Quantos erros existem no seguinte texto? | |||||||||||||||
Caros amigos: tendo em conta o papel do turismo na nossa economia e a estrema importancia que as novas tecnologias adquiriram no cotidiano, é com muita alegria que vos comunico uma novidade certamente revolucionaria. Trata-se de um novo tipo de restaurante – o restaurante virtual! A partir de agora, quem decidir recorrer aos nossos serviços poderá, mediante o pagamento de uma pequena tacha, fazer as suas principais refeições através da Internet, utilizando para isso um programa informático grassas ao qual os pratos chegarão directamente à pantalha de cada computador, sempre quentinhos e saborosos. Além disso, posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades terão zero calorias e estarão de acordo com as ultimas normas em vigor na União Europeia. Com esta iniciativa damos um paço decisivo na inovação tecnológica, aproveitando para combater simultâneamente o flagêlo da fome, que deixará de apoquentar as nossas famílias. | |||||||||||||||
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1. Qual é o feminino de «perdigão»?
A. | perdigona | |
B. | perdigã | |
C. | perdiz | |
D. | perdiza |
2. Qual é a forma incorrecta do plural de «alazão»?
A. | alazãos | |
B. | alazões | |
C. | alazães |
3. Qual é a expressão correcta?
A. | as blusas amarelas-canário | |
B. | as camisas verdes-escuras | |
C. | os cavalos puro-sangue | |
D. | os vestidos rosas-claro |
4. Um «esperadouro» é:
A. | um lugar onde se espera | |
B. | um espigão usado na enxertia de certas plantas | |
C. | um pequeno cais fluvial | |
D. | um aparelho para espremer fruta |
5. As palavras esdrúxulas ou proparoxítonas…
A. | têm sempre um acento agudo ou grave na antepenúltima sílaba | |
B. | têm sempre um acento grave ou circunflexo na antepenúltima sílaba | |
C. | têm sempre um acento na antepenúltima sílaba | |
D. | podem não ter acento |
6. «Fazer tábua rasa» significa:
A. | Aplainar bem a tábua. | |
B. | Pôr tábuas junto ao solo. | |
C. | Pregar ardilosamente uma rasteira a alguém. | |
D. | Esquecer tudo para começar de novo. |
7. Qual é a classe de «quantos» na frase «Ele perguntou quantos filhos ela tinha.»?
A. | advérbio de quantidade | |
B. | determinante interrogativo | |
C. | determinante relativo |
8. Qual das consoantes seguintes é sonora?
A. | F | |
B. | T | |
C. | V |
9. Apenas uma das seguintes formas verbais está incorrectamente grafada. Qual é?
A. | Eu abotoo | |
B. | Eu autuo | |
C. | Eu acentuo | |
D. | Eu amaldiçouo | |
E. | Eu insinuo | |
F. | Eu magoo |
10. Qual é a frase correcta?
A. | As paredes estão todas encaliçadas. | |
B. | Fui no teu encalso mas não consegui apanhar-te. | |
C. | É preciso desencachar a porta avariada. | |
D. | Está tudo encafoado na dispensa. | |
E. | As circunstâncias encadeam-se na perfeição. |
11. Na frase «As aves fazem os ninhos sobre as árvores de grande porte.», «aves», quanto ao sentido e forma, tem a classificação de:
A. | hiperónimo | |
B. | heterónimo | |
C. | homónimo | |
D. | sinónimo |
12. A frase «Eu tive de tomar esta atitude.» tem a seguinte tonalidade especial de categoria e de aspecto:
A. | disposição ou determinação | |
B. | necessidade ou obrigatoriedade | |
C. | intenção | |
D. | futuro imediato |
13. Os vocábulos formados pela agregação simultânea de um prefixo e de um sufixo a determinado radical chamam-se
A. | parassintácticos | |
B. | parassintéticos | |
C. | paratácticos | |
D. | parassimpáticos |
14. Uma «baitaca» é
A. | um instrumento musical africano | |
B. | uma bata comprida | |
C. | um bairro de casas de madeira | |
D. | uma espécie de papagaio palrador |
15. Qual destas frases está incorrecta?
A. | Se não houvesse computadores, o mundo entraria em crise. | |
B. | Haviam de ter visto a cara dele! | |
C. | Para que haja bons resultados, é necessário muito trabalho. | |
D. | Se ele não tivesse gritado, teriam havido mais feridos no acidente. |
16. Que significa «trintanário»?
A. | um participante no concílio de Trento | |
B. | aquele que exerce funções de lacaio | |
C. | indivíduo na casa dos trinta anos |
17. «Bastida», palavra que significa trincheira ou máquina de guerra, é de origem…
A. | catalã | |
B. | latina | |
C. | francesa | |
D. | germânica |
18. «Catabaptista» é:
A. | o que procura baptizar-se | |
B. | o que é relativo ao catabolismo | |
C. | o que segue a religião baptista | |
D. | o que nega a necessidade do baptismo |
19. Qual é a frase correcta?
A. | Os rufiãos reuniram-se anteontem. | |
B. | São formações geológicas datadas através de fóssis. | |
C. | Eram simples batelzitos a flutuar no rio. | |
D. | São aldeãs vestidas tipicamente. |
20. Neste conjunto de hipóteses, qual é o substantivo que não pertence à mesma área semântica?
A. | letradura | |
B. | letrista | |
C. | letradice | |
D. | letreira | |
E. | letrear |
Quantos erros existem no seguinte texto? | |||||||||||||||
Ele era um homem de muito bom censo. Para mais, era o campião das ceifas na aldeia. Não se fêz rugado: mediu o campo e pôs-se a cegar o trigo sem demora, sózinho. A cubiça dos outros não o incomodava; que falassem e dissessem mal! Tinha mais de cincoenta anos e já ninguém lhe dava concelhos, com quanto jamais os tivesse desdenhado. Concerteza daria concerto à sua vida, a pesar de ser viúvo e de ser assás complicada a tarefa. Mas a colheita era boa e tinha sido informado de que o preço do alqueire aumentaria de cinco euros. | |||||||||||||||
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21. Recordando o escritor cabo-verdiano Gabriel Mariano, diga que figura de estilo é visível nestes versos: «Bandeira erguida no vento / em mãos famintas erguida / guiando os passos guiando / nos olhos livres voando / voando livre e luzindo / luzindo a negra bandeira»
A. | epífora | |
B. | anáfora | |
C. | epanadiplose | |
D. | hipérbole |
22. Na segunda parte do enunciado «Alguém mais previdente mandou o almoço, e que lhe fizesse bom proveito.», estamos perante um discurso:
A. | directo | |
B. | indirecto | |
C. | indirecto livre | |
D. | interrogativo directo | |
E. | interrogativo indirecto |
23. Diga qual é a frase incorrecta:
A. | A casa estava situada num monte alentejano, onde, no Verão, recebia muitos visitantes. | |
B. | Há automóveis na rua, cujos proprietários estão ausentes. | |
C. | O negócio em que o António se meteu deu-lhe prejuízo. | |
D. | O caminho que segui foi o mais directo. |
24. Os «bérberis» são:
A. | um povo do Magrebe | |
B. | uma tribo de beduínos da Arábia Saudita | |
C. | furúnculos dolorosos e purulentos | |
D. | uma espécie de arbustos espinhosos |
25. O verso eneassílabo anapéstico tem nove sílabas e apresenta acentuação
A. | na 2ª, na 5ª e na 9ª sílabas | |
B. | na 3ª, na 6ª e na 9ª sílabas | |
C. | na 4ª, na 6ª, e na 9ª sílabas | |
D. | na 4ª, na 7ª e na 9ª sílabas |
26. Qual das seguintes frases deverá ser evitada por conter uma desagradável cacofonia?
A. | A Isabel sempre gostou de nos levar a bons restaurantes. | |
B. | O Aníbal devorou o bife assim que o viu na mesa. | |
C. | A Paula usou o garfo dela para espetar a tarte de maçã. | |
D. | O Francisco franziu o sobrolho, quando o criado trouxe a conta. |
27. «Guardanapo que não ata, não desata.», quer dizer…
A. | Quem não oferece não recebe. | |
B. | Não dar ponto sem nó. | |
C. | Estar num impasse. |
28. Qual dos seguintes provérbios não existe?
A. | Maio frio e Junho quente, bom pão e vinho valente. | |
B. | Maio frio e ventoso, faz o ano formoso. | |
C. | Maio frio e Inverno chuvoso, Verão caprichoso. | |
D. | Maio frio e molhado é bom para a vinha e para o prado. |
29. «Alarme» é uma palavra de origem…
A. | italiana | |
B. | neerlandesa | |
C. | inglesa | |
D. | checa |
30. Qual é a forma do infinitivo presente da 2ª pessoa do plural do verbo conjugado reflexamente «lavar-se»?
A. | lavar-vos-eis | |
B. | lavardes-vos | |
C. | lavareis-vos | |
D. | lavar-vos-íeis |
1 257 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 201 – 400 de 1257 Mais recente› Mais recente»Thétis: eu não reduziria, assim de repente, porque vem no GDLP como sendo um "brasileirismo" (ou seja, vem a expressão "bras." à frente), e ainda não sei muito bem o que pensar. Faz-me lembrar aquela belíssima rábula dos Gato Fedorento sobre o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e o tema do Aborto: é proibido, mas pode-se fazer!
http://www.youtube.com/watch?v=myf5ces77PU
Neste caso, parece-me que é permitido mas não se pode! :-P
O que achas?
::: ::: :::
Secret... Que pergunta foi essa? :-)))
E eis chegada a minha hora de poder participar qualquer coisinha. Boa noite, gigantes.
Estive a ler os diversos comentários e os espinhos na minha pata são iguais aos vossos. Quanto à 28 não consigo descortinar nada, mas em relação à 27 o vosso brainstorming bíblico fez-me ler o livro de S. Lucas e descobrir que na parábola dos 10 talentos o servo do talento único embrulhou-o num pano ou guardanapo, conforme as traduções. Tendo em conta este pormenor naveguei ao sabor dos dez talentos e o guardanapo e dei de caras com este texto:
Use os Dons que Deus Lhe Deu
Este medo foi ilustrado na parábola do servo que recebeu um mísero talento.
Antes do seu senhor viajar para um país distante, ele confiou os seus bens de acordo com as habilidades dos servos. Para um servo ele deu cinco talentos, para outro servo deu dois talentos e a um terceiro foi dado um talento.
Naqueles tempos um talento era uma valiosa moeda de prata.
Quando o senhor retornou quis saber o que os servos haviam feito com o seu dinheiro.
Perguntou ao servo que recebera cinco talentos: "O que fizeste com eles?" O homem respondeu: "Ganhei mais cinco, além daqueles que me deste." O senhor lhe disse: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor".
O segundo servo relatou que ele também havia dobrado os seus talentos.
