs vestidas tipicamente.

20. Neste conjunto de hipóteses, qual é o substantivo que não pertence à mesma área semântica?
A. letradura
B. letrista
C. letradice
D. letreira
E. letrear

Quantos erros existem no seguinte texto?

Ele era um homem de muito bom censo. Para mais, era o campião das ceifas na aldeia. Não se fêz rugado: mediu o campo e pôs-se a cegar o trigo sem demora, sózinho. A cubiça dos outros não o incomodava; que falassem e dissessem mal! Tinha mais de cincoenta anos e já ninguém lhe dava concelhos, com quanto jamais os tivesse desdenhado. Concerteza daria concerto à sua vida, a pesar de ser viúvo e de ser assás complicada a tarefa. Mas a colheita era boa e tinha sido informado de que o preço do alqueire aumentaria de cinco euros.

A. 15
B. 16
C. 17
D. 18
E. 19

21. Recordando o escritor cabo-verdiano Gabriel Mariano, diga que figura de estilo é visível nestes versos: «Bandeira erguida no vento / em mãos famintas erguida / guiando os passos guiando / nos olhos livres voando / voando livre e luzindo / luzindo a negra bandeira»
A. epífora
B. anáfora
C. epanadiplose
D. hipérbole

22. Na segunda parte do enunciado «Alguém mais previdente mandou o almoço, e que lhe fizesse bom proveito.», estamos perante um discurso:
A. directo
B. indirecto
C. indirecto livre
D. interrogativo directo
E. interrogativo indirecto

23. Diga qual é a frase incorrecta:
A. A casa estava situada num monte alentejano, onde, no Verão, recebia muitos visitantes.
B. Há automóveis na rua, cujos proprietários estão ausentes.
C. O negócio em que o António se meteu deu-lhe prejuízo.
D. O caminho que segui foi o mais directo.

24. Os «bérberis» são:
A. um povo do Magrebe
B. uma tribo de beduínos da Arábia Saudita
C. furúnculos dolorosos e purulentos
D. uma espécie de arbustos espinhosos

25. O verso eneassílabo anapéstico tem nove sílabas e apresenta acentuação
A. na 2ª, na 5ª e na 9ª sílabas
B. na 3ª, na 6ª e na 9ª sílabas
C. na 4ª, na 6ª, e na 9ª sílabas
D. na 4ª, na 7ª e na 9ª sílabas

26. Qual das seguintes frases deverá ser evitada por conter uma desagradável cacofonia?
A. A Isabel sempre gostou de nos levar a bons restaurantes.
B. O Aníbal devorou o bife assim que o viu na mesa.
C. A Paula usou o garfo dela para espetar a tarte de maçã.
D. O Francisco franziu o sobrolho, quando o criado trouxe a conta.

27. «Guardanapo que não ata, não desata.», quer dizer…
A. Quem não oferece não recebe.
B. Não dar ponto sem nó.
C. Estar num impasse.

28. Qual dos seguintes provérbios não existe?
A. Maio frio e Junho quente, bom pão e vinho valente.
B. Maio frio e ventoso, faz o ano formoso.
C. Maio frio e Inverno chuvoso, Verão caprichoso.
D. Maio frio e molhado é bom para a vinha e para o prado.

29. «Alarme» é uma palavra de origem…
A. italiana
B. neerlandesa
C. inglesa
D. checa

30. Qual é a forma do infinitivo presente da 2ª pessoa do plural do verbo conjugado reflexamente «lavar-se»?
A. lavar-vos-eis
B. lavardes-vos
C. lavareis-vos
D. lavar-vos-íeis

1 257 comentários:

1 – 200 de 1257   Mais recente›   Mais recente»
O Gigante Egoísta disse...

Estou aqui, claro ;P

No sítio do CLP o teste foi publicado exactamente às 0h.

Tem mais 6 perguntas que o anterior.

Vamos ao trabalho!

A.

Unknown disse...

Já cá estou!
Vou imprimir o teste e começo logo a trabalhar.
Só voltarei quando tiver todas as perguntas respondidas com um mínimo de segurança.

Musicologo disse...

Como sempre, primeiras impressões, as mais intuitivas e, pelo que tenho vindo a verificar, pelo menos em relação aos textos, as mais correctas. Depois logo se verá!!...

Texto 1

1 - estrema
2 - importancia
3 - cotidiano
4 - revolucionaria
5 - tacha
6 - grassas
7 - ultimas
8 - passo
9 - simultâneamente
10 - flagêlo

1- C
2- A
3- C
4- A
5- C
6- D
7- B
8- C
9- D
10 - A (encalso); (desencachar); (encafoado); (encadeam-se)
11 - A
12 - B
13 - B
14 - D
15 - D (teria)
16 - B
17 - C
18 - D
19 - D (rufiãos); (fóssis); (batelzitos)
20 - D (da ornitologia)

Texto2:

1- censo
2- campião
3- fêz
4- rugado
5- cegar
6- sózinho
7- cubiça
8- cincoenta
9- concelhos
10- com quanto
11- Concerteza
12- concerto
13- a pesar
14- assás
15- de

21- A
22- D
23- C? (deu)
24- D
25- B
26- C
27- C
28- C
29- A
30- B

Opine-se!

Nothing more than me disse...

Oi!!!

Distraí-me a escrever mails, e só há pouco dei pelo teste. Acabo de ler o primeiro texto. Por enquanto, vejo apenas 10 erros muito pouco inspirados e nada originais. Tipo "mais do mesmo". Então:

1. estrema
2. importancia
3. cotidiano
4. revolucionaria
5. tacha
6. grassa
7. ultimas
8. paço
9. simultâneamente
10. flagêlo

Rodrigo de Sá Nogueira (in Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem): «Écran - Ao "quadro branco sobre o qual se faz cair a imagem de um objecto" no cinema, podem chamar com muita expressividade tela. Os Espanhóis dão-lhe o nome "pantalla", palavra que passou há muito para o português, mas grafada pantalha.»

(In Ciberdúvidas)


Vou ver mais um pouquinho, de depois ó-ó! :-)

Musicologo disse...

a 21, acabo de mudar de opinião para C. Precipitei-me. Eis como uma primeira impressão pode estar errada!...

Nothing more than me disse...

1C - perdiz (cbdv. refª 19528)
2A - alazãos (cbdv. refª 6135)
3B - verdes-escuras (cbdv. refª 14329)
4A - suponho eu muito!
5A - geralmente é agudo, mas naquelas palavras iniciadas por crase [àquilo, àquele/a(s), àqueloutro/a(s)] é mais grave! :-)
6D - http://bell-tira-teimas.blogspot.com/2007/08/fazer-tbua-rasa.html

Vou deixando aqui as fontes, porque pode ajudar a desempatar dúvidas de alguns.

Ah!... E obrigada, Alexandre! :-)

Thétis disse...

Olá, andava perdida pelo outro post! Vou avisar as outras meninas. Estávamos a responder ao teste nas outras bandas.

Vim só desejar uma boa noite a todos.
Fiquei muito desiludida com a correcção do Especial Escolas. Bem me parecia que os bichos iam causar problemas! Não consideraram erro "hamsters". Os meus alunos não me vão perdoar...

Até amanhã!

Um abraço

Nothing more than me disse...

7-A (eu diria; até porque, curiosamente, só encontro interrogativos de lugar, tempo, modo e causa)
8-C (prontuário)
9-D ("oar" ≈ 1ªp/PI "oo" entoo, perdoo, abotoo, enjoo, emaldiçoo, etc.)
10-A (correcção dos erros: encalço, desencaixar, encafuado, encandeiam*)

* http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=lemma&lemma=32835

11- AINDA NÃO SEI RESPONDER

Hiperónimo não me parece possível, pois se as aves não incluem as árvores!...
Neste momento, só me ocorre que se tenham enganado, tem graça!:-S
Ao menos tenho a certeza de que vou aprender com esta!

12-B ("ter de" = necessidade ou obrigatoriedade)

.
.
.

Nota: em relação à questão 3... Falávamos nós, há pouco, de coisas que não nos soambem, né? Anda lá que "puros-sangues"...! :-X

Nothing more than me disse...

Xiii, Théthis, tadinhos deles!... E de ti! :-S

Mas, realmente, na Mordebe aparecem as duas formas: hámster e hamster.

Enfim...!

Uma boa noite pati.
Amanhã vou ler-vos ao outro lado!

isa disse...

Foi difícil cá chegar!

Tenho estado no século passado.

isa disse...

Internet ou internet?

Nothing more than me disse...

CORRIJO: é 7B!!! Fui ver os determinantes ao prontuário!

13B - parassintética
(Alex, gostaste da parassimpática? :-P)

14D - falador, palrador, tagarela

15D - a 3ª p.sing. pede "teria havido". Assim como não é correcto dizer-se "haviam feridos", também o não é "teriam havido feridos).

16B - essa passou há tempos na TV (e o ciberdúvidas confirma-o)

17C - mas ainda vou confirmar, pois a única coisa que encontrei foi isto:
http://www.chemins-cathares.eu/index_pt.php

Se isto fosse uma Final, não sei como seria!...

isa disse...

Musicologo,

10 C
Encalço e não encalso

isa disse...

18 D

19 D - (rufiãos/ões), (fóssis/eis)
(batel /éis)

Nothing more than me disse...

18D - Mas não foi fácil sem o GDLP. Tive que ir pelo brasileiro:
http://www.hostdime.com.br/dicionario/catabatista.html
(já agora, anabaptista é aquele que pretende baptizar-se de novo).

19D - De caras!
[teria que ser "rufiães" ou "rufiões"; "fósseis" e "bateizitos" (por analogia a "farneizinhos", in Cbdv. refª 8716).

E páro aqui, por hoje, porque à 20 tenho que responder com um dicionário à frente. Ademais, acordo às 7! A demain, chers amis!

:-)

Nothing more than me disse...

Isa: "internet", de acordo com: http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=12569

Jokas

Musicologo disse...

Isa, estás bem? Claro que a 10 é A.
O que assinalei de seguida foi porque escolhi A, assinalando os erros que há nas outras - encalso é um dos erros...

Nothing more than me disse...

PS - Isa, atenção: não é 10C, mas 10A (vide o meu comentário acima).

isa disse...

Musicologo,

Tens toda a razão. As paredes estão todas com caliça.

A minha leitura estava errada: li o que não está escrito.

Reposta a verdade.

isa disse...

Acrescentar mais um erros no 1º. texto.

Internet - internet

Nothing more than me disse...

OK, não resisti, pronto!... Só mais esta (é a última):

1. censo (senso)
2. campião (campeão)
3. fêz (fez)
4. rugado (rogado)
5. sózinho (sozinho)
6. cegar (segar)
7. cubiça (cobiça)
8. cinquenta (cinquenta)
9. concelhos (conselhos)
10. com quanto (conquanto)
11. concerteza (com certeza)
12. concerto (conserto)
13. a pesar (apesar)
14. assás (assaz)
15. de (só em "de X para Y")

Fui!... Com pena e sem sono, mas fui!

Nothing more than me disse...

Nota: "cinquenta" do latim "quinquaginta", diz o cbdv.

isa disse...

Nothing more than me,

Lapso meu. Obrigada pelo reparo.

Tenho os olhos em bico.

Até mais logo.