Aí veio o pobrezinho que recebera aquele único talento. Ele o havia enrolado em um guardanapo e enterrado. Aí ele desenterrou o talento, retirou-o de dentro do guardanapo mofado e encardido e disse ao seu senhor: "Aqui tens o que é teu. Eu sabia que és um homem duro e temia por ti e por esta grande responsabilidade. Tomei então o talento que me deste e o escondi na terra".
Com o olhar severo e irónico, o senhor lhe disse: "Mau e negligente servo, tirai-lhe o talento e dai-o ao que tem dez. Pois a qualquer que tiver, será dado, e terá em abundância. Ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado".
Esta parábola tem sido muito difamada e mal interpretada. Ela tem sido mencionada para simbolizar que aqueles que não têm muito, terão menos ainda, e aqueles que possuem algo, terão mais ainda.
Mas este nunca foi o significado dela. O objectivo desta parábola é demonstrar que o homem que recebeu um talento e não o utilizou teve o seu talento retirado.
Não permitam que ninguém os engane acerca das escrituras, pois o segredo da prosperidade está claramente indicado: usem o que têm.
Percebem o ponto? É bem diferente do que as pessoas dizem. Mais da metade das pessoas que pregam sobre estas escrituras não compreendem o seu sentido real.
Portanto, quando usamos os dons que Deus nos deu com sabedoria, nós os multiplicamos. Isto não se refere somente a dinheiro. Dinheiro é simplesmente um meio de troca. Este conceito pode também referir-se a serviço. Pode referir-se a coisas que fazemos para as outras pessoas. Pode referir-se a outras pessoas, bem como à sua família.
Aqui temos o guardanapo e o sentido: “Quem não oferece não recebe.” Não são palavras de nenhuma autoridade, eu sei, porém não consigo evitar a sensação de “é capaz de ser isto”. Todos sabemos a influência sub-reptícia que a cultura judaico-cristã tem no nosso quotidiano (e sim, ninguém me convence acerca do cotidiano???). Damos por nós a dizer “valha-me Deus” por dá cá aquela palha, por isso porque não?...
Isa: temos, portanto, que o mês de Maio deverá ser invernal, certo? Salvo um ou outro ditame, de quem deve ser adepto do calorzito sempre, lol.
Eu cá gostei do 28C. E tu, não gostas?
:-)
Bonito contributo, Dona! :-)
E sim, faz muito sentido para o "Guardanapo que não desata, não ata" que o Miguel começou logo por associar ao Evangelho. Mas no nosso texto vem ao contrário: "Guardanapo que não ata, não desata". Não lhe acho a mesma lógica assim. O que te parece?
Nothing more than me,
Tenho esta dúvida desde o início.
A verdade é que a maioria dos provérbios, refere o Maio como chuvoso.
Não obstante, contudo, e não sei que mais, outros há que renegam esta evidência. Estou baralhadíssima.
Estou preocupada também com o dicionário de ref., que me dizem?
Bom, Thétis, se calhar podemos deixar de considerar "cotidiano" como erro:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=7581
Tenta não te passares com isto, Isa! Que eu faço o mesmo! :-)))
Zé Pedro,
Finalmente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Zé Pedro,
A todos os interessados,
Consultei o Rifoneiro e fiz um resumo daqueles provérbios que nos poderão, ou não, ajudar.
É aquela elegante lista que postei algures por aqui.
Nothing more than me,
Eu já tinha lido esse link.
Pergunto: A fonte é credível?
Casos houve em que as respostas não surtiram efeito.
Continuo a pensar que, ao invés do 2º. teste, nos devemos reger pelas obras dadas pela CTC como "boas".
Acho que isto nunca mais vai atar nem desatar, é o que eu acho. Mas que raio de perguntas tão tolinhas, credo! :-S
Já a do hiperónimo, foi forçadita, ali a estabelecer uma relação de inclusão/subordinação entre aves e ninhos, mas enfim.
Vou dormir. Amanhã espera-me um dia pelo qual andei eu à espera! ;-)
Um abraço a todos!!!
Nothing,já tinha transcrito precisamente essa resposta do Ciberdúvidas.
Pelos vistos, as duas palavras existem e são possíveis. Cá usamos mais uma, lá usam mais a outra.
Quanto aos provérbios sobre Maio chuvoso, encontramos, de facto, alguns. No entanto, se alguns apontam para um bom celeiro, um bom pão, um bom prado... não encontramos nenhum que diga que é bom para as vinhas. Tal como o Musicólogo já aqui referiu e eu confirmei, a chuva atrasa o crescimento das vinhas ou provoca-lhes doenças. Logo, pode ser bom para o prado, mas não o é para a vinha.
Isa, eu não tenho o Grande dicionário. Pelos vistos, tu e o Secret não estão a consultar a mesma fonte!
Nothing, talvez se possa entender que quem não tem nada para oferecer, alguém cujo guardanapo está vazio (não ata), não recebe, não abre o guardanapo para receber (não desata). Tenho que confessar que a hipótese A sempre teve a minha simpatia e a ideia do Miguel só a reforçou, mas é um feeling, nada mais…
Thétis: dupla razão, a tua!
Isa: boa pergunta.
Com "cotidiano" seriam 11 erros. Com "pantalha" 12. Repito: sei muito bem que "pantalha" existe em Português. Só não sei é se a definição que dela dá o GDLP nos serve. Quase aposto que sim, claro; mas gostava de ter a certeza. E lá acabaria por reduzir os erros do primeiro texto para 10.
E lá estou eu a dizer que me vou deitar e a mentir! :-S
Nothing, amanhã há mais! Que pena ter de me levantar às 6:00h, senão ainda ia averiguar essa da pantalha!
Boa noite!
Beijocas!
Leram o meu post sobre o guardanapo?
Provérbio:
"Diz o presente com o guardanapo"
- se o guardanapo embrulha o presente, sou eu quem o ata/dá/oferece, e é outro que o desata/recebe e vice-versa.
Será?
Começaram os OSCAR'S!
Quanto ao dicionário, quem me ajuda?
É um e só um ou são obras diferentes?
Dicionários Porto Editora
Dicionário online de língua Portuguesa
pantalha
substantivo feminino
1. peça com que se resguarda uma luz para lhe atenuar a intensidade;
2. pano branco sobre o qual se faz uma projecção luminosa;
3. painel de um aparelho de televisão;
(Do cast. pantalla, «id.»)
ecrã
substantivo masculino
1. superfície, geralmente branca, sobre a qual se projectam imagens fixas ou em movimento;
2. superfície fluorescente em que se forma a imagem nos tubos catódicos;
3. tela de cinema;
4. chapa de vidro de várias cores utilizada na selecção dos raios luminosos das fotografias coloridas;
5. INFORMÁTICA aparelho em que se visualiza a informação;monitor;
6. figurado arte cinematográfica;
(Do fr. écran)
http://www.infopedia.pt/pesquisa?qsFiltro=14
Pantalha,
Definição do meu dicionário pag.1234:
«peça com que se resguarda uma luz para lhe atenuar a intensidade»
«pano branco sobre o qual se faz uma projecção luminosa»
«painel de um aparelho de televisão»
(do cast. pantalla, «id.»)
Considerando o texto:
"utilizando para isso um programa informático grassas ao qual os pratos chegarão directamente à pantalha de cada computador, sempre quentinhos e saborosos."
Considerando a realidade virtual (restaurante virtual) e as calorias zero, estou em crer que a famosa pantalha, na forma de painel de televisão ou de computador, seria o ideal para a cura da obesidade mórbida que cresce assustadoramente em Portugal.
Não me parece que se deva considerar erro, pois é adaptável e consta no DLP Porto Editora.
Dona,
Peço desculpa pelo meu comentário imediatamente após o teu.
Aconteceu.
Dona,
Penso que usas o mesmo dicionário que eu.
Por acaso consta lá o «cotidiano»?
Isa: mas se um ata (o presente, para o dar) e outro o desata (para receber), faria sentido dizer-se que se não há quem dê, não há quem receba, mas não que "quem não oferece não recebe". Teríamos mesmo que esperar pelo vice-versa, ou seja, pela vez de ser o outro a dar, ehehehe. Que trapalhada! :-)))
Thétis: fizeste o que eu deveria ter feito e vou já fazer: dormir! :-)))
Dona: 1000 obrigadas pela tua ajuda preciosa! :-)))
De facto, pantalha não aparece como sinónimo de ecrã. Todavia, "painel de um aparelho de televisão" está muito próximo. E como o texto especifica "pantalha do computador", creio que não deveremos considerar erro, certo?
Agora sim, vou dormir. Volto amanhã, para mais.
Beijinhos e abraços,
Paula
PS - O Miguel deu o alerta, e eu procurei pela Cris, mas sem sucesso. Sabem alguma coisa dela?
Ups, Isa: bigada também! Eheheheh
Fui!***
(c/ 10/15)
Por amor de Deus, (estou muito espiritual) não há nada para desculpar amiga!
Boa noite para ti e para os outros gigantes.
Amanhã há mais do mesmo!
Não Isa, não consta.
Fui!
Isa:
Artº 12º
Obras de referência para as provas e respectiva correcção
1. A obra de referência para avaliar a exactidão da grafia das palavras é o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, editado pela Porto Editora.
2. No que respeita à sintaxe, recomenda-se a utilização da Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa.
3. Na prova de ditado, aplicar-se-ão as regras de pronúncia, prosódia e ortografia indicadas nas obras de referência, de acordo com as Bases e Tratado da Ortografia vigentes.
;-)
Zé Pedro,
Que bom de novo na luta.
O verbo «assegurar-se» tem regência da preposição "de", tal como os verbos abstrair-se, arrepender-se, cansar-se etc., certo?
Bjs.
Sobre o verbo assegurar/assegurar de, acabo de ver o seguinte esclarecimento:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=20385
(peço desculpa se alguém já aqui o colocou, mas não tive tempo de ler todos os posts anteriores).
Pelo que vejo, tal como está no texto, estaria correcto.
Ontem passei por aqui, mas não consegui acrescentar nada de novo às dúvidas que também partilho com os elementos deste grupo. Vou procurar numa biblioteca, pois em casa não tenho nada que me possa esclarecer e principalmente fundamentar as minhas escolhas. Bom trabalho para todos.
A CTC deveria acrescentar às obras de referência O Borda d'Água e os Santos Evangelhos.
Ainda não estou convencido de que a chave do guardanapo está em São Lucas. Será o mesmo da Serra/serra? Este teste é divino!
O guardanapo
Hoje acho que tem uma certa lógica que seja a A. Primeiro porque recebemos esta luz dos Evangelhos, tão bem explicada na Parábola dos dez talentos. O servo que não deu não recebeu - há porém uma certa contradição com o enunciado, pois o servo deveria ter desatado primeiro para atar depois. Mas "guardanapo que não desata, não ata" tem uma métrica tão feia, não tem? Por outro lado, como o servo não atou, ou seja, não recebeu qualquer fruto dos seus investimentos, depois não pôde desatar quando o Senhor lhe veio pedir contas....Buf, isto é só puxar pela cabeça e uma pessoa encontra uma maneira de adaptar o enunciado ao que mais lhe aprouver.
Sinto que aumentei em muito os meus conhecimentos bíblicos e de viticultura - dois conceitos nada incompatíveis, na verdade.
E depois temos o verbo atar e o seu oposto desatar. Só a opção A apresenta duas acções opostas - dar e receber.
Vou voltar a repetir o que disse: eu não consultei o GDLP, porque não o tenho. Foi apenas um comentário que recebi no meu blogue e que referia a existência de 'cotidiano' no dicionário de referência. Carece, obviamente de confirmação.
Nothing, a minha pergunta foi no sentido de saber qual o 11º erro de que estavam a falar!
Só tenho 10, contando com o cotidiano: estrema, importancia, cotidiano, revolucionaria, tacha, grassa, ultimas, paço, simultâneamente, flagêlo. Qual é o 11º?
Quanto à pantalha, foi uma dúvida que tive, mas aqui concordo com a Nothing. O facto de estar especificado 'pantalha de computador' afasta-me a ideia de erro.
Caros gigantes,
Vou repetir o comentário que fiz anteriormente, porque já se diluiu entre tantas entradas.
Quanto ao 'assegurar', a porca começa a torcer o rabo. Diz o Ciberdúvidas:
«O verbo assegurar(-se) comporta-se como outros verbos, como esquecer(-se), que têm diferentes comportamentos sintá(c)ticos consoante sejam usados como verbos pronominais ou como não-pronominais, ainda que na maioria dos casos tenham basicamente o mesmo sentido.
Estes verbos são transitivos dire(c)tos quando não são pronominais, e transitivos indire(c)tos, regendo a preposição de, quando são pronominais.
Assim, os pares de construções que se seguem estão todos corre(c)tos:
(1) a. Os serviços do clube assegurar-se-ão da respectiva limpeza.
b. Os serviços do clube assegurarão a respectiva limpeza.
(2) a. Para se assegurar de que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.
b. Para assegurar que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.
(3) a. Esqueci-me do meu telemóvel em casa.
b. Esqueci o meu telemóvel em casa.»
Ora, «posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades» é a conjugação pronominal, sendo -vos o complemento indirecto. Como tal, aqui 'assegurar' é verbo transitivo indirecto. Segundo a regra do Ciberdúvidas, deverá então reger a preposição -de.
Diferente seria a frase «Posso assegurar que todas as nossas especialidades...». Neste caso, o verbo seria transitivo directo, não regendo a preposição -de.
Fazendo o exercício proposto pelo Zé Pedro: Quem VOS assegura, assegura-vos DE alguma coisa!
Quanto ao COTIDIANO: se está no GDLP e no vocabulário de Rebelo Gonçalves, não pode constituir erro.
Temos, no 1.º texto, 9 erros.
NOTHING:
Não tentes perceber o hipernónimo por uma relação semântica interior à própria frase. Ela só serve para demonstrar e explicitar o contexto em que é utilizado o termo «aves»: o conjunto taxonómico. Ora, qualquer termo taxonómico acima da espécie é, por assim dizer, um hipernónimo, em relação à própria espécie. Assim, podemos dizer ANIMAIS - VERTEBRADOS - PLACENTÁRIOS - HOMO SAPIENS - ALEXANDRE. Só o último não será um hipernónimo, relativamente ao indivíduo. Na frase, usou-se o termo «aves» para designar globalmente todas as espécies que nidificam naquele local. Enquanto termo englobante, será um hipernónimo. Este foi o meu raciocínio. Já o tinha tentado publicar aqui, mas na altura não consegui. E depois esqueci-me.
Cumprimentos,
A.
Boa tarde, Gigantes!
Alex: aves de rapina também seria englobante, tal como aves também está englobado em animais, prontussss! Eu percebi, tanto que também respondi hiperónimo. Só que acho que a questão foi mal formulada; ah, pois! :-P
Secret: o meu erro é o "de", eu explico:
Um cadinho de atenção de TODOS, por favor:
Essa história do "assegurar" com ou sem "de" tem que ficar explicadinha de vez. Então é assim...
"Assegurar que" X "assegurar-se de que":
- Assegurar é diferente de assegurar-se (reflexivo).
- Diz-se "Assegurar (alguém) que" e "Assegurar-se (a si) de que".
- De novo: "Asseguramos que" e "asseguramo-nos de que".
- No nosso texto, é alguém (nós) que assegura outro alguém (vós), e não a nós mesmos.
E enquanto não encontro a referência exacta numa obra de referência, reparem apenas nestes dois exemplos em http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=20385:
a) Para se assegurar de que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.
b) Para assegurar que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.
See what I mean?
Claro que vocês viram com "de" no ciberdúvidas; mas foi no caso de "assegurar-SE", o que é diferente.
Por fim, cotidiano vale, e quem aqui o diz sabe destas coisas:
http://www.slp.pt/Variavel/Aprender_a_falar.html
Beijinhos,
Paula
Cotidiano não está no meu dicionário.. o.O
E letreira está, Enty? E inadimplente? :-P
Ressalva ao meu penúltimo comentário:
- No nosso texto, é alguém (nós) que assegura outro alguém (vós), e não a SI mesmo.
Letreira está.
Inadimplente não, está Inadimplemento.
Why?
Repito: "cotidiano" vem, no link que deixei no meu antepenúltimo comentário, como sendo uma palavra de grafia dupla. Agora cada um faz com isto o que quiser. Como sempre! :-)))
Porque todos os dicionários são incompletos! :-)
O termo inadimplência é um substantivo feminino que significa “o não cumprimento de algo”. Consta também do dicionário Aurélio o termo inadimplemento, mas o mais usado e conhecido é inadimplência. Já o Código Civil usa inadimplemento. A palavra aparece no artigo 960 com o seguinte texto: “o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo constitui de pleno direito em mora o devedor”.
E letreira, o que é?
Repito: "cotidiano" vem, no link que deixei no meu antepenúltimo comentário, como sendo uma palavra de grafia dupla. Agora cada um faz com isto o que quiser. Como sempre! :-)))
Desculpa.. não vi.. =O
Letreira, s.f. nome vulgar de uns pássaros da fam. dos Fringilidas, em especial de duas espécies, uma muito comum em Portugal (também conhecida por escrevedeira), e outra não comum. (De letra).
É isto que lá aparece em relação a letreira. ;)
Olá, deixando de lado por uns momentos os Evangelhos.....aqui vai alguma coisa mais sobre assegurar. Encontrei esta explicação no Ciberduvidas relativa, não a assegurar, mas a um verbo desde o meu ponto de vista semelhante: informar. Reza assim:
[Resposta] O correcto é: «Informam-se os alunos de que», porque, quando informamos, informamos alguém de / acerca de alguma coisa.
O verbo informar não é seguido da preposição de, quando se lhe segue o complemento directo: «Já informei que as coisas se tinham passado de outro modo». Mas: «Já informei as pessoas de que as coisas (…)», porque o complemento directo já não é a oração integrante iniciada por «que», mas sim «as pessoas».
Ora segundo esta resposta "assegurar-vos" equivale a "assegurar vocês" sendo vocês o CD e portanto deveríamos manter a preposição "de".http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=1749
Corroborando o anterior:
[Resposta] Respeito outras opiniões, mas a minha, quanto à regência deste verbo, é a seguinte:
Se não há indicação expressa da pessoa (ou o pronome que a representa) a quem se dá a informação, a regência não tem de (ex.: `informo que faço isto´, em que o verbo funciona como declarativo).
Se há essa indicação expressa, a regência tem de (ex.: `informo a empresa de que´, `informo-te de que´).
Este critério é também seguido no capítulo `Regências e Particularidades´ do Dicionário de Verbos Portugueses da Porto Editora, com os seguintes exemplos: «Informo que vou sair.», «Informei-o de que não aparecia.»
Adoraria ouvir as vossas opiniões porque não sei se estou a assumir algo errado, ou seja, que informar e assegurar não são comparáveis.
Obrigada, Enty! :-) Ainda não tinha conseguido ler a definição, de facto. Com efeito, afinal o passaroco até tem um bocadito a ver com a letra ou escrita, em sentido figurado! :-)
De nada, quem tem de agradecer sou eu, pois não tive aqui ontem, enquanto vocês pesquisavam..
PS: Também foi por boa causa, o teste para o qual estudei ontem correu-me bem! =) Depois digo a nota que tirei, se vos interessar. ^^
De nada, quem tem de agradecer sou eu, pois não tive aqui ontem, enquanto vocês pesquisavam..
PS: Também foi por boa causa, o teste para o qual estudei ontem correu-me bem! =) Depois digo a nota que tirei, se vos interessar. ^^
Sim, Miguel, existe um pequeno furo nessa comparação, que não pode ser directa, não. São verbos com regências diferentes, embora as lógicas sejam parecidas. O verbo "informar" exige o "de" quando a frase menciona a entidade a quem informamos. Já o verbo "assegurar" exige o "de" quando é reflexo, pois quem «se assegura», assegura-se «de alguma coisa». Neste caso, mesmo que eu mencione a entidade a quem asseguro, se essa entidade não for eu mesma, o "de" não nos serve. Fui clara?
I wanna know! :-)
Cotidiano/Quotidiano
Parece-me ter lido que alguém viu "cotidiano" numa das obras de referência, concretamente no GDLP.
Pessoalmente apenas tenho a versão on line da Porto Editora. Cotidiano NÃO aparece enquanto que sim aparecem TODAS as outras grafias duplas: cota-parte e quota-parte, catorze e quatorze, cociente e quociente, cotizar e quotizar. Precisamente "cotidiano" é a única que NÃO aparece registada nem sequer com a sugestão de "v. quotidiano".
Ou seja, continuo na dúvida...
Vou jantar! =)
Nothing, pois sim, entendo e estou de acordo.
Por isso, na tentativa de encontrar alguma coisa que se possa comparar com assegurar,...que tal certificar?
Resposta] O �Dicion�rio de Erros e Problemas de Linguagem� de Rodrigo de S� Nogueira esclarece a quest�o, na entrada �Certificar de que. Certificar-se de que�, desta maneira: �Diga-se: 'Certifiquei F... de que recebi a carta' e 'F... certificou-se de que recebi a carta'. N�o se diga: 'Certifiquei F... (sem a prep. de) que recebi a carta' nem 'F... certificou-se que (sem a prep. de) recebi a carta'. � Do mesmo modo diga-se: 'Assegurar-se de que', 'Convencer-se de que'�.
Parece que a primeira frase da resposta:
Diga-se: 'Certifiquei F... de que recebi a carta'
� id�ntica ao nosso texto...Ou n�o?
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2299
[Resposta] «Convencer alguém de que» é a forma correcta.
O Aurélio regista cotidiano como variante de quotidiano. O «Vocabulário da Língua Portuguesa» de Rebelo Gonçalves também regista quotidiano e a sua variante cotidiano.