Bjs.

Nothing more than me disse...

Mas, antes:

CORRIJO de 5A para 5C!!! Passou-me, de todo, que o acento também poderia ser circunflexo (ex: fôssemos); foi precipitação!

Nothing more than me disse...

Boa, Isa! ;-)


.


.


.


(out!*)

Nothing more than me disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nothing more than me disse...

(Bolas p'amim!)

Musicólogo: é 23A - A casa estava situada num monte alentejado que, no Verão, recebia muitos visitantes.

Outra coisa seria dizer-se: A casa estava situada num monte alentejado onde, no Verão, se recebiam muitos visitantes. Ou: onde, no Verão, muitos visitantes eram recebidos.

Certo?

isa disse...

Numa leitura pouco profunda e ensonada, este teste não me parece tão difícil quanto eu esperava.

Será?

Vingador disse...

Relativamente às respostas que já foram aqui colocadas, vou debruçar-me apenas sobre aquelas em que creio não haver consenso:
3 – C (concordo com o Musicólogo; discordo da Nothing)
22 – C (discordo do Musicólogo)
23 – A ou B (discordo do Musicólogo; inclino-me para a B, ao contrário da Nothing)
Ainda não me pronuncio sobre 24 (?), 27 (?) e 28 (C ou D). Ainda não olhei para os textos.

Nothing more than me disse...

Juro que já estava prestes a ir para a camita; mas fui, conforme disse que iria, ao outro post anterior, e dei com uma justificação da 26C, questão relativamente à qual gostaria de esclarecer que a cacofonia residirá no "gar_fodela". ... Anda ariscazita, a CTC, não? :-P

Vingador: lê lá isto, sobre a 3, e logo me dizes: http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=15845

Quanto à 23, a hipótese A, da forma como está posta, está muito errada, meu amigo! Ah, pois! :-)

Bom... Mas eu já tou a dormir, ó:

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!...


(banôte)

Vingador disse...

Li o que referiste, Nothing; mantenho, no entanto, a minha posição em relação à pergunta 3. Ora vê:
“Nos adjectivos compostos, apenas o último elemento recebe a forma de plural: consultórios médico-cirúrgicos, institutos afro-asiáticos, letras anglo-germânicas.
Observação: Exceptuam-se: a) surdo-mudo, que faz surdos-mudos; b) os adjectivos referentes a cores, que são invariáveis quando o segundo elemento da composição é um substantivo: uniformes verde-oliva, canários amarelo-ouro, saias azul-ferrete, blusas vermelho-sangue” (Gramática de referência, página 253).
Ver também www.prof2000.pt/users/rocaramelo/infoadjectivo.htm
Quanto à 23, percebo o teu ponto de vista, mas ainda não estou convencido.
Finalmente, para todos: no texto 1, a expressão "posso assegurar-vos de que..." não vos soa mal? Imaginem, por exemplo, "Asseguro-te de que ele não estava lá". A mim soa-me MUITO mal. O "de" parece estar ali a mais. Pergunto: Não será que o "de" é apenas obrigatório na conjugação reflexa ("assegurar-se de que") e não na conjugação pronominal em geral? Gostava que me dessem as vossas opiniões.
Por último: o caso "internet/Internet" é capaz de se tornar um problema. Vamos ver.

Vingador disse...

Penso que "Internet" não seja um erro. Vejam:

"Internet ou internet? É nome próprio ou nome comum?
Carlos (Portugal)

Os dicionários de língua portuguesa não são unânimes na inicial maiúscula ou minúscula de Internet/internet. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa regista a palavra com inicial minúscula, assim como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, que possui uma observação no respectivo verbete referindo que a palavra é por vezes grafada com inicial maiúscula. Já o Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora, apenas preconiza a forma com inicial maiúscula. Considerando que se trata de uma entidade única (não dizemos uma internet ou duas internets), a inicial maiúscula faz sentido e até parece ser a grafia mais usual, quer em português quer nas outras línguas. No entanto, a grafia com inicial minúscula também se justifica pelo facto de se tratar da redução do nome comum inglês internetwork, que significa "sistema de redes interligadas".

Ver também: uso de maiúsculas
Pedro Mendes, 26-Nov-2007"

(Dúvidas linguísticas do Público)

elianosantos disse...

Olá Gigantes! =)

Teste mais difícil... =O

Segunda feira tenho teste de português sobre Lusíadas e Camões, sai muita coisa, o contexto histórico social, A estrutura da obra, etc. Como isto é um blog de Língua Portuguesa estarei aqui e farei também a minha correcção, mas não com tanta participação como no outro (pelo menos hoje e amanhã) na segunda à tarde aqui estarei, assim como no resto da semana, embora tenha a semana cheia de testes, muito difícil... =/

elianosantos disse...

A 5 não é a A nem a C. Segundo a obra de referência é a B, as palavras proparoxítonas ou esdrúxulas tem sempre um acento grave ou circunflexo na antepenúltima silaba. -> Páginas 56 e 57. ;) -> vejam os exemplos.

Vingador disse...

Estás enganada, Enty. O caso mais comum é terem acento agudo, como por exemplo em "intrépido".

Thétis disse...

Bom dia!

Enty, podem ter os 3 acentos, por isso é C

Como escreves a palavra "árvore"?

elianosantos disse...

Esqueçam, confundi agudo com grave.. é de facto a resposta C)..

Desculpem..

elianosantos disse...

PS: Não estou enganada, mas sim enganado! ;)

Thétis disse...

Quanto à Internet, o Ciberdúvidas considera que deve ser escrita com maiúscula.

http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=4690

elianosantos disse...

Na 9, o que significa "autuo"?

elianosantos disse...

Vou refazer a pergunta: De que verbo deriva? autuar? =O

O Gigante Egoísta disse...

Enty,
Vem do verbo 'autuar'. Agora tens de ir ver o que é que significa esse verbo.

Estive a resolver o teste:
1.º texto: 10 erros
2.º texto: 15 erros

Na questão 3, concordo com o Vingador por exclusão de partes. O correcto seria 'as blusas amarelo-canário', 'as camisas verde-escuras' e 'os vestidos rosa-claros' (cf. Gramática cit. pelo Vingador e cf. Edite Estrela, Saber Escrever Saber Falar, p. 72: «nos adjectivos compostos, só o segundo elemento vai para o plural: fardas azul-marinhas») Assim, a correcta será a hipótese C: 'os cavalos puro-sangue'. Note-se que puro-sangue é um substantivo que, aqui, funciona como adjectivo. Analogicamente, penso que é possível dizer que será 'os cães caniche' e não 'os cães caniches'...

As palavras esdrúxulas têm sempre acento (tónico e gráfico) na penúltima sílaba.

As «aves» é um hiperónimo, como dizer «os animais» nos engloba individualmente a todos.

Epanadiplose é das minhas figuras preferidas.

Concordo que é discurso indirecto livre: «e que lhes fizesse bom proveito».

Vingador, penso que é a 23 A, porque me parece que a frase está construída num tom impessoal.

Concordo com «A Paula usou o gar-fodela».

Nunca ouvi a expressão «Guardanapo que não ata, não desata». Só mesmo, 'não ata nem desata'. Penso que sejam expressões sinónimas.

Não descobri ainda qual dos provérbios não existe.

30: Lavardes-vos.

A.

Miguel disse...

Antes de ir almoçar deixo-vos aqui os meus palpites para aquelas perguntas que tentei resolver. As restantes ainda nem sequer olhei para elas. Aqui vai:

Texto 1 - ainda não o analisei
1- C Perdiz
2 – A Alazãos
3 – um bico de obra. Acho que a primeira, a segunda e quarta possibilidades não estão correctas mas depois a única que sobra também não me soa bem; ainda por cima a segunda soa-me lindamente mas não deve estar correcta. Para analisar mais tarde.
4-A
5-C
6-D
7- B com dúvida na C
8-C
9-D
10-A
11-A
12-B
13-B
14-D
15-D
16-B
17-C
18-D
19-D
20-D
Texto 2 – - ainda não o analisei
21-C
22-B
23-B
24-D
25-B
26-B assim cu viu?
27- A ou C
28- C ou D
29-A
30-B

O Gigante Egoísta disse...

*na antepenúltima sílaba.

A.

elianosantos disse...

Pelo que percebi autuar é processar. =)

Vingador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Gigante Egoísta disse...

Enty,

E se eu disser «O polícia autuou o condutor do veículo que seguia em excesso de velocidade»?

Quanto ao 'assegurar', a porca começa a torcer o rabo. Diz o Ciberdúvidas:

«O verbo assegurar(-se) comporta-se como outros verbos, como esquecer(-se), que têm diferentes comportamentos sintá(c)ticos consoante sejam usados como verbos pronominais ou como não-pronominais, ainda que na maioria dos casos tenham basicamente o mesmo sentido.

Estes verbos são transitivos dire(c)tos quando não são pronominais, e transitivos indire(c)tos, regendo a preposição de, quando são pronominais.

Assim, os pares de construções que se seguem estão todos corre(c)tos:

(1) a. Os serviços do clube assegurar-se-ão da respectiva limpeza.

b. Os serviços do clube assegurarão a respectiva limpeza.

(2) a. Para se assegurar de que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.

b. Para assegurar que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.

(3) a. Esqueci-me do meu telemóvel em casa.

b. Esqueci o meu telemóvel em casa.»

Ora, «posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades» é a conjugação pronominal, sendo -vos o complemento indirecto. Como tal, aqui 'assegurar' é verbo transitivo indirecto. Segundo a regra do Ciberdúvidas, deverá então reger a preposição -de.

Diferente seria a frase «Posso assegurar que todas as nossas especialidades...». Neste caso, o verbo seria transitivo directo, não regendo a preposição -de.

Concordas, Vingador?

1. C - perdiz
2. A - alazãos
3. C - os cavalos puro-sangue
4. A - um lugar onde se espera
5. C - têm sempre um acento na antepenúltima sílaba
6. D - Esquecer tudo para começar de novo.
7. A - advérbio de quantidade
8. C- V
9. D - Eu amaldiçouo
10. A - As paredes estão todas encaliçadas.
11. A - hiperónimo
12. B. - necessidade ou obrigatoriedade
13. B - parassintéticos
14. D - uma espécie de papagaio palrador
15. D - Se ele não tivesse gritado, teriam havido mais feridos no acidente.
16. B - aquele que exerce funções de lacaio
17. C - francesa
18. D - o que nega a necessidade do baptismo
19. D - São aldeãs vestidas tipicamente.
20. D - letreira
21. C - epanadiplose
22. C - indirecto livre
23. A - A casa estava situada num monte alentejano, onde, no Verão, recebia muitos visitantes.
24. D - uma espécie de arbustos espinhosos
25. B - na 3ª, na 6ª e na 9ª sílabas
26. C - A Paula usou o garfo dela para espetar a tarte de maçã.
27. C - Estar num impasse. (?)
28. C - Maio frio e Inverno chuvoso, Verão caprichoso.(?)
29. A - italiana
30. B - lavardes-vos

A.

Vingador disse...

Desculpa a troca de sexo, Enty.
Quando tirares a carta e começares a lidar (com) a polícia na estrada, vais perceber melhor o significado de "autuar": no nosso dia-a-dia significa "passar uma multa".