Portanto, pode escrever das duas maneiras, sem receio de errar, embora em Portugal se use mais o termo quotidiano.
Quotidiano (ou cotidiano) significa: «de todos os dias; diário».
http://ciberduvidas.sapo.pt/resposta.php?id=7581
PS: Não sei se já alguém tinha postado isto. Começo a considerar a hipótese do texto ter apenas 9 erros e esta do quotidiano seja para apanhar alguns...
Venho de rastos. De rastos e desanimado. Um dia inteiro fechado numa Biblioteca para quê? Muito pouco, como poderão ver.
Quanto às perguntas 27 e 28 (o meu objectivo principal) não consegui nada. Minto: consegui ficar enjoado de tal maneira de provérbios, que se nos próximos dias alguém tiver a infelicidade de dizer um na minha presença, arrisca-se a ir desta para melhor...
Vamos ao muito pouco: sobre “cotidiano”, não deve ser considerado erro, está confirmado. Quanto ao “posso assegurar-vos de que”, a seguir coloco uma pequena amostra de frases que encontrei em diversos dicionários nas entradas “assegurar” e “assegurar-se”. Na forma pronominal não reflexa, temos
1. “Asseguro-lhe que o conheço.” (Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo)
2. “Assegurou-lhe que venceria o concurso.” (Dicionário Houaiss)
3. “Posso assegurar-lhes que não havia autorizado Álvaro a denunciar uma presença que fatalmente provocaria atritos e suspeitas.” (Dicionário Aurélio)
4. “O advogado assegurou ao meu irmão que tudo correria bem.” (Vocabulário – Regime Preposicional de Verbos – Exemplificação, de Carmen Nunes e Leonor Sardinha).
Na forma reflexa:
5. “Assegura-te de que o cinema é às sete horas” (Dicionário Houaiss)
6. “Para se assegurar de que suas ordens seriam cumpridas, seguiu o criado.” (Dicionário Aurélio)
7. “O pai assegurou-se do sucesso do filho.” (Vocabulário – Regime Preposicional de Verbos – Exemplificação, de Carmen Nunes e Leonor Sardinha).
Da análise destes casos pode-se inferir que “assegurar” não requer a preposição “de”, enquanto que “assegurar-se” precisa dela. Isto é compatível com as opiniões do Ciberdúvidas, que só se pronunciam sobre “assegurar-se”.
Assim sendo, haveria erro na expressão “posso assegurar-vos de que”, confirmando aquilo que o meu ouvido sempre me disse desde o princípio.
No entanto (porque é que terá sempre de haver um “no entanto”?) o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa regista
o exemplo “Asseguro-te que / de que é verdade”, segundo o qual ambas as possibilidades são válidas. Convém notar que este é o ÚNICO Dicionário que permite as duas variantes (e olhem que vi muitos).
Resumindo: todas as obras consultadas indicam erro, menos esta última. Devo dizer que as opiniões do Dicionário da Academia têm entrado em conflito com o Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora muitas vezes, e nunca foram levadas em conta pela CTC. Daí que, na minha opinião, a frase considerada seja um erro. Vai ser essa a minha opção: 10 erros no texto 1, portanto.
Sobre a 23, começo a balançar para a A.
E é tudo. Amanhã haverá nova maratona, mas já arranjei quem fizesse o trabalho (sujo) por mim, porque (repito) não consigo ver mais nenhum provérbio à minha frente.
Penso que a CTC foi apanhada novamente em falso, e que terá de aceitar duas respostas no texto 1; se assim for (e talvez consiga confirmá-lo antes de quinta-feira), a resposta 10 erros é a mais segura.
Até amanhã. Preciso de dormir.
Essa questão do asseguro é muito interessante. Na minha opinião, o "de" só se usa quando se usam o -me, -te, -se, -nos, -vos. Nas situações em que tem -lhes não se usa. Esta teoria vai de encontro aos dados encontrados.
(Apenas um teoria minha)
Olá Abençoado,
Continuo a não perceber o porquê de não considerar erro «cotidiano», se o mesmo não consta sequer no Dicionário tido por referência pela CTC.
Quanto à regência dos verbos, atira-mo-la para as urtigas?
Cada vez estou mais baralhada.
Pela parte que me cabe, o meu muito obrigada pelo esforço e contributo.
Podem-me explicar a 7? É que estou com dúvidas entre a A e a B... =/
Por um lado, parece que sim, que podemos associar o "assegurar" ao "certificar", muito mais se voltarmos a ler uma parte do ciberdúvidas apenas vocacionada para estes verbos quando na forma reflexiva:
Deve dizer «assegurar-se de que», que é o mesmo que «certificar-se de que». O que está em causa é a regência , isto é, a «relação que se estabelece entre duas palavras em que a segunda serve de complemento à primeira». No caso dos verbos transitivos, há verbos que se constroem com a preposição de. Entre os verbos que regem a preposição de contam-se: assegurar-se, lembrar-se, certificar(-se), esquecer-se, arrepender-se, recordar-se, cansar-se, duvidar, persuadir, convencer, dispor, informar, gostar, fugir, falar.
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=15198
Mas, na verdade, neste caso ambos os verbos foram seguidos de "de", mas por motivos diferentes. No caso do "certificar", foi porque ( par daquilo que dissémos sobre o "informar") continha o "a quem" (seja reflexo ou não: certifico-me de que; certifico o José de que; certifiquei-o de que) -
À semelhança da locução "ter a certeza", "certificar-se" é, pois, um verbo de regência que, quando sele(c)ciona uma completiva, admite a supressão da preposição.
["certifico-te (de) que], De qualquer modo, seguindo a perspectiva de Peres e Móia (op. cit.) e aceitando o contributo da consulente, considero que é preferível (por enquanto) manter a preposição.
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=17948
... Já no caso do "assegurar" só leva "de" quando seja reflexo:
- asseguro-me de que (a mim mesmo)
- asseguras-te de que (a ti mesmo)
- asseguro-te que (eu a ti)
- asseguras-me que (tu a mim).
É, pelo menos, esta a forma como eu vejo as coisas. Embora assegurar e certificar sejam parecidos, e embora quem se certifique ou quem se assegure, se certifique ou assegure sempre de alguma coisa, há aqui diferenças. Não as saberei explicar agora, porque as informações já se me cruzam e tenho mesmo que ir arrumar as ideias a um qualquer capítulo sobre as regências dos verbos, mas ocorreu-me tentar a lógica dos complementos (directo e indirecto). Assim:
- eu informo alguém sobre qualquer coisa = informo-o de que (CD);
- eu asseguro algo a alguém = asseguro-lhe que (CI)
- eu asseguro-me sobre algo = asseguro-me de que (CD)
- eu certifico alguém sobre alguma coisa = certifico-o de que (CD)
Confuso? E provavelmente inexacto aqui e além. Todavia, uma coisa é certa: "certificar-se", "informar-se" e "assegurar-se" (reflexos) são parecidos (e levam de). "Certificar", "informar" e "assegurar" (sem o "a quem") também (e não devam "de"). Mas "certifiquei-o" (de que) e "informei-o" (de que) não funcionam da mesma forma como "assegurei-lhe" (que).
Vou tentar encontrar uma fórmula simples para isto! :-)
Seja como for, o que nos interessa é que o verbo assegurar só leva a partícula "de" quando é o próprio que se assegura, ok? Os outros de que falámos, levam o "de" quando explicitam sobre quem recaem.
... 'Penso eu de que'
Enty: http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=20692 (citando a Gramática de CC & LC).
"Determinante: «Quantos livros leste?»
Pronome: «Quantos leste?»"
Ah... E porque não é um advérbio?
A função do adverbio é:
Morfologicamente: é invariável, ou seja, não apresenta flexão de gênero, numero modo, etc;
Semanticamente: expressa uma circunstancia como: lugar, tempo, modo, dúvida, afirmação, negação e intensidade;
Sintacticamente: modifica um verbo, um adjetivo, um outro advérbio ou toda uma afirmação expressa em uma frase.
E assim se conclui que "quantos" não poderá ser uma variação (neste caso em número) do advérbio "quanto"; pois se os advérbios são invariáveis...!
Percebeste?
Sim, Paula, mas pode também ser advérbio de quantidade, ou não?
"quantos filhos ela tinha"
Quantos está a perguntar a quantidade.. =?
Agora percebi! =)
- eu informo alguém de qualquer coisa = informo-o de que (CD);
- eu asseguro algo a alguém (e não asseguro alguém de algo) = asseguro-lhe que (CI)
- eu asseguro-me de algo = asseguro-me de que (CD)
- eu certifico alguém de alguma coisa = certifico-o de que (CD)
- eu certifico alguma coisa (um doc) a alguém = eu certifico-lhe (CD)
Alguém me sabe dizer se estou a meter água aqui? Professoras de Português, are you there? :-)
ASSEGURAR:
Transitivo
a) assegurar algo a alguém
garantir; dar como certo:
Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar
b) assegurar alguém de algo
afirmar convictamente; asseverar; certificar:
Taveira assegurou-lhe que Carlos passara para o botequim. – Eça de Queirós, Os Maias, livro II, cap. VI
Reflexo
c) - assegurar-se a si próprio
certificar-se, pesquisar, informar-se; verificar para ter certeza:
Assegurei-me de que não havia mais ninguém em casa.
Boa noite,
Tentarei também rever o verbo assegurar novamente. Na entrada do Ciberdúvidas que citei, realmente fala-se do verbo «assegurar(-se)». Será que o que é dito se restringe à conjugação reflexa? Como tinham o pronome entre parêntesis, pensei que não... mas agora...
Muito obrigado, Abençoado. Como tu, hoje dei um salto à biblioteca da faculdade (não passei lá o dia, graças a Deus), e consultei tudo o que havia sobre expressões populares, dicionários, enciclopédias, etc., e não encontrei a expressão do guardanapo. Fiquei exactamente na mesma.
Não havia nenhum livro de provérbios (estranhamente). Fiquei exactamente na mesma.
Confirmei que Rebelo Gonçalves atesta a existência de pantalha e cotidiano. Fiquei exactamente na mesma.
Cumprimentos,
A.
Abençoado: só agora estive a ler os comentários para trás, de entre os quais o teu, prova de muito trabalhinho mesmo! :-)
De qualquer das formas, não vejo qual a razão para tanta dúvida acerca do "assegurar". Sim, que apenas a sua forma reflexa pede o "de". E não, a CTC não vai ter qualquer dúvida acerca disso, creio eu. Trata-se de uma regra. Semples, conhecida, nem sequer controversa. A regra é desrespeitada no texto, pelo que temos 11 erros. Assim sendo, não acho que 10 erros seja uma resposta segura.
Mas acho, isso sim, que a 23A é securíssima. Será possível que se não veja que aquele "onde" invalida toda uma construção? :-(
Olha que eu invento já aqui um provérbio! ;-)))
Abraço
PS - Isa: sabes quem é Elsa Rodrigues dos Santos? Diz-me lá o que achas disto, pf: http://www.slp.pt/Variavel/Aprender_a_falar.html
Antinoo:
"Será que o que é dito se restringe à conjugação reflexa?"
R: SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
re: Siiiiiimmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!
Sim!
!!!
:-)
E a pantalha é confirmada com o significado de ecrã, né? Pois sim, deixai que não seja erro, que até tem pinta! :-)
A do guardanapo é que parece um pesadelo! Lololol
E estou a ficar triste por ter que andar com o assegurar para trás e para a frente, quando queria muito que alguém me entendesse: tá mali! Muto mali!!!
Bah! Vou jantar. Sem guardanapo!
(vou de gravata, eheheh)
Nothing: já contaste os erros com cuidado? É que se "cotidiano" está bem, e "de que" está errado, não são 10?
Boa noite, Gigantes!
Entrei só para dar um olá a todos!
Ainda não jantei, pois estive a fundamentar a minha reclamação sobre o Teste Especial Escolas. Acabei de enviar o email. Para além da questão dos "hamsters" existe também uma gralha na correcção de uma pergunta que ainda não foi rectificada. ("Cheguei à praia às onze horas." - consideraram "à praia" complemento circunstancial de meio!)
Quanto ao nosso teste, não tenho novidades nenhumas... Não consegui pesquisar mais nada, pois passei o dia na escola e ainda tive que levar o carro à oficina. Vou ler com atenção os últimos comentários!
Alguém sabe da Cristina? Nunca mais apareceu por aqui... Estranho!
Beijocas
Nothing, qual é o seu 11º erro?
Ó Alma Secreta... Já te disse ali em cima :-))) É o "de", em "assegurar-vos de que"!!! Atão eu 'tive p'aqui a gastar o meu latim todo...! :-P
Lol
Thétis: acabei de perguntar o mesmo. Costumávamos ter o MSN ligado, mesmo se ocupadas ou ausentes, mas nem isso tem acontecido. Escrevi-lhe um mail, mas ainda não obtive resposta.
Sim, sim, Vingador, são 10, exacto!
Pois não, não estava a contá-los com cuidado, não senhor! OBRIGADA! :-)
Abençoado: opá, enganei-me, jovem! :-))) A conclusão dos meus raciocínios é a de 10 erros (cfr. o Vingador me alertou), pelo que tenho a retratar-me contigo, i.e.: TAMBÉM PENSO QUE 10 ERROS SEJAM UMA RESPOSTA SEGURA! :-)))
Secret: com pantalha e cotidiano a serem permitidos, não são 11, mas 10 os meus erros, como já deves ter percebido. A minha cabeça é que já não é o que era. Podia ter contado pelos dedos (tinha dedos para isso), mas não me ocorreu! ;-)
Nothing,
Eu entendo-a e decidi não pensar mais no verbo assegurar. Cheguei à conclusão que/de que eu asseguro-me de alguma coisa e asseguro alguma coisa a alguém. Portanto é erro.
Cotidiano,
Faço minhas as palavras da Isa às 8:27. Não consegui ainda eliminar a dúvida do meu post das 7:26. Se o Dicionário da Porto Editora é a obra de referência, não encontro lá cotidiano. Aparece nalguma outra obra de referência?
Vou.
Até amanhã! =)
Nothing, fiquei rendido à sua explicação e à confirmação do abençoado. Faz sentido, sim.
Sendo assim, 10 erros. =)
Agora com a questão do informar, fiquei confuso. Já tinha visto isto o ano passado, sobre a regência do informar, mas agora estou baralhado.
Diz o Ciberdúvidas:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=14510
O verbo informar admite as seguintes regências:
1. Informar alguém de + substantivo: «Ele informou-a dos procedimentos a adoptar.»
2. Informar alguém sobre, acerca de, a respeito de + substantivo: «Ele informou-a sobre (acerca de, a respeito de) as diversas hipóteses.»
3. Informar + oração integrante iniciada por “que” (informar que): «Ela informou que se ia embora.»
4. Informar alguém + oração integrante ou completiva iniciada por “que” (informar que): «Informo-te que me vou embora.»
5. Informar alguém + oração integrante ou completiva iniciada por “se” (informar se): «Informaram-vos se de tarde há aulas?»
6. A construção “informar de que” ocorre por vezes e é considerada correcta por alguns autores, quando estão presentes os dois complementos do verbo: «Informamos V. Ex.ª de que o requerimento...».
Não estamos na presença de um caso semelhante no 2º Texto?
"tinha sido informado de que o preço do alqueire aumentaria de cinco euros"
Isto não está incorrecto? Ou estou a ver coisas?
Olá a todos,
Nothing more than me,
Li o teu comentário do «cotidiano».
Eu já o conhecia, vem inserido no Guia Saber Escrever Saber Falar da Edite Estrela.
A autora refere que na língua portuguesa há palavras que admitem duas formas escritas.
Quase todas as referidas constam no Dicionário de referência. Outras há como «cotidiano» que não. Porquê?
Daí a minha reserva e o facto de não ter mencionado o artigo.
A bíblia é o Dicionário da Porto Editora. Estou confusa, tu não?
Quanto à questão do guardanapo, já tudo me parece ilógico.
A primeira pergunta que me coloco é por que raio está lá um guardanapo. O provérbio não aparece em lado nenhum, tudo aponta para que tenha sido inventado. Mas com que objectivo?
Esse é um ponto a favor da opção A. O guardanapo pode ter a ver com a questão dos Evangelhos já colocada aqui, bem como dos presentes embrulhados, etc, etc. Outro:
- como disse o Miguel, é o único que mantém a oposição entre 2 verbos.
Pontos a favor da opção B:
- Para além de uma gramática antiquada, um dicionário, é suposto as respostas estarem agora encarceradas numa Bíblia?
- O raciocínio para a B, como já o coloquei aqui, é muito mais rápido e intuitivo do que para a A.
Precisamos de um milagre aqui.
Olá, boa-noite
Acho que desapareceram alguns dos meus comentários.
Parece que ainda restam dúvidas sobre o "cotidiano", mas é certo que consta no GDLP.
Mantenho apenas as 27 e 28 para pesquisas mais extensas. Ainda não formei umaopinião para não me deixar infuenciar por considerações apriorísticas.
Até 4.ª à noite deverá estar tudo resovido.
Aqui estão as minhas respostas:
1.º texto - 10 erros
1-C
2-A
3-C
4-A
5-C
6-D
7-B
8-C
9-D
10-A
11-A
12-B
13-B
14-D
15-D
16-B
17-C
18-D
19-D
20-D
2.º TEXTO - 15 ERROS
21-C
22-C
23-A
24-D
25-B
26-C
27?
28-?
29-A
30-B
Abreijos
Zé Pedro
Olá Zé Pedro,
Que dicionário estás a consultar?
O DLP 2004 da Porto Editora não regista o cotidiano.
Temos vários comentários, fiáveis, a favor e contra. Para mim, falta-me a confirmação do Dicionário de referência, que julgo ser o que tenho.
Fiz a pergunta à Comissão, aguardo resposta. Espero que venha a tempo.
Dicionário Língua Portuguesa Porto Editora 2004 da Porto Editor (usado nas três últimas jornadas do CNLP).
Página 1387
- quotidiano - de todos os dias; diário, que sucede habitualmente.
Página 542
- diário - de todos os dias; quotidiano.
Nada mais consta.
Página 440
- cota-parte = quota parte.
Percebem a, minha, dúvida da dupla grafia?
Se constam uns por que não outros?
ISA:
O dicionário adoptado, desde o 1º CNLP, é o GRANDE Dicionário da Língua Portuguesa, com Direcção Editorial de Graciete Teixeira.
O outro, que também aliestá numa das estantes de dicionários, é o tradicional, mais pequeno, e com algumas discrepâncias em relação ao Grande. É no grande que consta o "cotidiano".
E vou à deita, que amanhã é dia de alegações.
Abreijos
Zé Pedro
Secret: esse ponto 6 da explicação do ciberdúvidas que nos oferece (e perdoe-me o "tu" que venho usando, mas é que este grupo é extenso e há tus que se misturas com vocês, lol) sempre me pareceu estranho, de facto (tudo o resto parece-me correctíssimo). No entanto, temos aqui contrapontos:
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=16016
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=15254
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=1632
http://embomportugues.blogs.sapo.pt/42409.html
Também já o vi no meu prontuário, mas, sinceramente, não o estou a encontrar.
Isa: Sim!... Não vindo no GDLP, terá que vir noutra fonte de referência (um tira-teimas qualquer). Caso contrário, concordo que não é seguro apostar-se no "cotidiano" (embora a minha fé se mantenha - não é vontade de que assim seja, mas pressentimento, depois do que já li - pelo que vou tentar averiguar mais e melhor).
Ainda não percebi é o que se passa aqui: tanto há quem garanta que a palavra não consta do GDLP, como que consta. E eu já me tinha convencido que sim!!!
Secret: um ponto a favor da 27C, é que é ó único sentido que se aproxima do "não ata nem desata" a que estamos habituados!
Isa: "a obra de referência para avaliar a exactidão da grafia das palavras é o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, editado pela Porto Editora.
No que respeita à sintaxe, recomenda-se a utilização da Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa."
Zé Pedro,
Obrigada e boa noite.
Parece-me que tenho o "mata-borrão" errado.
Ups, acabei por repetir o Zé Pedro.
Bom...
E nada mais havendo a tratar, vou-me deitar, que é para rimar.
Abraços gigantes,
Paula
PS - E da Cristina... Nada?
PPS - Já me esquecia de confirmar que as minhas respostas coincidem totalmente com as do Zé Pedro.
Nothing more than me,
Quanto às restantes obras de referência nada a assinalar.
O GRANDE Dicionário é que me tem estado a "fintar". Então não é que desde o 1º. CNLP uso o Dicionário/mata-borrão errado?
Só visto!
Amanhã bem cedinho vou à cata do dito. Homessa1
Homessa!!!!!!!!!!!!!
Dona,
Olá pequenina, como está o Papá?
Tudo bem melhor, espero.
Nothing, a Cristina?
Bjs.
Ija, num xei! :-(
Isa, podes sempre fanar um... Ao preço a que ele é vendido!!!...
Mas olha que também não passa despercebido dentro do bolso, não! :-S
;-)
Parece-me que algumas pessoas não se dão ao trabalho de visitar os sítios que outros recomendam. O assunto "cotidiano/quotidiano" já deveria estar afastado das discussões. O sítio
http://www.slp.pt/Variavel/Aprender_a_falar.html
já foi aqui indicado e consiste numa «aula» da Elsa Rodrigues dos Santos (um dos membros da Comissão) onde ela mostra que ambas as grafias são possíveis.
Foi esta senhora que, ainda este ano, defendeu as respostas "tecedeira" e "tecedora" como femininos de "tecelão", contra "tecelã". Ou seja: não interessa se "cotidiano" é correcto ou não. Se a Dona Elsa diz que é correcto, então é correcto e pronto! Ela nunca iria reconhecer um erro! (Neste caso, até nem é um erro, pois o Rebelo Gonçalves, a Edite Estrela e outros apoiam esta tese.) Podem ficar todos descansados quanto a isto!