Voyager disse...

Surgiu-me uma dúvida ao ler os vossos comentários na questão 5. Para mim, é a resposta D.
As palavras esdrúxulas têm de ter um acento TÓNICO na antepenúltima sílaba. Não tem que corresponder necessariamente ao sinal gráfico de acento (seja agudo ou grave). Este tipo de classificação engloba TODAS as palavras com base na sílaba átona e como nem todas têm acento...

Estarei redondamente enganado?

Voyager disse...

E já agora, sem qualquer fundamentação a 23 parece-me a B. Aquela vírgula...

3 - muitas dúvidas, mas parece-me mais a C do que a B...

Quando tiver mais argumentação minimamente sólida, volto para o resto das questões.

Miguel disse...

Antinoo, muito boa tarde.
Embora tenha dúvidas na 7, entre a B e C - muito mais inclinado para a B - discordo do seu advérbio de quantidade. http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=16879. Comprove por favor para ver se corrobora ou não a sua resposta.

Miguel disse...

SecretSoul,
Já não me lembro do que lá dizia mas tenho aqui apontado que a resposta 4499 do Ciberdúvidas afirma que deve haver sempre um acento nas palavras esdrúxulas. Desde 1911 ou algo assim. Aproveito e vou ver outra vez.

Miguel disse...

Quest�o 23

O "cujos propriet�rios" rerere-se aos carros ou � rua? N�o h� aqui uma ambiguidade a evitar?

Voyager disse...

Já agora, para a pergunta 3:

http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=21610

Acho que isto elimina a opção B =)

Miguel disse...

Tem razão SecretSoul, essa resposta do CD não só elimina a B como deixa apenas a possibilidade de ser a C a correcta. A minha dúvida é: porque não passa puro-sangue ao plural? Deve ser porque então não teríamos nenhuma opção válida....

Voyager disse...

Miguel, encontrei esse tópico, efectivamente. Mas depois encontrei outro:

?id=20331

"Acento tó[ô]nico (de maior intensidade do som duma sílaba na palavra), que cara(c)teriza o tipo das palavras segundo a posição dessa sílaba: agudas, graves, esdrúxulas."

Nada como confirmar na Gramática...

Voyager disse...

Parece que temos um problema:

http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=14329

LOL

Miguel disse...

A questão seria saber se a sílaba tónica das esdrúxulas está ou não sempre acentuada....

Musicologo disse...

Internet. ->

Já o Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora, apenas preconiza a forma com inicial maiúscula.

-> Este dicionário é a obra de referência, como tal, nas polémicas, devemos aceitar as formas que lá vêm. Lembremo-nos da tecedeira! Tecelã, também aparece no priberam, mas como não aparecia no da porto editora, chapéu. Se o que aparece na Porto Editora é Internet com maiúscula, esta é a forma correcta, para este teste.

Algumas justificações das minhas respostas, agora mais pensadas:
1 - A - Perdiz é a forma que aparece no dicionário de referência

2- A - Alazãos é a única que não aparece no dicionário de referência.

3 - C - Ver antinoo. As outras cores todas estão grafadas errado.
Seria amarelo-canário, verde-escuras e rosa-claro.

4 - A - Vem na obra de referência

5 - C - São SEMPRE acentuadas e pode ser por qualquer acento (agudo, grave ou circunflexo).

6 - D - Conhecimento popular

7 - B - Prontuário.

8 - V - Ver definição de "V" no dicionário.

9 - D - "Amaldiçou-o". Falta o hífen.

10 - A, já explicada.

11 - A, ver antinoo. As aves como subsituto de todos os pássaros possíveis.

12 - B - "Ter de" - necessidade ou obrigação

13 - B - Ver no dicionário a definição de "Parassintético".

14 - D - Ver definição no dicionário.

15 - D, para ser correcta seria "teria havido".

16 - B - Ver dicionário.

17 - C - Ver dicionário.

18 - D - Ver dicionário

19 - D, já explicada.

20 - D, ver dicionário. Todas as palavras são relativas a letras excepto esta que é relativa à ornitologia.

21 - C, ver definição no dicionário. É a que encaixa melhor no caso.

22 - Neste momento em reflexão. Mas mudei para estar inclinado para um dos discursos indirectos.

23 - Continuo com dúvidas. A "C" continuo a achar que deveria ser "deu prejuízo" e não "deu-lhe". A "A" também não soa muito bem, mas não consigo justificar o erro - "Esta é a casa onde recebo as pessoas", não vejo qual o erro em "onde". Reconheço que pode ficar melhor "Esta é a casa na qual recebo as pessoas" ou "Esta é a casa em que recebo as pessoas". Mas não tenho justificação para afastar o "onde", para já.

24 - D - Ver na enciclopédia. (Não vem no dicionário). Berberis é nome científico. Equivale ao nome comum inglês "burberries".

25 - B - Exemplo : "Tanta sova levaste no lombo".

26 - C - Garfo dela.

27 - Em dúvida agora. Inicialmente li como sinónimo de "Não ata nem desata", neste momento penso duas vezes porque o sentido está longe de ser o mesmo. "Não, não" não me parece igual a "Não, nem".

28 - C - Os primeiros dois encontram-se em inúmeros lados atestados. O quarto encontra-se atestado como "Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado" e é variante do primeiro (quando chove em abril é bom para as culturas), em Maio poder-se-á manter o mesmo raciocínio?

O terceiro encontra-se no imaginário popular do alto douro (na minha terra) como JULHO!

"Julho fresco, Inverno Chuvoso, Estio perigoso".

Julho já me parece algo distante de Maio para a lógica se manter, logo o "C", parece-me o menos lógico de todos.

29 - A - Ver dicionário.

30 - B - Ver conjugação no dicionário.

Em resumo, vem quase tudo no dicionário, sem grandes margens para dúvidas. As dúvidas agora serão essencialmente gramaticais e de procurar uma justificação ou atestado nalgum local remoto. Alguém ter o borda d'água?

Dúvidas essencialmente em:

22, 23, 27 e 28.

Pela "facilidade" do teste, e a incrível quantidade de pessoas com 46 pontos estou em crer que só pessoas com 0 erros nos três testes tenham passagem garantida. 1 erro este ano poderá ser fatal!

Miguel disse...

22
Acho que o discurso é indirecto, sem dúvida, mas não é indirecto livre.
http://www.dicionarios.net/duvidas/duvidas_detalhe.aspx?id=801

elianosantos disse...

Na 3 pode-se eliminar a A)

Na gramática de referência vem o seguinte:

Exceptuando-se:
a)...
b) os adjectivos referentes a cores, que são invariáveis quando o segundo elementos da composição é um substantivo:

-uniformes verde-oliva
-canários amarelo-ouro
-saias azul-ferrete
-blusas vermelho-sangue


;)

F. Correia disse...

Boa Tarde a todos!
Estas são as minhas respostas ao 3º teste. Ainda me faltam clarificar 2 ou 3 questões. Bom trabalho!

1 - C
2 - A
3 - C
4 - A
5 - C
6 - D
7 - B
8 - C
9 - D
10 - A
11 - A
12 - B
13 - B
14 - D
15 - D
16 - B
17 - C
18 - D
19 - C/D
20 - D
21 - C
22 - C
23 - A/B
24 - D
25 - B
26 - C
27 - C
28 - Em pesquisa
29 - A
30 - B
1º texto 10 erros
2º texto 15 erros

elianosantos disse...

A resposta da 2 está chapada na página 183 da gramática de referência. ;)
A forma incorrecta é alazãos.

Miguel disse...

F. Correia,
19- deveria ser batéizitos (formando o plural de batel antes de juntar o sufixo...). Ajuda?

elianosantos disse...

F.Correia,

Na página 187 da gramática de referência está a resposta à tua dúvida da 19. ;)

É, sem dúvida, a D).

Vingador disse...

Tentando liquidar a pergunta 3: vão encontrar na Internet que o plural de “puro-sangue” é “puros-sangues”. Mas isso é quando “puro-sangue” é um substantivo, como em “Aquele puro-sangue há-de ser meu!”, que ficaria “Aqueles puros-sangues hão-de ser meus!”. Na frase apresentada na pergunta 3, “os cavalos puro-sangue”, a palavra “puro-sangue” é um adjectivo composto, em que o segundo elemento é um substantivo; logo, deve obedecer à correspondente regra de invariabilidade. A resposta à 3 é, portanto, C.

F. Correia disse...

musicologo,
"1 - A - Perdiz é a forma que aparece no dicionário de referência" .
Então não será a hipótese C ???

F. Correia disse...

também na gramática de referência a resposta à pergunta 3 está justificada na página 253.

F. Correia disse...

Eитү , obrigada! de facto inclinava-me para a resposta D, mas não tinha conseguido confirmar.

elianosantos disse...

exacto, como já tinha referido. ;)

Musicologo disse...

Sim, com certeza. a 1 é C, perdiz. foi gralha, tal como a justificação o atesta.

elianosantos disse...

Minha correcção:

Texto - 10 erros, e não vale a pena complicar.

1-C
2-A
3-C
4-A
5-C
6-D
7-A ou B
8-C
9-D
10-A
11-A
12-B
13-B
14-D
15-deixa-me dúvidas, a B...
16-B
17-C, mas o meu dicionário não diz a origem da palvra, no entanto dá referência a "bastir" que deriva do latim medieval «bastire» e do germânico «bastjian» (forma hipotética). Podem escrever o que vem no dicionário de referência?
18-D
19-D
20-D

F. Correia disse...

bom, fazendo aqui um ponto da situação, pareceme qua as dúvidas são nas perguntas do guardanapo-27 e dos provérbios 28, que vou tentar descobrir.
Antinoo, na pergunta 7 "quantos filhos" considerei a resposta B pela consulta da pag. 352 da gramática de referência.
Miguel, obrigada "pela 19". A questão 22, para mim está esclarecida nas pags.635 e 636 da gramática.

F. Correia disse...

Eитү
Em Infopédia:bastida
(Do fr. bastide, «id.»)

elianosantos disse...

Obrigado! ;)


Mas na 7, a página que disseste é de pronomes... =(

Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vingador disse...

A gramática de referência não faz distinção entre pronomes e determinantes, Enty.

elianosantos disse...

Bem me parecia.. o.O

isa disse...

Rectifico:

Internet está correcto com maiúscula.
Em pesquisa no dicionário de referência, aparece grafado com maiúscula.

1. texto -salvo melhor opinião, 10 erros.

Continuo às voltas com a 3 e com os provérbios. Não consigo encontrar qualquer referência a dois deles.

Continuamos.

Thétis disse...

Olá, Gigantes!

Ando às voltas com a pergunta 3. E acho que já estou completamente baralhada!

A resposta A está excluída, pois teria de ser as blusas amarelo-canário (é um adjectivo composto referente a uma cor e em que o 2º elemento é um nome; fica portanto invariável. Aliás, na formação do feminino, só o 2º elemento toma a forma do feminino).

Na resposta B temos outro adjectivo referente a uma cor. (segue a regra geral, em que só o 2º elemento vai para o plural, pois “escuras” não é um nome).
Confirmado pelo Ciberdúvidas:

[Resposta] No Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o plural do substantivo azul-escuro é azuis-escuros. No caso de azul-escuro ter valor de adje(c)tivo, o plural é azul-escuros, de acordo, aliás, com Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, pág. 253): «nos adjectivos compostos, apenas o último elemento recebe a forma de plural».