Opá... Sem alarmes italianos, mas começo a estranhar, seriamente, a ausência da Cristina. Empenhada como tem vindo a estar neste passatempo, ainda que, por falta de tempo, não pudesse comparecer aqui regularmente, ter-nos-ia dito. No MSN não me aparece, e eu já lhe mandei emails. Any ideas?
Vou ver se me alheio disso e tento pensar que, afinal, qualquer pessoa pode ter mais do que fazer na sua vida (ainda que... again!). Vou entreter-me a procurar mais erros nos textos. Amanhã o primeiro terá cerca de 20 e o segundo uns 30.
Abraços,
Paula
Voa, Bingador! :-)
(ma num pecisa ficar zangado, tá?)
Vingador,
Mea culpa, prometo não falar mais.
Já me justifiquei após o esclarecimento do Zé Pedro.
Não se zangue, dizem que faz muito mal ao coração.
Até mais logo.
Psst!... Can you keep a secret?
Dei por mim "iscunfiada" de que "para mais" (2º texto) pode ser uma expressãozeca menos correcta, a ser substituída por "ademais" (que eu uso amiúde) ou "(para) além do mais". Mas também pode ser o meu resvalar para a paranoia time!
Já agora, agradeço que não me dêem troco, a menos que estejam plenamente convencidos da vossa sanidade mental, o que, bem sabemos, também não quer dizer coisa nenhuma.
Mais a mais, eu já devia era estar na cama!
Ipois, quem tiver pataleta do talatão vai para o Sacret Heart Hospital comer a tal da sopinha dietética que sabe a enlatados com pó de múmia. A receita, já aqui a deixei. E ela serve bem de ameaça! ;-)
Outro erro: não aceitar conselhos depois dos cinquenta! (joke).
Sabiam que o correcto é "dar parte de fraco", e não "dar parte fraca"? Bem sei que ninguém me perguntou nada, mas também sei que quando falo de mim para mim conto com uma excelente ouvinte! ;-)
Nothing,
Tem muito que se lhe diga.
Sua carneirinha!
Ahahahahah...
"O almanaque Borda d`Água regista um aumento de vendas, inexplicável para a própria direcção, afirmou quinta-feira, em Lisboa, a nova editora, Célia Cadete, professora de Filosofia e Psicologia no Ensino Secundário."
(http://bordadagua-almanaque.blogspot.com/2007/02/rtp-entrevista-e-reportagem.html)
... I wonder why! ;-)
PS - Isa, greve do sono, é? :-)
Um bitaite: se não aparece na net não existe!
Estou a ficar profundamente convencido que a CTC pesquisou deliberadamente a internet para se assegurar de que não existiam fontes para as perguntas 27 e 28, que de outra forma seriam resolvidas facilmente. A ser assim, um provérbio é inventado e não vem em lado nenhum, é óbvio. A frase do guardanapo também é inventada a partir de uma extrapolação e trata-se tão somente de um exercício de interpretação.
A ser assim justifica-se a ausência de fontes, e só assim. Porque qualquer "provérbio" que se preze, se realmente é utilizado, alguém o há-de conhecer! Se ninguém o conhece, deixa de ser provérbio!!
Logo, a resolução, passa simplesmente por uma análise atenta das frases em questão e de interpretá-las por senso comum. Cada vez fico mais convencido em 27A e 28D, seguindo unicamente a hermenêutica da intuição e sem inventar complicações.
Com respeito à 23, alguém quer comentar ou desfazer este raciocínio??
«É uma pergunta que parece estar relacionada com os pronomes relativos das frases:
“A casa estava situada num monte alentejano, onde, no Verão, recebia muitos visitantes.”
“Há automóveis na rua, cujos proprietários estão ausentes.”
“O negócio em que o António se meteu deu-lhe prejuízo.”
“O caminho que segui foi o mais directo.”
Vejamos:
Na primeira frase, temos um pronome relativo invariável, desempenha a função de complemento circunstancial de lugar onde; a frase equivale a “A casa estava situada num monte alentejano. Num monte alentejano, no Verão, a casa recebia muitos visitantes”: a frase está correcta.
Na frase “Há automóveis na rua, cujos proprietários estão ausentes.”, cujos desempenha a função de adjunto adnominal ou complemento determinativo (designações da gramática tradicional). Equivale a “Há automóveis nas ruas, os proprietários dos automóveis estão ausentes”: frase correcta.
A terceira frase tem o pronome no caso oblíquo, caso atribuído pela preposição “em”. Equivale a “O negócio deu-lhe prejuízo. O António meteu-se no negócio”: frase correcta.
Finalmente, a última frase equivale a “O caminho foi o mais directo. Segui o caminho.” O pronome relativo desempenha a função sintáctica de complemento directo.
Eu sei que a pergunta é “Qual é a frase incorrecta?”. Como todas as frases estão correctas, presume-se que o erro exista na pontuação da segunda frase, que tem uma vírgula a isolar a relativa. Ora, isto torna-a uma oração subordinada relativa explicativa. E explica o quê? Nada, porque a frase está incompleta, e por isso errada. Uma alternativa correcta seria, por exemplo, “Há automóveis na rua, cujos proprietários estão ausentes, a impedir a passagem do autocarro.”, ao lado de “Há automóveis na rua cujos proprietários estão ausentes.”, sem vírgula já é restritiva, o que torna a oração relativa obrigatória na frase.»
Music friend: eu já "lá" fui tentar desfazer esse raciocínio! ;-)
Guardo comigo a certeza de que a opção A é um "erríssimo". E repara que, a acreditar no que aí é expresso, não existiriam respostas erradas, o que não é de muito bom prognóstico.
Pois, pois é!... O que dizes sobre os provérbios tem a sua razão, é verdade. O pior, é quando duas das hipóteses (28C/D) não aparecem na net! :-S Em todo o caso, e seguindo a tua lógica, já eu optaria (e se nada me impedir, optarei) pelas 27C e 28C.
Diz-me, p.f., o que achas do "para mais", já que esse também não aparece na net! ;-)
E até amanhã!
Só se o significado original que se procura, a existir, estiver lá bem para trás no tempo. É procurar o tal do guardanapo noutros idiomas, sei lá!...
Mappa no latim do século XII significa, entre outras coisas, “pequena toalha” ou “gardanapo”.
Mappa em latim clássico traduz-se literalmente por lenço. Ao longo da Idade Média passou a designar qualquer pedaço de tecido(...).
Fui em busca de qualquer coisa ligada aos nós destes mapas e à navegação, por ex., mas nada também.
No Citador, também não há guardanapos, e os Maios que por lá estão já as gente os sabe de cor.
Rien a faire.
Senão dormir.
Vai dormir Nothing que aqui quem passa as noites em claro sou eu!:-)
Isa o meu pai parece estar bem, mas o meu gato caiu do 3º andar, desfez uma pata e deslocou o maxilar! Passo a vida a dar uma de Florence Nightingale!
A Cris provavelmente está ocupada com algum assunto pessoal que lhe absorve o tempo e a vontade de participar.
"Para mais" - se não me engano aparece exactamente assim no Dic. da PE versão on line. Nunca me passou pela cabeça considerar erro.
Guardanapo - já experimentei com lenço, lençol, pano, toalha, en português, em espanhol, em catalão, eu sei lá. Espero que não tenha origem num provérbio ancestral japonês.....Acho que definitivamente a coisa não existe. E já nem sei se a coincidência dos Evangelhos é uma mensagem divina ou uma seta envenenada de Belzebú.
Hoje, e só hoje, a esta hora, estou com a opção B. O guardanapo só desata se atar antes.
E a Cristina?
"Guardanapo" é também um doce (ou bolo) tradicional português. Ó pessoal da culinária, esse significado vai dar a algum lado?
Nota: isto já é desespero...
Estive ontem à tarde na biblioteca a tentar descobrir respostas para as questões 27 e 28. Também procurei com lenço, toalha saco, saca, pano sem sucesso! Não tentei não ir à procura de justificações para a opção que eu considerava ser a mais correcta, mas encontrar soluções.
Assim, para a 27 conclui o seguinte:
1 - "Estar num impasse" não me parece correcto e subscrevo várias argumentações de comentários anteriores.
2 - O "Ponto sem nó" tem o sigificado claro de segundas intenções que não consigo ver na frase do "guardanapo que não ata, não desata"; se a frase fosse "guardanapo que ATA, não desata" ainda poderíamos pensar que estaria a esconder alguma coisa, e pensar que a hipótese B faria sentido.
3 - Encontrei como dito popular "Diz o presente com o guardanapo" e "Aceita-se o presente conforme o guardanapo" . Era (É?) habitual algumas ofertas serem envolvidas em guardanapos, em especial pão, bolos e frutos secos.
4- O paralelismo entre "não ata não desata" e "não oferece não recebe" reforça a minha escolha da opção A.
F.Correia subscrevo na íntegra o teu comentário. Foi como ler os meus pensamentos. Considero-o um cenário possivel e razoável tendo em conta a impossibilidade de confirmação existente até ao momento.
Existe um provérbio na Diciopédia que diz «quem bem ata, bem desata; quem mal ata, mal desata»; e um provérbio brasileiro que diz «quem não ata, não desata». Não encontrei ainda o sei significado.
Acerca do Assegurar, a Gramática diz que, só quando o complemento indirecto se encontra sob a forma de «me,te,lhe,nos,vos,lhes», é que não rege nenhuma preposição.
«Posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades»:
Sujeito: subentendido
Predicado: assegurar
CI: vos
CD: todas as nossas especialidades.
Assim, encontrando-se o complemento indirecto sob a forma de pronome oblíquo, não deverá reger a preposição -de.
Penso que esta é a única argumentação válida, perante a CTC, para se considerar «assegurar-vos de que» como erro...
A.
Musicólogo:
A subordinada relativa apresenta uma incongruência, pois "onde" não pode ter a função de sujeito.
A.
O problema do guardanapo é que com um pouco de imaginação podemos acabar por fazer corresponder o enunciado a qualquer das 3 opções. Pergunto-me onde raios a CTC foi buscar esta frase.
A minha opinião é que a C não deverá ser - deveríamos ter nesse caso "não ata nem desata" e talvez seja uma rasteira pois é uma expressão conhecida e a que de imediato nos parece correcta.
Opção A - tem a vantagem de ter dois verbos opostos, como o enunciado, mas - pelo menos pelo sentido que eu dou aos verbos do enunciado - deveria estar ao contrário. Quem não desata (dá), não ata (recebe).
Opção B - a que me parece ter alguma lógica sem forçar muito. Guardanapo que não ata, não desata = O guardanapo não desata sem antes atar, ou seja, que somente dá se tiver a certeza de receber depois, ou seja ainda, não dá ponto sem nó.