No entanto, os mesmos autores admitem como excepção «os adjectivos referentes a cores, que são invariáveis quando o segundo elemento da composição é um substantivo: uniformes verde-oliva [...].» Por outras palavras, se azul-claro for um adje(c)tivo, o plural é azul-claros, uma vez que o segundo elemento não é um substantivo, ao contrário de verde-oliva, que tem o plural igual ao singular.

Na resposta D, outro adjectivo referente a uma cor.
Musicólogo, segue portanto a mesma regra da resposta B. Ficaria os vestidos rosa-claros e não rosa-claro.

Por último, a resposta C, para a qual não encontro um raciocínio lógico.
O Ciberdúvidas afirma categoricamente que o plural é puro-sangues, mas não apresenta qualquer tipo de justificação.

[Pergunta] O plural de puro-sangue é puros-sangue?
Filipe Fernandes :: :: Açores, Portugal
[Resposta] Não, o plural de puro-sangue é puros-sangues.

J. M. C. :: 19/10/2004

Vingador, agarrando nas suas palavras:

“a palavra “puro-sangue” é um adjectivo composto, em que o segundo elemento é um substantivo; logo, deve obedecer à correspondente regra de invariabilidade. A resposta à 3 é, portanto, C.”

Tem razão quando diz que o segundo elemento “sangue” é um substantivo, mas a regra da invariabilidade aplica-se aos adjectivos referentes a cores! Não é o caso de “puro-sangue”.

Sendo assim em que é que ficamos?

Thétis disse...

22 – C (discurso indirecto livre)

No discurso indirecto livre, o enunciado do narrador e da personagem parecem confundir-se, aproximando a expressão escrita da língua falada.

O discurso indirecto livre:
- mantém as exclamações e as interrogações do discurso directo, mas o verbo declarativo que indica o diálogo está omitido;

- processam-ne nele as mesmas transformações de modo, tempo, pessoa, e de advérbios que no discurso indirecto (na dependência de um pretérito).

“Felizmente que o Augusto valeu àquilo, arredondando a fala e convidando-a também. Toda babada por dentro, que não, que não dançava. Rogasse outra vez a Sofia.”

F. Correia disse...

thétis, parece-me que a leitura do comentário do vingador 3.11 na integra esclarece por completo esta questão ... o plural de "puro-sangue" é diferente da frase "os cavalos puro-sangue" ...

isa disse...

Thétis,

Continuando com a 3, no dicionário de referência, é qualificada como substantivo masculino e não adjectivo?!.

isa disse...

Thétis,

Quis referir-me ao puro-sangue.
Assim, as regras gramaticais aplicadas ao caso, são diferentes.

Vingador disse...

Ainda sobre a pergunta 3, e tendo em conta os comentários da Thétis:
De acordo com a gramática de referência, os plurais correctos das opções A, B e D da pergunta 3 são, respectivamente, “amarela-canário” (adjectivo composto referente a cor, onde o segundo elemento é um substantivo), “verde-escuras” (adjectivo composto) e “rosa-claros” (adjectivo composto). A resposta do Ciberdúvidas
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=19784
confirma isso mesmo. Assim, quem ainda tiver dúvidas em relação à pergunta 3, pode decidir-se a responder C por exclusão de partes.

isa disse...

A 3 A/B/D são efectivamente adjectivos compostos que constituem excepção.
- Os adjectivos referentes a cores ficam invariáveis quando o segundo elemento é um substantivo:

camisolas amarelo-canário
dentes branco-pérola
águas azul-turquesa
relvados verde-ervilha

Logo, por exclusão de partes, a correcta será 3 C.

Gramática "Saber Escrever Saber Falar" de Edite Estrela.

Thétis disse...

Isa, então então isso ainda me deixa mais baralhada! Devem aplicar-se as regras do plural dos nomes compostos? Então, teríamos "puro-sangue" formado por um adjectivo + nome; logo ambos os elementos se flexionam no plural...

Vingador disse...

Alexandre:
Tenho andado às voltas com a situação "posso assegurar-vos de que" vs "posso assegurar-vos que" e ainda não consegui chegar a uma conclusão convincente. Vou continuar a procurar informação sobre este caso.
Obrigado pelos teus comentários sobre o assunto.

isa disse...

Os comentários estão a ser postados quase que em duplicado. Isto deve-se ao facto das pesquisas serem feitas em fontes diferentes e em simultâneo.

Peço desculpa mas nem sempre leio imediatamente antes de comentar.

Vingador disse...

Não há crise, Isa. Mais vale ter duas opiniões consensuais do que não ter nenhuma.

Thétis disse...

Pois, Vingador! Será mesmo por exclusão de partes. A, B e D estão incorrectas. Apenas uma ressalva: blusas amarelo-canário. Só o 2º termo toma a forma do feminino (neste caso não tem)

Thétis disse...

Vou agora para os provérbios!

Não consigo encontrar em lado nenhum o C e o D...

Miguel disse...

Mais alguma informação sobre o discurso indirecto. Eu tinha dúvidas nessa questão - a 22 (indirecto vs indirecto livre) mas acho que é claramente indirecto livre.

http://www.infopedia.pt/$discurso-directo-indirecto-indirecto-livre

F. Correia disse...

para o "assegurar" ciberdúvidas:
...[Resposta] Deve dizer «assegurar-se de que», que é o mesmo que «certificar-se de que». O que está em causa é a regência , isto é, a «relação que se estabelece entre duas palavras em que a segunda serve de complemento à primeira». No caso dos verbos transitivos, há verbos que se constroem com a preposição de. Entre os verbos que regem a preposição de contam-se: assegurar-se, lembrar-se, certificar(-se), esquecer-se, arrepender-se, recordar-se, cansar-se, duvidar, persuadir, convencer, dispor, informar, gostar, fugir, falar.

F. Correia disse...

thétis,
também não encontro nem o C, nem o D, mas o C parece-me fazer menos sentido.

Miguel disse...

Encontrei:
Julho fresco, Inverno chuvoso, estio perigoso
Não é igual mas....

isa disse...

Na gramática da Edite Estrela, pag.150, vem o seguinte exemplo de interrogativa indirecta:

»Alguns mais previdentes mandaram almoço, e que dissesse o que queria para o jantar» - (Trindade Coelho)

Está implícita, indirectamente, a pergunta.

Interrogativa directa:

»Então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma
asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse Rabi......»-(Eça de Queirós)

O pedido foi directo

Indirecto Livre:

Tomou padre Bonifácio muito mal nosso propósito. Estava muito sentido connosco! Sentia-se enganado! - (Fernando Campos)

- É um discurso híbrido, que aproxima narrador e personagem, como se ambos falassem em uníssono. Do ponto de vista formal, a 3ª. pessoa e os tempos de narração , próprios do discurso indirecto, coexistem com os deícticos, as interrogações e as exclamações, próprios do discurso directo. Este tipo de enunciado não aparece introduzido pela conjunção subordinativa, sendo as palavras e frases das personagens conservadas tal como teriam sido proferidas.

Mais outro exemplo:

«Então Ega protestou com veemência. Como não convinha a ninguém? Ora essa! Era justamente o que convinha a todos!».

Será que conseguem inserir a frase neste contexto de indirecto livre?

O Gigante Egoísta disse...

VINGADOR,
Fico a aguardar o teu juízo sobre o assegurar.

F. CORREIA,
lê o meu comentário das 2.01 sobre a questão do assegurar.

ISA, THÉTIS e demais,
É exactamente isso: o que o Vingador está a dizer sobre a questão 3, é que a hipótese correcta é «cavalos puro-sangue» POR EXCLUSÃO DE PARTES.

MIGUEL,
Li a página que me indicou no Ciberdúvidas, mas permaneci na mesma. De facto, vejo qual é a sua reticência, mas não consegui concluir nada.

CRISTINA,
(Agora é a minha vez!) Onde andas?

A.

Musicologo disse...

A minha amiga brasileira (relembrar que este teste é pela primeira vez aberto a TODOS), detectou apenas 9 erros e não "via" um décimo. Quando indaguei reparei que ela tem "cotidiano" como palavra correcta. Procurando na Internet, verifica-se que "cotidiano" é uma palavra correcta no Brasil, com o sentido de quotidiano. Alguém poderia ver se ela aparece dicionarizada de alguma maneira nessa forma, ou se sem dúvida alguma deve ser considerado erro?

Miguel: andas a ter trabalho a dobrar? o provérbio de "julho" já eu o tinha assinalado lá atrás. Esta gente não lê o trabalho que já foi feito!...

Thétis disse...

Isa, os exemplos que dás são de discurso indirecto

Alguns mais previdentes mandaram almoço, e que dissesse o que queria para o jantar» - (Trindade Coelho)

Está implícita, indirectamente, a pergunta.

Interrogativa directa:

»Então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma
asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse Rabi......»-(Eça de Queirós)

O discurso directo utiliza frases interrogativas directas. O discurso indirecto utiliza frases interrogativas indirectas.

O discurso é directo, indirecto ou indirecto livre. Daí que se exclua logo à partida a D e E.

Miguel disse...

Provérbios da 28

O meu coração diz-me que é a D que não existe.

Os dois primeiros casos encontram-se facilmente.

Do terceiro caso existem variações (Julho fresco, Inverno chuvoso, estio perigoso) que são aceitáveis porque o sentido mantém-se embora possam existir pequenas modificações de um lugar para outro. Além disso (não garante mas ajuda-me a aceitar o que estou para aqui a dizer) em castelhano existe algo parecido - Verano fresco, invierno lluvioso, estío peligroso...

Sobre o último caso temos: Abril, frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado. Poderíamos aceitar a modificação Maio por Abril mas não diz nada sobre a vinha. Seria assim esta a opção certa. E em Maio as vinhas devem estar a brotar pelo que uma chuva mataria tudo nessa altura...

Mas não estou convencido, de maneira nenhuma.

Alguém tem certezas sobre a 23? Eu continuo a achar a opção B ambígua.

Miguel disse...

Musicólogo, li sim senhor a sua resposta anterior sobre Julho. Simplesmente repeti o que o Musicólogo tinha dito. Não leve a mal...

Thétis disse...

Em relação à 23 parecem-me todas correctas. Engraçado!...

Nothing more than me disse...

Bom... Na verdade, eu comecei por achar que estaria correcto dizer-se "as camisas verdes-escuras" (3B) por isto:

"Eu também compraria dois carros vermelho-vivo, ou verde-garrafa, ou verde-alface, ou amarelo-ouro. Mas poderia muito bem comprar dois carros verdes-claros, ou azuis-escuros."
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=15845

Todavia, este argumento vai contra:
"como adjectivos, o plural é azul-celestes, azul-marinhos" - e, no nosso caso, a cor da camisa adjectiva-a, logo não pode ser como vem na hipótese B.

Isto, embora eu também dê comigo a entender que será:
- cavalos (de raça) puro-sangue = puros-sangues;
- cães (de raça) caniche = caniches

E pronto... Já não acho nada impossível que seja a dos cavalos (C) a estar correcta! Como as coisas são, jesus! :-S

::: ::: :::

Quando ao verbo "assegurar", penso que é como o informar, lembrar, avisar: quando tenha CD necessita do "de", será? Assim:
Informo que / Informo-vos de que
Lembro que / Lembro-vos de que
Aviso que / Aviso-vos de que
Asseguro que / Asseguro-vos de que

Mas, para o jurar, terei que averiguar mais sobre as regências dos verbos.

::: ::: :::

Secret: é claro que as palavras esdrúxulas têm acentuação tónica na antepenúltima sílaba, como as graves na penúltima e as agudas na última. Mas acresce a isso, que as primeiras levam sempre acento gráfico.

::: ::: :::

Quanto ao "alazão", já alguém aqui disse que a resposta está dada na gramática de referência. E é verdade: alazães ou alazões.
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=6135

::: ::: :::

De facto, 7B! Porque, realmente (também já aqui se disse), CC&LC dão esse exemplo: "Pergunte quantos passageiros desembarcaram". E pronome ou determinante aqui é o mesmo:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=20692

::: ::: :::

Alex: ainda não percebi a do hiperónimo! Ave é hiperónimo de pardal, cotovia, gavião, pombo, rouxinol... Mas o texto põe lado a lado "ave" e "árvore"! Expliquem-me lá isso com jeitinho, por favor!

::: ::: :::

E sim, discurso indirecto livre (22C), claramente! Por tudo o que já se disse, e de que destaco o contributo da Thétis, directamente da gramática de referência.

:::

:::

:::

Cheguei agora a casa, apenas li os comentários e estou um pouco baralhada. Vou jantar e logo vejo se é hoje ou amanhã que me sinto em condições de pensar minimamente.

Abçs*

Miguel disse...

Na 23 a que me parece mais incorrecta é a B porque me pode induzir a pensar que estamos a falar dos proprietários da rua e não dos proprietários dos automóveis.

PP disse...

Boa noite, gigantes.
Hoje consegui chegar mais cedo, mas não me posso demorar. Estas são as sugestões que consegui descortinar.

Texto 1: 10 erros
1. C
2. A
3. C: http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/plural.htm
4. A
5. C
6. D
7. D: Quanto: determinante interrogativo. Que número de; que quantidade de; http://www.infopedia.pt/pesquisa?qsFiltro=14
8. C
9. D
10. A
11. A
12. B
13. B
14. D
15. D
16. B
17. C
18. D
19. D
20. D

Texto 2: 15 erros
21. C
22. C
23. A
24. D
25. B
26. C
27. ???
28. http://web.rcts.pt/~pr1085/Prov/Amaio.htm
“Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado”, surge com muita frequência o que pode indicar a inexistência da hipótese D, mas não encontro a C em lado nenhum...???
29. A
30. B

F. Correia disse...

Antinoo,
não tenho grandes dúvidas sobre o "assegurar" e subscrevo o comentário das 2.01. A minha resposta à 7 é que não coincide com a tua, conforme 3.46 ... Manténs a resposta 7A ?

F. Correia disse...

Dona de casa, a 7 - determinante interrogativo é B, e não D!!

Cristina disse...

7.B

A oração interrogativa indirecta resulta da subordinação a um verbo interrogativo (perguntar, saber, procurar saber):

* Quem está no jardim? Interrogativa directa.

* Pergunta quem está no jardim. Interrogativa indirecta.

Essas orações são introduzidas por um pronome, advérbio interrogativo ou partícula interrogativa.
Não sei quem és.
Diz-me aonde vais.

In Português Essencial, Porto Editora.

Nothing more than me disse...

Ver p. 22 (cavalos puro-sangue):

http://www.old.ufma.br/canais/prh/apostilas/apostila_ling_port.doc

Voyager disse...

Bom, vou fazer um primeiro ponto de situação e referenciar apenas as questões que levantam mais dúvidas. De notar que ainda não me debrucei sobre o teste, ainda não tive tempo, mas logo o farei.

1º Texto: 10 erros. O "assegurar" quanto a mim não levanta dúvidas e não é erro, esclarecido pela mensagem das 7:49

3: Depois de ter excluído a B, penso ter ficado claro. É a C. Como alguém já disse, puros-sangues=cavalos puro-sangue. Faz todo o sentido.

5: Obrigado a todos pela explicação, desconhecia essa regra de obrigatoriedade de acentuação gráfica. Sendo assim, C.

7: Depois do exemplo da gramática, nada a dizer. B.

2º Texto: A minha contagem inicial aponta para 15 erros também.

22: Tinha muitas dúvidas, mas o comentário das 6:35 tirou-me grande parte delas.

23: Aqui reside o busílis da questão. Esta sim, é uma pergunta digna de CLP 2006.
Estou como a Thétis, todas me parecem correctas. No entanto, a que me parece menos correcta (lol) é a B. Tenho muitas dúvidas acerca daquela vírgula antes do "cujos"! Não está ali a fazer nada!
Mas mantenho A,B e C (devido ao deu/deu-lhe) em aberto...

27: Aparentemente fácil, depois li um dos vossos comentários, penso que do Miguel, que notou que "não/não" tem sentido diferente de "não/nem". Pois tem. E muito diferente. Se antes escolheria C de caras, agora parece-me B!

28: Só conhecia o primeiro, sei que existe. Pelos vistos o B também é conhecido, sobram os outros dois. Mas há qualquer coisa na D que acho estranho. Não soa. E o raciocínio do Miguel (8:17PM) tem lógica. Mesmo assim, faço eco do que já foi aqui perguntado: alguém tem o Borda D'Água?

De resto, todas as outras questões penso já terem sido discutidas e concordo em absoluto com as respostas da dona de casa, às 9:11PM.

Cristina disse...
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elianosantos disse...

Com a referência que a Paula acabou de dar, penso que a 3 ficou esclarecida.

PS: Tenho dúvidas na 7.. =/

Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel disse...

27

O seu a seu dono. O esclarecimento de que fala SecretSoul sobre não/nem não é meu....

Nesta questão acho que podem ser a A ou a C. Estamos acostumados a "não ata nem desata" e nesse caso seria claramente a C. Neste caso "não desata" pode ter um sentido de consequência - como não ata então também não desata (a correcta seria a A) ou pode também ser a C pois a música da frase poderia indicar uma situação de estancamento (não ata, nao desata, não vai para a frente, não vai para trás).

Se não conseguirmos ver luz sobre esta pergunta aposto pela C, a mais parecida ao "nem ata nem desata" que todos conhecemos.

PP disse...

SecretSoul tenho o Borda D'Água, mas não ajuda. O provérbio de Maio é "Maio pardo e ventoso faz o ano formoso"

Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel disse...

Cristina,
E se em vez de "que" utilizar "o qual"? Nesse caso estou-me a referir ao monte e não à casa. Da mesma maneira, se susbtituir "onde" por "que", continuo a referir-me ao monte. Que pronome relativo devo utilizar então para me referir inequivocamente à casa? Doutra forma: que há de errado na frase, "a jarra estava colocada numa mesa onde facilmente acabaria por se partir". É que se usar "que" então estarei a falar da mesa e não da jarra....que pergunta mais indegesta.

Voyager disse...

Miguel, peço desculpa. A referência do "não/nem" é do Musicólogo.

dona de casa, obrigado! Agora é que a porca torce o rabo...

Por que razão exclui a B? Estou em dúvida entre a B e a C...

Voyager disse...

27 - Por que razão exclui a B? Estou em dúvida entre a B e a C...

Voyager disse...

Musicólogo, que diz o dicionário sobre 'epanadiplose'? É que encontrei isto, para lançar mais um pouco de confusão:

"Epanadiplose ou anadiplose

Consiste na repetição de uma palavra ou expressão no fim de uma frase (ou verso) e no começo de outra."

Ex: "Tu choraste em presença da morte/Em presença da morte choraste"

fontes: http://www.filologia.org.br/viiisenefil/03.html
http://www.brazilianportugues.com/index.php?idcanal=281

No nosso caso, a bandeira inicia um verso mas só volta a ser repetida no final, após vários versos...
As fontes valem o que valem, mas chegaram para me pôr na dúvida...

Miguel disse...

Ainda a 23

Para que a frase esteja ligada pelo relativo "onde" deveríamos separar.
A CASA ESTAVA SITUADA NUM MONTE ALENTEJANO.
A CASA RECEBIA MUITOS VISITANTES NO MONTE ALENTEJANO.
Não faz sentido.

Para nos referirmos à casa talvez não devêssemos usar um relativo mas sim uma conjunção - simplesmente um "e".

Seja como for esta frase cada vez me parece mais incorrecta.

Thétis disse...

Cristina e Miguel,

E se o sujeito da 2ª oração não for "a casa"?

A casa estava situada num monte alentejano, onde (eu/ela), no Verão, recebia muitos visitantes.

Thétis disse...

Alguém recebe os visitantes na casa ou no monte... Não é a casa que recebe.

Thétis disse...

Secret, a epanadiplose é a repetição de uma palavra ou palavras no início de uma frase ou verso.

No nosso caso, verifica-se em "guiando os passos guiando"

Thétis disse...

queria dizer no início e no fim de uma frase ou de um verso

Musicologo disse...

epanadiplose

substantivo feminino


RETÓRICA repetição de uma palavra ou expressão no princípio e no fim do mesmo verso ou frase;


Confirmo em absoluto o esclarecimento da Thétis.

Reafirmo a mesma dúvida que ela em relação à 23.
a) o sujeito da segunda oração ser a dono da casa. "a casa fica num monte. Ela( a dona) recebe muitos visitantes"

b) O que faz lá a vírgula?
Pensemos que "na rua" é um acrescento ( Na rua, há automóveis...) e neste caso tinha de estar entre vírgulas:

Há automóveis, na rua, cujos proprietários estão ausentes.

Ou então é necessária para caracterizar os automóveis e não leva vírgulas parêntesiais:

Há automóveis na rua cujos proprietários estão ausentes.

A vírgula sozinha não faz sentido.

c) retiro a suspeição do "lhe". O negócio não tem necessáriamente de dar prejuízo ao António pelo que o "lhe" é um complemento pleonástico necessário para justificar que o antónio é quem está a ter prejuízo. A frase está correcta.

27 e 28 - São precisas mais pistas! Onde andas os borda d'águas?

isa disse...

Para algum interessado,

Já descobri o Zé Pedro.
Mas parece que não sou a única!
Malandrice.

Continuo na pesquisa dos provérbios.

isa disse...

Nothing more than me,

Tal como informar, regem a preposição «de» outros verbos: abstrair, arrepender-se, ASSEGURAR-SE, cansar-se certificar etc.

Asseguro que/asseguro-vos de que

isa disse...

Ainda aqui estou!

A 22 parece-me mais B.

isa disse...

Já tudo dorme?

Intão té logo e bons sonhos!

Miguel disse...

Bom, pessoal, abro a loja....

Thétis,
Sobre o seu post anterior...

E se o sujeito da 2ª oração não for "a casa"?

A casa estava situada num monte alentejano, onde (eu/ela), no Verão, recebia muitos visitantes.

Tal como a frase está feita, apenas poderemos considerar como sujeitos ou o monte ou a casa. Se for a casa sou de opinião que não faz falta usar um pronome relativo. Coloquemos um "e" e já está.