O curioso será ver que justificação dará a CTC para a escolha que fizer, seja ela qual for.
E sobre este tema, aqui vão alguns provérbios com atar, desatar, dar e receber....
Quem bem ata, bem desata.
Quem não ata, nem desata, não tece rede.
Quem vai dar, deve levar um saco para receber.
Quem dá pra receber, não dá.
Quem dá, recebe.
miguel,
relativamente ao enunciado estar ao contrário ... também tive essa dúvida, mas posso fazer o seguinte raciocínio: eu quero dar então ato num guardanapo o que pretendo oferecer, quando recebo devo desatar o guardanapo para ficar com o que está lá dentro.
Que lhe parece?
F. Correia, eu ofereço à vista do cliente e quando recebo embrulho logo para não se estragar...Para mim desatar tem o sentido de abrir, oferecer, como se me desfizesse em mimos....atar vejo-o mais com a conotação de trazer até mim, de receber...Acho definitivamente que esta pergunta não tem solução. Às vezes dou por mim a pensar que a frase nem sequer tem sentido. Os guardanapos não servem para atar nada....Até já dividi a palavra guardanapo em todas as sílabas possíveis para ver se não unindo/atando alguma tinha alguma revelação. Que é um guarda? Que é um napo? Alguém que guarda um napo e não o ata, que acontece ao napo? Morro por saber que resposta tem reservada a CTC.
Com uma questão destas só resta mesmo é especular.
Voltando a contradição, que penso não existir e substituindo guardanapo por embrulho - modernices- acho que me dá razão no seu comentário. Embrulho (para oferecer) que o Miguel não ata, também não desata, porque ninguém lhe dá nada.
GUARDANAPO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ACHEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tenho de sair. Volto mais logo.
"Alimpem-se" ao guardanapo enquanto esperam pelas novidades.
Zé Pedro
Zé Pedro,
Temos alegações finais!
Mata-nos de ansiedade e expectativa.
Não quero acreditar que o Rifoneiro contou o segredo só ao "minininho".
Hum, que formigueiro!
Vim aqui só para dizer olá!
Tenho teste de Ciências amanhã.. Já estou farto de sistemas respiratório e circulatório! =/ (Gosto, mas é muita informação para saber) =(
Se aqui não vier hoje, até amanhã.. =)
Dona, Nothing, Vingador, Abençoado, Miguel, F.Correia, Alex e os demais, por onde andais?
Não morrem de curiosidade?
Andei em trabalho de campo, toda a tarde, para tentar ouvir opiniões de reconhecidos,localmente,conhecedores de provérbios, e nada.
Nem Sol, nem chuva de Maio reúnem consenso.
«A ver vamos, como diz o cego».
Olá, Gigantes!
Acabei de chegar! Mais um dia de trabalho e sem ter tido hipótese de pesquisar mais qualquer coisa sobre o nosso teste.
Isa, mas o Zé Pedro já tem a solução do guardanapo? O que significa, afinal?
Ó Meninos também receberam o seguinte comunicado da CTC:
A Comissão Técnico-científica do Campeonato da Língua Portuguesa apreciou atentamente as opiniões dos concorrentes reclamando acerca de várias questões respeitando ao primeiro texto do 2.º Teste. Analisadas as considerações que quiseram fazer o favor de enviar, foi parecer da CTC que as circunstâncias decorrentes aconselhariam a uma decisão que ultrapassasse não apenas os erros realmente existentes, mas também as questões que, podendo ser mais polémicas, não facilitariam a superação integral do problema criado.
Assim, a CTC toma a decisão de neutralizar essa pergunta, atribuindo a todos os concorrentes o ponto respectivo.
Certamente que algumas das questões apresentadas não são pacíficas nem constituem erro, como explicaremos. Como a acção da CTC não deve ser ficar-se pela tentativa singela de solucionar diferendos, numa perspectiva pedagógica e de troca de impressões juntamos a esta nota o nosso parecer sobre cada uma das questões levantadas.
Agradecemos a todos os participantes que fizeram o favor de trazer até nós as suas opiniões e diferendos e desejamos a todos os concorrentes a continuação de um excelente Campeonato da Língua Portuguesa.
A Comissão Técnico-científica
*********
«Ninguém dá mais um paço»
Comecemos pelo erro «paço», que deve ser corrigido pela palavra correcta «passo».
Quanto ao imperativo negativo, não pode ser considerado errado, embora no português da norma seja: «Ninguém dê mais um passo». No entanto, conforme já foi mesmo referido por um dos participantes que contestou a construção da frase, «certos tempos do indicativo podem ser utilizados com valor de imperativo». Na pág.477 da Gramática de referência é enunciado o seguinte: «Com o presente atenuamos a rudeza da forma imperativa»
Mas, por vezes, esta forma do presente do indicativo em vez de atenuar a rudeza da forma imperativa, intensifica a ordem, tornando-a mais peremptória, pela forma oral utilizada. É o caso desta frase.
«Não via um palmo diante do nariz»
De facto, a frase idiomática habitual é «não via um palmo adiante do nariz».
A diferença, porém, entre «adiante» e «diante» é praticamente nula, pois «diante» significa «na frente», «defronte», «em frente de».
«Adiante» significa «na frente», «em tempo futuro», «depois». Haveria, certamente, mais legitimidade em dizer-se «diante do nariz», mas o povo, por vezes, acrescenta «a», no princípio da palavra (fenómeno fonético denominado «prótese») (Exemplos: «alevanta» em vez de «levanta», «amanda» em vez de «manda»). Daí que «não via nada diante do nariz» (por causa do nevoeiro) tem todo o sentido.
Não há no dicionário de referência nada que diga que «não ver um palmo diante do nariz» significa «ser estúpido» diferentemente de «não ver um palmo adiante do nariz» que significaria (segundo um participante) apenas «não ver nada». Ora esta expressão idiomática pode ter ambas conotações.
«Tivéssemos unidos»
Esta frase aparece em vez de «estivéssemos unidos». A situação é muito diferente da que se apresenta na anterior, pois aqui há um erro. A supressão da primeira sílaba transforma o verbo «estar» em «ter», dando-lhe um sentido totalmente diferente. Por isso, não se pode aceitar este erro, mesmo entre participantes com menos de 15 anos, porque não é um caso de oralidade ou de expressão popular, mas de pura falta de conhecimento ou desleixo, que, infelizmente, encontramos em muitos adultos.
«Poder-nos-ia ter sucedido alguma desgraça»
Em relação ao reparo que alguém fez sobre a construção desta frase, considerando-a errada, cumpre-nos dizer o seguinte, acompanhando a própria argumentação desse participante:
Invocando a pág.316 do capítulo «Pronomes Pessoais – colocação dos pronomes átonos» da Gramática de referência, leia-se:
«Quando o verbo principal está no particípio, o pronome átono não pode vir depois dele. Virá, então, proclítico ou enclítico ao verbo auxiliar, de acordo com as normas expostas para os verbos na forma simples. Exemplos: «Tenho-o trazido sempre». «Que se teria passado?»
A partir desta citação, o participante conclui que seria antes correcto dizer: «Poderia ter-nos sucedido».
O que acontece, porém, é que, na frase em questão, há dois verbos principais: «poder» no futuro perfeito, conjugado reflexamente, e «suceder», no infinito composto. Por isso, esta construção está correcta, segundo as normas da conjugação verbal do futuro perfeito («poder-nos-ia ter sucedido»).
Mas vejamos uma outra hipótese registada na mesma Gramática de referência, na pág.318, que se poderá aplicar à mesma frase e que se adequa melhor a este exemplo.
Tendo em conta a colocação dos pronomes átonos no Brasil, diz a Gramática:
«Pôde-se pôr o pronome depois dos futuros (do presente e do passado) (exemplo: poderá se reduzir», «poderia se reduzir». Deixando de ligar-se aos futuros, para unir-se ao infinitivo, deixou igualmente de interpor-se-lhes aos elementos constitutivos.»
Portanto, o que a Gramática de referência aqui refere não é uma regra, mas apenas uma proposta, ou melhor, uma liberdade de aplicação («Pôde-se pôr»).
Assim, é correcta a frase:
«Poderia nos ter sucedido», o que não invalida a frase em questão: «Poder-nos-ia ter sucedido….»
Serros e cerros
Ao elaborar-se o texto, tinha-se em mente a palavra «cerros», que significa «outeiro, pequena elevação de terreno», amplamente empregada por escritores célebres como Eça de Queirós, Aquilino Ribeiro, Camilo, etc. Por isso, o primeiro ímpeto foi marcar erro à palavra «serros». Mas o que é certo é que «serros» está registada com o sentido de «serrania, conjunto de serras, aresta de monte, espinhaço». Desta forma, optámos, então, por não marcar erro, visto que a palavra existe e é empregada na mesma área semântica.
Yes, yes, yes tamos todos na corrida outra vez!!!:-)))
Zé Pedro, não nos deixes assim....
Zé Pedro, se achou desate lá para não nos (m)atar de curiosidade...
Dona, também recebi o email da Comissão! O Comunicado já está no sítio do Campeonato.
Quanto ao email de reclamação que enviei ontem sobre o teste Especial Escolas, ainda não obtive qualquer resposta! No entanto, já rectificaram a resposta da pergunta número dezasseis, que considerava «à praia», complemento circunstancial de meio.
Quanto aos "hamsters", tudo na mesma...
Hoje, nas minhas aulas, divulguei a correcção do teste apresentada pela CTC. Os "piquenos" muito tristes... e eu ainda mais...
Olá Gigantada!
Fui egoísta por umas horas, mas tive trabalho e queria estar em casa, com tempo.
Entretanto, recebi a mensagem da comissão e respondi:
"À Comissão:
Lamento profundamente o facto de, pela quarta vez consecutiva, se demonstrar que não existe rigor e cuidado na elaboração das provas do Campeonato (Nacional) da Língua Portuguesa.
Sabemos que Portugal é um dos países mais atrasados do mundo, que a falta de empenho, o descuido e o "deixa andar" constituem costume - prática reiterada com carácter de obrigatoriedade -, mas a Língua, senhores!
Mais uma vez, não existe o mínimo respeito por quem se empenha na defesa a Língua Portuguesa, neste caso, os concorrentes do CLP.
Premeia-se - ou desculpa-se - a falta de conhecimentos e de empenho, prejudicando, ainda, os do costume: quem sabe e não se poupa a esforços para saber mais.
Preparem-se, senhores: mais borrasca se avizinha com este 3.º teste em que, nada mais encontrando para pôr à prova os conhecimentos dos concorrentes, se recorre a notas de rodapé! Lembro-me de um malfadado Professor da Faculdade de Direito de Lisboa que massacrava os alunos com expedientes quejandos; bons émulos ele aqui veio encontrar.
A bem da Língua Portuguesa!"
Já vão perceber aquela da nota de rodapé.