Se for o monte que recebe os visitantes estaremos na situação que a Cristina referiu num post anterior. Podemos usar "que" ou "o qual".

Para poder usar o onde só consigo formar uma segunda frase do tipo: A casa recebia muitos visitantes num monte alentejano. Não a acho muito correcta.

Seria um caso diferente dizer:
A casa tinha um quarto onde, no Verão, recebia muitos visitantes.
Teríamos: A casa tinha um quarto + A casa recebia muitos visitantes no quarto.

Sobre a opção B a única dúvida que sempre tive é a da ambiguidade dos proprietários (da rua ou dos automóveis?). Talvez a vírgula separe cujos da rua precisamente para o aproximar dos automóveis...Uma pessoa agarra-se a qualquer coisa para encontrar uma solução.

O Gigante Egoísta disse...

F. Correia,
Tem toda a razão quanto à resposta da 7. Foi uma gralha minha. É um determinante interrogativo. Pensei que tinha escrito isso, muito obrigado pela chamada de atenção!

A.

Unknown disse...

Aqui vão as minhas respostas neste momento:
T1CD(10/11),1C,2A,3C,4A,5C,6D,7B,8C,9D,10A,11A,12B,13B,14D,15D,16B,17C,18D,19D,20D,T2A(15),21C,22C,23AB,24D,25B,26C,27AC,28CD,29A,30B.
Como podem ver, tenho ainda dúvidas no Texto 1 e nas perguntas 23, 27 e 28, como (creio) todos nós.
Sobre o Texto 1 e a 23, já pedi ajuda “superior”; espero que chegue a tempo. Mas continuarei a
meditar e a procurar informação sobre elas, independentemente.
Sobre a 27 e a 28, serão resolvidas amanhã, quando as atacar com toda a bagagem necessária numa Biblioteca bem recheada. O que tenho cá em casa e o ciberespaço não ajudaram, infelizmente.

Nothing more than me disse...

Passagem rápida, para ler algumas passagens e pensar um pouco.

Miguel: diz, lá em cima, que a frase 23B está errada porque lhe dá a entender que se trata dos proprietários da rua, e não dos automóveis. Não, não dá; não pode. Poderia, se a vírgula lá não estivesse. Mas "há automóveis na rua, cujos proprietários estão ausentes" é o mesmo que "há, na rua, automóveis cujos proprietários estão ausentes". Está escrita como deveria estar escrita para significar o que pretende significar.

Na minha opinião, esse seu raciocínio deveria aplicar-se à 23A: "A casa estava situada num monte alentejano, onde, no Verão, recebia muitos visitantes", pois, aqui sim, deixamos de ter a casa a receber visitantes, e passamos a ter o monte, o que é claramente errado. Mais, ainda que quiséssemos que assim fosse, seria sempre "monte que recebia muitos visitantes" ou "onde apareciam muitos visitantes", enfim...

Abraços

Nothing more than me disse...

Secret, sobre a "vírgula que não está ali a fazer nada": ela é, precisamente, aquilo que nos permite saber que falamos dos automóveis, e não da rua.

Nothing more than me disse...

Mais, Secret: dizes que não vês nenhuma hipótese errada na 23, mas para mim surge-me claríssimo.

"A casa estava situada num monte alentejano, onde, no Verão, recebia muitos visitantes".

Afinal quem é que recebia muitos visitantes no Verão? A casa, certo? Mas a partícula "onde" remete-nos sempre para o monte, e significa, não que é onde a casa se situa - pois isso já tinha ficado expresso imediatamente antes - mas que é onde se recebiam muitos visitantes no Verão. E é isso que está errado, porque o "onde" tem a ver com o monte, mas o "recebia" refere-se à casa. A frase pretendia dizer que na casa se recebia visitantes, mas acaba por desviar o local desses para o monte. E a intenção não é essa, ou tería que dizer "[monte] onde SE recebia muitos visitantes". Em resumo:

Se quiséssemos dizer que era no monte que se recebia muitos participantes, o ideal seria dizer-se: A casa estava situada num monte alentejano que, no Verão, recebia muitos visitantes.

Se quisermos dizer que era a casa, diremos: A casa estava situada num monte alentejano e, no Verão, recebia muitos visitantes.

Nothing more than me disse...

Comecei a responder aos primeiros comentários e já percebi que, entretanto, já houve algumas naturais alterações de pensamento.

Thétis: se fosse como alvitras (10:52) seria perfeitamente possível, de facto.

Quanto à vírgula em B, se fosse apenas "há automóveis cujos proprietários estão ausentes" não seria necessária, mas é necessária para dividir o C.C.Lugar do resto.

Nothing more than me disse...

Ainda não tinha dado muita atenção às últimas dez questões. Mas se tanto um Maio frio como um inverno chuvoso é o que faz sentido, por que diabo se diria que traria um Verão caprichoso (teimoso, inconstante, esquisito)? Teria sempre que ter por consequência algo de bom, e não o inverso, né?

Isto, sem ter ido ainda consultar.

Miguel disse...

Neste momento as minhas respostas coincidem na totalidade com as do Abençoado (12:04).

Sobre as perguntas mais polémicas, cada vez tenho mais claro que a frase incorrecta é a 23A.

Na 27 não sei que escolher. O único avanço a que cheguei é que a opção A aparece no Evangelho de São Lucas (o mesmo da serra), versículo 38....Se tiver que escolher acho que optarei pela última.

Na 28 acho que optarei pela última também porque a C com uma modificação ou outra, mais ou menos aceitáveis, existe. E porque o frio e a chuva em Maio não são bons para a vinha...

Nothing more than me disse...

Ora bem (é só um eco do pensamento): "guardanapo que não ata (também) não desata", parece sentir-se aqui uma implicação, quase como se uma coisa levasse a outra. Todavia, em se tratatando de um dito popular, já se sabe que a gramática muitas vezes engana, pelo que estou em crer que o significado da expressão é mesmo aquele que lhe vimos atribuindo (embora se tenha perdido aquilo do guardanapo, e a gente não o diga bem assim). Até faz sentido, reparem:

Quem nunca toma uma decisão, quem não dá um nó, no sentido de assumir um compromisso, também nunca desata dali para fora, não anda para a frente, não passa do mesmo... Fica num impasse!

Temos - de uma mais ou menos conhecida, apurada ou elegante - várias outras nessa "linha" que associa a falta de acção à incapacidade de seguir em frente (ou deixar alguém seguir): "não faz nem deixa fazer", "nem o pai morre nem a gente almoça", "nem * nem sai de cima".

Claro que tudo isto carece de mais suporte. Apenas me apareceu "espravoar"! :-)

Nothing more than me disse...

Bom, mas se aquele frase vem, tal e qual assim, no Evangelho (como acabo de ler escrito pelo Miguel), então é outra coisa e, assim sendo, a hipótese C pode estar ali só para enganar...!... :-S

Miguel disse...

Nothing,
Não se fie nos Evangellhos, olhe que a CTC está muito matreira, repare na cacofonia....

Ainda a 27. Só para atiçar o lume. Se o guardanapo não desata sem antes atar, significa que não fará algo sem ter antes a certeza de receber uma compensação, ou seja, não dá ponto sem nó....

Que bonito.

PS - Onde anda a nossa Cristina?????

Nothing more than me disse...

Isa: mas andavam à procura do Zé Pedro? Eu não sabia disso. Na verdade, logo nos primeiríssimos dias aqui, ao dar por um comentário dele no Lua, em que perguntava o que era feito dos costumeiros, tomei a liberdade de lhe mandar um e-mail a dizer que alguns se estavam a reunir neste blog. Ele agradeceu e disse que o seu grupo também já se estava a reorganizar, que já ia em mais de 20 pessoas e que estava tudo a correr bem. Se eu soubesse que o procuravas, já te teria dito! :-)

Beijokas

Nothing more than me disse...

Hum... Eu não estou tanto a ver essa coisa do "não desata sem antes atar", mas "não faz uma coisa nem outra", mas não tanto o não fazer uma sem fazer outra". Mas é um raio de uma pergunta nada agradável, esta, para mim.

Já viu se ela está no MSN, Miguel? Tem o endereço dela, pode deixar-lhe uma mensagem, e ela lê assim que regressar.

Saio agora. Regresso logo. Abraços a todos.

Voyager disse...

Miguel, essa sua mensagem das 4:07 é precisamente o que tenho pensado e por isso é que disse que estava indeciso entre a B e C e não entre A e C, como quase todos vocês...

Se fosse "não ata nem desata", seria claramente a C. No entanto, da forma como está estruturada a frase, parece-me algo bastante diferente. Se não ata, não desata. Se faz isto, faz aquilo. Se dá ponto, dá nó.

Musicologo disse...

Corroborando o Miguel,

Um pensamento prático sobre a 28:

Falei com a minha avó, que toda a vida trabalhou nas vinhas e me garantiu que um Maio frio e molhado é horrível para as vinhas e que as estraga e que quando chove em Maio têm de estar sempre a sulfatá-las, caso contrário adoecem.

Portanto confirma-se: não há lógica que sustente a opção D.

Enquanto que a opção C faz lógica. Se Maio é frio, e o Inverno é chuvoso, O verão pode ser algo oposto.

Para mim na 28, confirma-se o D, pela lógica.

Miguel disse...

Secret,
Pois sim, não sei como poderemos esclarecer esta questão. Nem invocando os Evangellhos....Todas parecem ter alguma coisa a ver com o provérbio, embora ninguém o tenha ouvido. Que universalidade oculta. A primera opção, no entanto, para estar de acordo com o provérbio deveria exigir "guardanapo que não desata, não ata". A segunda tem a lógica de que já falámos. E a terceira pode ser uma rasteira com base no conhecido "não ata nem desata". Será realmente a B? É que assim postas as coisas, parece a mais adequada...

Miguel disse...

Eu sou ribatejano e tamb�m acho que uma chuva em Maio estragaria as vinhas....Maio com trovada, vinha sulfatada !

isa disse...

Talvez este nos possa ajudar a decidir:

Abril águas mil caibam todas num barril, Maio amoroso, Junho calmoso e Julho ventoso, fazem o ano formoso.

isa disse...

Temos um provérbio que diz assim:

"Diz o presente com o guardanapo"

Será que ajuda?
Quem não oferece não recebe.

O Gigante Egoísta disse...

E se for:

Guardanapo que não ata, não desata.
Guardanapo que não ata, [também] não desata.
Pessoa que não ata, [também] não desata.
Pessoa que não oferece, [também] não recebe.

A.

isa disse...

Pois é!

A dúvida persiste. Não consigo ver a luz pois tudo me parece possível.

Nothing more than me disse...

Belo, belo, esse contributo da avó, musicólogo; e mais os sulfatos, e isso tudo. Não sabia nada disso. Sempre ouvi que Maio era o mês das tempestades, e nunca pensei que isso pudesse ser para o pior e não para o melhor. Mas se, realmente, um Maio chuvoso estraga a vinha, a 28D não faz sentido, não.

Contudo, aquilo do Verão caprichoso ainda me faz espécie. Porque, musicólogo, não se trata ali de dizer que o verão irá ser o oposto, mas sim inconstante, o que é estranho. Mas, realmente, as opções qie sobejam são válidas.

Quanto ao guardanapo, ainda não percebi a relação com o atar-dar e desatar-receber; parece-me estranha demais para ser verdade. Só mesmo o S. Lucas para me obrigar a pensar nisso.

Já agora... Não há mais dúvidas sobre a casa do monte, certo? É que, se há, releiam, p.f., o que eu disse há pouco e pensem mais uma vez. Aliás, leiam com atenção o comentário da Cris, que está muito claro e esclarecedor, eu acho.

Nothing more than me disse...

PS - Perdão pelos erros; ando com má pontaria às teclas!

Nothing more than me disse...

De qualquer das formas, amanhã pergunto a um transmontano viciado em ditames e uma filóloga santarena, ambos da colheita de 1945, a ver o que têm para me dizer sobre Maios chuvosos e guardanapos (des)atados! :-)

Thétis disse...

Olá, Gigantes!

Parece que outros fizeram o mesmo que eu... Não encontrando qualquer referência aos provérbios C e D, resolvi sair e falar com algumas pessoas relacionadas com a Agricultura. Maio pode ser efectivamente frio, mas molhado nem pensar! Atrasa o desenvolvimento das vinhas e pode mesmo provocar-lhes moléstias.

Sendo assim, temos pela lógica, 28 D.

Quanto à 27, sinceramente estou mais inclinada para a hipótese A. A 2ª parte da expressão surge como consequência da primeira; alguém não oferece consequentemente também não recebe.
A C, provavelmente, será a ratoeira para enganar o pessoal que precipitadamente a relaciona logo com o "nem ata nem desata".

Nothing more than me disse...

Já na versão do S. Lucas me parece bem, sim senhor: "guardanapo que não desata, não ata" (ao contrário do que aparece no nosso teste!). Aí sim, faz sentido que seja algo como "quem não oferece, não recebe". Não esquecer que era costume levar a merenda embrulhada em guardanapos (aliás, muita coisa era guardada em paninhos e lencinhos). Mas como ali vem, não!

Thétis disse...

Nothing, claramente já afastei as dúvidas da 23. Resposta A.

Voyager disse...

Estou cada vez mais baralhado com a 27. Já tudo me parece fazer sentido, embora a analogia com o dar e receber seja bastante rebuscada, na minha opinião...

antinoo,
Guardanapo que não ata, não desata.
Guardanapo que não ata, [também] não desata.
Pessoa que não ata, [também] não desata.
Pessoa que não oferece, [também] não recebe.

A passagem da 3ª para a 4ª frase é tudo menos imediata e clara!...
Parece-me muito mais intuitivo o raciocínio para a opção B.

Thétis disse...

Secret, penso que o meu raciocício vai de encontro às frases do Alexandre.

A relação é de consequência!

O guardanapo que não ata também não pode ser desatado.
Logo, temos: uma pessoa que não oferece também não pode receber.
Se a primeira cirscunstância não se verifica (atar ou oferecer) a segunda não pode ocorrer (desatar ou receber.

A hipótese B é que parece não fazer sentido!

Voyager disse...

Thétis, de que se trata de uma relação de consequência não tenho a mínima dúvida!

O problema é que o raciocínio que acabou de fazer também é válido para a B!

"O guardanapo que não ata também não pode ser desatado." -> Se não se der nó, não se dá ponto. Para se dar um ponto, tem de se dar um nó.
Para haver X, tem de haver Y.

É uma questão interpretativa... E o que disse foi que mais facilmente associo esta relação de consequência à opção B, do que à A, porque tenho de fazer a analogia com verbos diferentes e que não chamados para o caso (mesmo com a ajuda divina de S.Lucas, continua a soar-me rebuscado).


Outra questão que foi levantada no meu blogue e que penso já ter sido chamada a atenção pelo musicólogo. Transcrevo:

"Atenção à palavra cotidiano no 1.º texto.
Figura na página 408 do 'Grande Dicionário da Língua Portuguesa', obra de referência do CLP.
É certo que vem referida como usada no Brasil. Mas também é certo que o campeonato deixou de ser 'nacional'..."

isa disse...

Mais dois que parecem desacreditar os demais:

1-Maio que não dá trovoada, não dá coisa estimada.
2-Em Maio verás, a água que regarás.

Nothing more than me disse...

Thétis: apesar de eu não ter tido, até agora, qualquer dúvida em relação à 23 (que desde logo me saltou à vista como exemplo de lapso grosseiro em A), já te tinha dito que achei muito curiosa e perspicaz aquela tua observação sobre a hipótese (quase académica) de a podermos olhar de outra forma. E como eu gosto é disso - ou seja, dessa discussão sobre os requintes de malvadez desta língua - lá estive a pensar sobre o assunto.

Desta feita, convidaste-nos a pensar sobre a possibilidade de ser um "eu" (ou "ele/a") quem, pelo Verão, recebia muitos visitantes naquele monte onde a casa estava, certo? Pois não seria, então, a frase 23A possível? - perguntavas tu. Sim, seria, fiquei tentada a admitir! Claro que à CTC nunca tal poderia ter ocorrido, mas, cá para nós, essa tua óptica poderia muito bem abrir uma frecha na garantia do erro que encontrámos.

Por isso, estive entretida a pensar para com os meus botões (não fosse ser o caso de puxar as orelhas aos "comissionistas"). E, apesar de continuar sem resposta, deixa-me cá partilhar isto: convenhamos que não seria lá muito elegante a omissão do pronome pessoal (eu ou ele/a) depois de já se ter enunciado um outro sujeito (a casa), tornando assim a frase dúbia, certo?. Muito possivelmente, haverá mesmo uma regra que exige a identificação do segundo sujeito em casos destes. Todavia, a verdade é que eu não conheço, e nada garanto!

Seja como for, gostei mesmo da observação. Deu-me que pensar! :-)

Beijinhos

Nothing more than me disse...

Pois, Isa, era assim que eu pensava que era suposto as coisas serem: águas mil em Abril e trovoadas em Maio. Mas já não sei!

Vingador disse...

O caso "cotidiano" referido pelo Secretsoul e pelo Musicólogo seria uma verdadeira ratoeira! Vale a pena pensar no assunto, a meu ver.

Nothing more than me disse...

Guardanapo que não ata, não desata.

Secret:

Temos, portanto, algo como:

Guardanapo que não ata, também não desata. O guardanapo não ata, logo não desata.

Ok!

Mas "não dar ponto sem nó" é não fazer nada sem segundas intenções, é procurar nas acções contrapartidas a seu proveito.

Creio que se perde o paralelismo associativo, não achas?

No entanto, fui em busca do ponto e do nó, e encontrei a mesma expressão interpretada de outra forma: não deixa as coisas pela metade, termina o que começa, garante uma boa conclusão do seu trabalho (não o deixa mal rematado).

E, entretanto, confesso que já me enjooei do tema, lol! :-)))

Nothing more than me disse...

"Tal como no caso de catorze/quatorze, não existe nenhuma diferença de significado entre quotidiano e cotidiano, apenas uma diferença de adequação ortográfica à realização fonética dessas palavras (a sílaba quo- de quotidiano pronuncia-se como a primeira sílaba de quórum e a sílaba co- de cotidiano pronuncia-se como a primeira sílaba de cola). Acresce o facto de quotidiano ser a forma mais usada em Portugal e cotidiano a mais usada no Brasil".

Claro que sinto que o brasileirismo não deveria estar correcto, mas, de facto, Vingador, alguém terá que fazer o favor de o tirar a limpo directamente no GDLP, obrigada.

Nothing more than me disse...

PS - O senso comum sabemos o que diz, claro: "No Brasil a variante quotidiano coexiste com a mais utilizada cotidiano. Em Portugal apenas se utiliza quotidiano" (wikipédia). Mas não é ele que manda!

Nothing more than me disse...

PPS - Só agora li o que o Secret disse sobre o facto de "cotidiano" vir no GDLP. Mau-mau, Maria!... Mas se lá vem, então...!?!

Como é que lá vem, exactamente? Alguém poderá transcrever, durante os próximos dias? Agradecia muito.

Abraços

O Gigante Egoísta disse...

Cotidiano: adj. e s.m. [Brasil] - ver quotidiano.

GDLP

Amanhã vejo no tira-teimas.

Nothing more than me disse...

Ó, Alexandre, muito obrigada! :-)

À partida, e por enquanto, estou esclarecida: é "cotidiano" na versão brasileira, pelo que é erro para nós. É a minha interpretação.

PS - Há bocadinho cruzei-me contigo de raspão! :-P

Nothing more than me disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nothing more than me disse...

Para quem quiser dar uma olhadela abreviada pelo tema das relações entre as palavras:

www.malhatlantica.pt/drfilipeaz/PagsParali/LP/TermosLingRelPal.pps

Miguel disse...

27
Penso que por lógica a B é a que tem mais possibilidades, já não digo de estar correcta, mas de estar mais de acordo com o enunciado.
Para mim o verbo atar significa reter/trazer até si e desatar o significado de dar/desprender-se de. Desta forma, guardanapo que não assegura uma compensação, uma recompensa, também não dá. Refere-se pois a alguém que só dá (desata) se receber (ata): que não dá ponto sem nó.
Para ser a A o enunciado teria que estar ao contrário - guardanapo que não desata, não ata.
Vou ver o que dizem os santos Evangelhos.

Vingador disse...

Nothing, Alexandre, Secretsoul e demais interessados,

Há um ponto que foi já referido, mas que parece não estar a ser levado em conta: a palavra "Nacional" do Campeonato desapareceu, e a Organização tem feito muita publicidade sobre essa alteração. Seria altamente injusto se os concorrentes brasileiros viessem a ser penalizados pelo uso de um brasileirismo, não acham? Afinal, o Campeonato é para todos, ou não? O mesmo argumento vale para os portugueses, naturalmente. Daí que a única saída, parece-me, é a Comissão aceitar novamente duas respostas correctas. Não creio que esta situação tenha sido premeditada.

Miguel disse...

Eu tinha entendido que o CLP tinha deixado de ser Nacional porque participava gente de fora de Portugal. Porque se não for assim e se se tiver de admitir o português dos diferentes países (e não só de Portugal e do Brasil) então será muito complicado definir o que é erro e o que não é...

elianosantos disse...

Boa noite gigantes!

Peço desculpa pela minha ausência hoje, mas tive de estudar, como já havia dito. Amanhã à tarde espero poder estar aqui.. Esta semana tenho muitos testes, está complicada.. =/

Voyager disse...

Vingador, o comentário que transcrevi continha essa referência.
Se calhar a melhor maneira de tirar dúvidas é alguém mandar um mail à CTC...

Miguel, veio de encontro à minha opinião. Para chegarmos à opção A, temos de pressupor uma analogia que tem menos a ver com o enunciado. A B, como disse, parece-me bastante mais intuitiva. Mas isto é hoje, amanhã já posso acordar com opinião diferente... =)

Penso que até ver, não podemos descartar nenhuma opção. Até a C, pois foi a minha primeira resposta e a de muita gente a quem coloquei a questão (isto apesar de poder ser muito bem uma rasteira...). O grande problema é que não há maneira objectiva de solucionar a questão (digo eu)...enfim!

Nothing more than me disse...

Logo num dos primeiríssimos comentários meus neste post, manifestei alguma estranheza em relação à escolha do exemplo de hiperónimo patente no teste. Escrevi assim, ainda um cadito obnubilada pelas horas tardias:

"Hiperónimo não me parece possível, pois se as aves não incluem as árvores!...
Neste momento, só me ocorre que se tenham enganado, tem graça!:-S
Ao menos tenho a certeza de que vou aprender com esta!"


Não percebi, de resto, porque é que ninguém me respondeu, mas deve ter sido porque não se reparou, ou não se sabia. De qualquer das formas (e porque me importa bem mas a lógica das coisas do que o acerto nas respostas), deixem-me cá dizer-vos que continuo a achar que a pergunta não foi tão bem formulada quanto isso.

E porquê? Porque estamos no âmbito das “relações semânticas de hierarquia entre as palavras”, mas não se disse em relação a quê se deveria classificar "aves", sendo que a palavra tanto consubstancia um hiperónimo de pintassilgo, como um hipónimo de animal, por exemplo.
Na verdade, é também um sinónimo (de pássaro), para além de homógrafa da conhecida saudação, etc.

De qualquer das formas, resolvi-me pela "mínima tolerância", e a pensar assim: a) havia ninhos de pássaros nas árvores; b) nada dizem sobre o tipo de pássado que os fez, pelo que poderei considerar a hipótese de os haver de vários tipos; c) e, quaisquer que fossem os pássaros que ali haviam nidificado, inevitavelmente todos eles seriam hipónimos de "ave". E pronto, agora sim.

Mas continuo a estranhar que só eu tenha estranhado o que foi tão rapidamente óbvio para todos. Bem... Percebia-se que as outras hipóteses não tinham pernas para andar, isso é verdade. Mas como é que as pernas desta se mexiam, é que eu acabei por ficar sem saber, na ocasião.

Não levem, por favor, a mal a partilha...

Um abraço,

Paula

Miguel disse...

Na minha cabeça a B vai ganhando cada vez mais força, porque é a que mais se aproxima do sentido - se é que tem algum - do enunciado. Se calhar o enunciado nem sequer é um provérbio mas apenas uma frase que alguém da CTC lançou para o ar. Como poderia ser por exemplo esta tão bonita "quem o verde rejeita tarde ou nunca se endireita" significar que quem não gosta de hortaliça não crescerá saudável. Sinceramente, acho que estou num beco sem saída com o guardanapo. E porquê um guardanapo?

Unknown disse...

Estive a ler tudo o que foi aqui colocado. Amanhã de manhã voltarei, para saber se há novidades. Depois ausentar-me-ei durante todo o dia; não vou abandonar uma Biblioteca que eu cá conheço até folhear todos os livros relevantes. Regressarei à noite, espero que com boas notícias. Até lá!

Vingador disse...

Ó Miguel, o provérbio que eu conhecia era "quem o azul rejeita, tarde ou nunca se endireita". Ou seja, quem não é do FCP, paciência!
Os resultados deste fim-de-semana parecem confirmá-lo.

elianosantos disse...

Até amanha! =)

Voyager disse...

Vingador, eheh! Viva o FCP! =P

Miguel, essa pergunta já ando a fazer a mim próprio hoje todo o dia...porque raio um guardanapo?!!

Thétis disse...

Fiquei muito intrigada com o cotidiano...

O que diz o Ciberdúvidas


[Pergunta] Escreve-se cotidiano ou quotidiano?

Filomena Alves :: :: Portugal
[Resposta] O Aurélio regista cotidiano como variante de quotidiano. O «Vocabulário da Língua Portuguesa» de Rebelo Gonçalves também regista quotidiano e a sua variante cotidiano.
Portanto, pode escrever das duas maneiras, sem receio de errar, embora em Portugal se use mais o termo quotidiano.
Quotidiano (ou cotidiano) significa: «de todos os dias; diário».

C.M. :: 23/02/2001

isa disse...

Olá Gigantes!

Nas continuadas pesquisas, por ora infrutíferas, encontrei algo para me confundir ainda mais.

Chovam trinta maios e não chova em junho.

Vingador,
Desculpa-me discordar de ti neste ponto.
O CLP deixou de ser Nacional, mas todos os participantes devem obedecer à regência da Língua Portuguesa. Não te esqueças; o novo acordo ortográfico ainda não entrou em vigor.
Assim devemos, nós e os estrangeiros concorrentes, falar um só idioma, o Português de Portugal.
Reservo-me o direito de pensar assim. Não obstante, todas as opiniões são mais-valias.

isa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zé Pedro disse...

Boa-noite Canpeonantes!

Olá Antínoo; já aqui tinha estado, mas a porta fechou-se e fui pregar para outra freguesia. Agradeço o convite.

Olá Isa.

Por mim, só restam dúvidas nas 27 e 28, porque o meu grupo mais chegado ainda não teve tempo para verificações, não sei onde anda o Rifoneiro do Pedro Chaves e não consultei as minhas bases de dados de provérbios, que são extensas e estão noutra máquina.

Os 10 erros do primeiro texto não incluem o "cotidiano", que está correcto, como já aqui foi referido e consta no GD.

O erro está no "de que". façam a pergunta da instrução primária: "quem assegura, assegura o quê?"; "quem se assegura, assegura-se de quê?".

No primeiro caso temos um simples complemento indirecto, enquanto no segundo estamos perante uma forma reflexa.

Até amanhã, e vamos trabalhando para resolver as duas dúvidas que ainda restam. Na 4.ª à noite envio o teste, e até lá fica tudo esclarecido.

Zé Pedro

Nothing more than me disse...

Isa: não vem cotidiano no GDLP? Parecia-me ter lido por cá que sim, que vinha. Eu cá estou assim: se vem, ok; se não vem é erro. E concordo com o que disseste atrás sobre o bom uso da língua padrão.

Todos: aproveito para corrigir uma coisa que eu por aí disse algures... A de que as esdrúxulas poderiam ter qualquer um dos acentos gráficos. avancei até com "àquilo, àquele, àqueloutro" como exemplos do uso do acento grave. Tolice minha, pois é claro que estas palavras, apesar de acentuadas na antepenúltima sílaba, não são esdrúxulas, mas graves.

Sorry me!

Thétis disse...

Isa, desculpa se já tinhas feito referência ao facto do dicionário de referência não registar "cotidiano". Não me aprecebi desse teu post. Sendo assim, está o assunto arrumado.

Obrigada!

Thétis disse...

Agora, o comentário do Zé Pedro baralhou-me!

Afinal, a palavra consta do dicionário ou não?

Thétis disse...

Voltei a reler os comentários anteriores e cá está:

palavras do Secret

"Atenção à palavra cotidiano no 1.º texto.
Figura na página 408 do 'Grande Dicionário da Língua Portuguesa', obra de referência do CLP."

Nothing more than me disse...

"(...) Como o suporte da imagem é o vidro, parece-me preferível o neologismo, já tão corrente. Há quem prefira pantalha, mas não há qualquer vantagem em usar um espanholismo em vez de um galicismo."

http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=380

OK, ok!... Mas no GDLP vem pantalha no sentido de ecrã de computador, ou apenas no sentido de tela ou quadro branco para projecção de imagem?

Nothing more than me disse...

Pois, Thétis, foi isso mesmo que eu li, bigada! :-)))

Ainda com 11/15? :-)

Voyager disse...

11?

Thétis disse...

Nothing, então reduzimos para 10!

isa disse...

Foi tudo o que de melhor encontrei.

A água que no Verão há-de regar, em Abril e Maio há-de ficar.

A ti chova todo o ano e a mim Abril e Maio.

Abril chuvoso, Maio Ventoso, fazem o ano formoso.

Abril e Maio são as chaves de todo o ano.

Água de Maio, pão para todo o ano.

Chovam trinta Maios e não chova um em Junho.

Chuva de Maio faz as novas ranhosas e as velhas formosas.

Do mês de Maio o calor, de todo o ano o valor.

Em Maio bebe o boi no rego.

Em Maio lava-se com a água pelo rego.

Em Maio verás a água com que regarás.

Em Maio, nem à porta de casa saio.

Fraco é Maio se o boi não bebe na pegada.

Gato doido, chuva de Maio.

Guarda pão para Maio e lenha para Abril.

Janeiro geoso, Fevereiro nevoso, Março mulinhoso, Abril chuvoso e Maio ventoso, fazem o ano formoso.

Lama de Maio e estrumação de S. João parecem bem, mas pão não dão.

Maio às pedradas deita por terra as searas.

Maio chocoso e pardo faz o pão vistoso e grado.

Maio chocoso, ano formoso.

Maio chuvoso torna o ano rendoso.

Maio claro e ventoso faz o ano rendoso.

Maio couveiro não é vinhateiro.

Maio frio, Junho quente, bom pão, vinho valente.

Maio frio, Junho quente, tornam o lavrador contente.

Maio hortelão, muita chuva e pouco pão.

Maio hortelão, muita palha e pouco pão.

Maio hortelão, muita palha, pouco grão.

Maio jardineiro enche o celeiro.

Maio me molha, Maio me enxuga.

Maio pardo centeio grado.

Maio pardo e Junho molhado fazem o lavrador honrado.

Maio pardo e ventoso faz o ano farto e formoso.

Maio pardo enche o saco.

Maio pedrado destrói o pasto e não farta o gado.

Maio que não der trovoada não dá coisa estimada.

Maio que não rompe uma croça não é Maio.

Maio que seja de gota e não de mosca.

Maio sem trovões é como um burro sem orelhões.

Maio serôdio ou temporão espiga no grão.

Mal vai ao Maio se o boi não bebe na pegada.

Março amoroso, Abril ventoso, Maio remeloso, fazem o ano formoso.

Não há Maio sem trovões, nem moço sem calções.

Não há sol como o de Maio, luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.

Quando em Maio não nado, deixa tudo espigado.

Quando em Maio não troa, não é ano de broa.

Trovoada de Maio depressa passa.

Uma água de Maio e três de Abril, valem por mil.

Nothing more than me disse...

Bem-vindo, Zé Pedro!

Fico contente com a sua entrada, como bem sabe! De facto, ainda bem que esse convite aconteceu.

No entanto, surgiu-me agora este pensamento: na altura em que lhe falei deste blog, disse-me o Zé Pedro que estava inserido num simpático grupo de mais de uma vintena de participantes, de entre os quais ex-lunáticos. Pena é que não tenhamos podido abrir a colaboração entre ambas as equipas, de forma recíproca, não acha? Pelo menos eu não recebi convite, e não sei de quem daqui o haja recebido. Seja como for, é apenas uma observação, que visa servir de ideia (justa, parece-me) para o ano que vem!

E aproveito para lamentar o desagrado sentido por aquele jovem que sabemos, e que o levou a descrever-nos, nos seus posts relativos ao CLP, como uma "comunidade de investigação gigante mas egoísta".

Um abraço,

Paula

isa disse...

Peço desculpa, o dicionário de referência não é o Dicionário da Língua Portuguesa 2004 da Porto Editora?

É que nessa obra não consta em página alguma «cotidiano».
A PÁGINA 440 refere « cotia» como início de pesquisa e «Cotídeos » como final.

Agradeço que me digam se a obra foi alterada, uma vez que me tenho regido por esta.

A minha dúvida reside no facto de podermos ou não fazer fé na outra fonte. É dicionário aceite pela CTC?

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