Zé Pedro
"Os Provérbios estão vivos no Algarve", com coordenação de José Ruivinho Brasão, edição de 1998 da Editorial Notícias
Na página 98 encontramos o já lendário guardanapo, com uma nota de rodapé, em que se explica a situação concreta em que aqela frase foi empregue, e que inclui um balaio de oferta, que foi devolvido com um queijo embrulhado num guardanapo.
Deste modo se conclui que QUEM NÃO OFERECE NÃO RECEBE, embora considere que o corolário daquela acção deveria ser o contrário, pois houve oferta e retribuição.
E com isto só falta o maldito provérbio! Para quem se recorda, o 1.º CNLP também começou com um provérbio do Borda D'Água, que a deu pela barba.
Ainda temos 45 horas!
Não há esmorecimento!
Zé Pedro
Alexandre assegurar (-me, -se, -te, -no, -vos, se) é um verbo acidentalmente pronominal. Estes são transitivos directos quando não são pronominais, e transitivos indirectos, regendo a preposição de, quando são pronominais (fazem-se acompanhar por pronomes oblíquos átonos do mesmo número e pessoa do sujeito).
Esqueci-me do meu telemóvel em casa.
Para se assegurar de que não perderia o comboio, saiu mais cedo de casa.
Posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades…
Abençoada esta comissão, que parece não ser tão tecedeira como a outra! Assim estamos todos de novo na corrida com 46 pontos!
O guardanapo confirma-se então como A. Era o esperado pela lógica, ainda bem que se desencantou uma nota de rodapé que o confirma (Mas quem raio desencanta uma nota de rodapé??). Já agora desencantaram também a elegante alegada demonstração que o Galois fez do teorema de Fermat que cabia na margem de uma folha?
O 28, mantenho-me na sapiência lógica dos vitivinicultores mais velhos.
O texto 1 asseguro-vos de que dará problemas.
Zé Pedro,
Obrigado. E já nem tanto pela resposta do guardanapo mas pelo meu descanso, pela minha saúde da mente...Mas como é que o Zé Pedro chegou a esse rodapé?
Sobre os provérbios, tenho claro que a chuva em Maio não pode ser boa para a vinha.
A CTC não tem lugar na final!
Independentemente da opção que cada um de nós selecciona estar certa ou errada, a realidade é que aqui se procura, investiga, discute-se, têm-se certezas e dúvidas logo de seguida.
Já tenho uma história para contar: a CTC tinha em mente cerros, depois teve o primeiro ímpeto de marcar erro a serros, então lá se resolveu e foi ver ao dicionário e, finalmente, optou!
Ninguém vai acreditar neste filme e devo receber até os parabéns por ter tanta imaginação.
Percebi mal ou o post da Dona de casa das 8.55 dá como correcto o "assegurar-vos de"? Nesse caso está em contradição com explicações anteriores nas quais assegurar só necessitaria da preposição quando se trate de verbo reflexo (Nothing, vers. 8.55). Eu pessoalmente creio que é erro tal como está no texto.
Miguel de acordo com que sei está correcto.
Amigos, tenho a resposta à unica pergunta que faltava. A 28 é C. Com 100% de certeza.
Estou a tentar entrar aqui desde as 18:30. E só agora consegui. Sabem porquê? É que hoje lembrei-me que ainda não tinha consultado a Diciopédia X, que um amigo que esteve o ano passado na final ganhou e me ofereceu. (Eu abandonei a meio, depois do caso "tecelã".) E decidi instalá-la no meu computador. A partir daí, já não pude entrar aqui mais! Ainda me custa acreditar como é que isto é possível, mas a verdade é que só agora, depois de desinstalar o programa e apagar todos os ficheiros associados, é que consegui. Alguém me consegue explicar isto?
Já volto com a explicação da 28.
Abençoado: não terá sido por isso, porque eu também estive, desde essa hora e até agora, sem conseguir aceder ao "blogger".
E estou muito curiosa em relação ao que tens para nos dizer! :-)
Acho uma piada incrível à lógica de decisões como "poder-nos-ia ter sucedido" não constitui erro, mas vamos permitir que quem tenha assinalado como tal tenha uma hipótese de se igualar àqueles que viram mais um palmo à frente do nariz, que é para isto ser mais giro e não romper com a tradição dos outros anos. Aliás, porque não permiti-lo a todos quantos vêem erros onde os não há e, já agora, a quem não veja os que lá estão?
Ah, e já agora: desculpem lá, mas é que a gente não conhecia a palavra "serro" (e nem sequer nos lembrámos de a ir ver ao dicionário antes de a pormos no texto), por isso achámos que seria erro e, como tal, agora não temos moral para corrigir quem achou o mesmo, como devem compreender!
Adiante...
Olá Gigantes, Gigantes, Gigantes,
Regressada de mais uma das muitas tarefas, vou começar por ler o que ficou para trás.
Mãos-à- obra.
Bem, parece que o problema não era só meu! Eu também não conseguia entrar aqui. Nem aqui nem no MSN!
Abençoado, então vamos ter que abandonar a sapiência lógica dos vitinicultores mais velhos, como referiu o Musicólogo...
Paula, também estou curiosa!
Abençoado, conta-nos tudo, please.
F. Correia: então muitos parabéns pela "imaginação"!
Miguel: um bom comparsa, que já me leva o dobro dos anos no viver e um bom punhado deles na terra, assegurou-me que a chuva de Maio não implica riscos vinhateiros, lol.
Zé Pedro: mas nesse rodapé diz-se, claramente, que é esse o sentido do provérbio, ou o "conclui-se que" é seu? Não dá para ter acesso à explicação tal como foi dada?
Peço desculpa, mas é que - já se sabe - nestas coisas é "cada cabeça, sua sentença"...
E obrigada! :-)
Olá Gigantes
Em primeiro lugar, a solução da 27 é livre e divulgável.
Em segundo lugar, tratando-se este de um espaço restrito, não irei divulgar noutros locais a solução da 28, a não ser que o Abençoado nos der carata branca. Como é lógico, a "minha equipa" mais ou menos doméstica irábeneficiar de tudo o que aqui fomos trabalhando, mas não mais que isso.
Quanto à nota de rodapé, atirei-me a cerca de trinta obras com provérbios e efectuei todas as consultas possíveis, com pesquisa por palavra, por aproximação e índices, até dar com o guardanapo. Depois foi só ler a nota.
Que isto nos sirva de lição: aquela gente não está de boa-fé; isto já não é "língua portuguesa", mas tortura descabida.
Enfim... a CTC no seu melhor
Zé Pedro
A TODOS: a nossa Cris está com uma forte gripe desde sexta-feira. Está a precisar de repouso, mas diz que vai tentar aparecer por cá o mais breve disso se sinta capaz!
:-)
A explicação está chapada, com a história da frase; é referida uma situação concreta com o tal balaio, o guardanapo e o queijo. No fim afirma-se que o significado é "Quem não oferece não recebe".
Não me lembrei da Diciopédia porque nunca a instalei até hoje, e embora tenha muitas nem sei onde estão, com tanto livro a afogar os porcos...
Zé Pedro
Zé Pedro
E a 28C é, de facto, aquela que faz sentido! Onde é que já se viu que o Verão seja caprichoso (com manias e esquisitices; inconstante, difícil) pelo facto do Inverno ter sido chuvoso e o mês de Maio frio... quando isso é aquilo que se quer?
Não faz, pois não? Claro que não!
Vou.
Boa noite Gigantes. =)
Não percebi nada dessa última explicação sobre a transitividade directa e indirecta do verbo assegurar. Deixem-me ir à bica e eu já escarrapacho aqui uma das boas sobre o assunto (assim a encontre, claro!).
***
O que eu mais gostei, foi o facto de se aceitar como bom português, o português do Brasil.
Que desilusão!
Que atentado à língua mãe!
Que justificações sem justificação!
Temos todos, a partir destas «alegações», o direito de exigir que sejam considerados como correctos todos os erros que apontarmos, ainda que os mesmos não consubstanciem erro.
Vamos todos à Grande Final e vamos todos ganhar.Mesmo que o ditado mostre que errámos, argumentaremos, mesmo que sem nexo, e sim seremos todos Campeões!
Que desconsolo, que ingratidão,
Conhecem melhor forma de desincentivar os jovens a trabalhar?
Paula, finalmente notícias da Cris. Já estava a ficar preocupada. Não tenho o contacto dela, por isso peço-te que lhe desejes boas melhoras em meu nome. Um beijinho para ela.
Pode ser que Maio seja bom para a vinha...e que não faça muito sentido que o Verão seja caprichoso lá porque choveu no Inverno e Maio foi frio. Mas uma rápida pesquisa no google indica que existe: Julho fresco, Inverno chuvoso, estio perigoso. Que sentido tem então?
Beijos e abraços para a Cris. Que se recupere e que repouse muito, e em caso de congestão nasal, um guardanapo....
Cá estou de volta. Tive de tratar de um assunto inadiável, e aproveitei para reiniciar o meu computador; queria ter a certeza de que não tinha sobrado nada da Diciopédia X. Como disse antes, a 28 está resolvida. O crédito não é meu, mas de uns quantos amigos que se disponibilizaram a ajudar-me durante o dia de hoje. Enquanto eu ia confirmando, uma a uma e com o maior rigor, todas as outras respostas, eles embrenharam-se na 27 e na 28. Foi um dia longo e aborrecido, mas compensou.
O palpite deles sobre a 27 (A) foi já confirmado aqui pelo Zé Pedro (OBRIGADO!). Eles encontraram a relação guardanapo-mão num dos dicionários, e os provérbios “Mãos que não dais, que esperais?” e “Quem não dá prato não espera guardanapo” em “O Grande Livro dos Provérbios” (2.ª edição) de José Pedro Machado. Claro que isto era apenas um palpite, enquanto que o resultado do Zé Pedro (que coincidência esta, a do nome) é definitivo.
Vamos à 28. A resposta é C, já que o provérbio D foi encontrado. O interessante é onde é que foi encontrado. Num livro chamado “O Folclore do Vinho”, de Whitaker Penteado (Centro do Livro Brasileiro, Lisboa-Porto, 1980). Na página 61, numa secção intitulada “Provérbios do Piemonte”, encontra-se:
“’L meis d’magg fresch e bagnà, a l’è bun per la vigna e per ’l prà.
Maio fresco e molhado é bom prá vinha e para o prado.”
Pronto, já está. Podemos responder ao terceiro teste.
E viva! Estamos todos com 46 pontos, graças às asneiras da nova CTC, que este ano revelou-se ainda mais manhosa e não menos incompetente. Parabéns a todos nós!
P.S. Estou a ser optimista; é que ainda tenho algumas ligeiras dúvidas em relação à 23. A ou B?
ABENÇOADO:
Venha essa explicação! Está na hora da deita que amanhã tenho códigos à espera.
Para todos:
Não deixem de manter este contacto até à final; como nos anos anteriores, está em preparação a almoçarada conjunta depois do ditado e antes do suplício da tarde, com todos os manipansos das primeiras filas.
Zé Pedro
Zé Pedro
Valha-me Nossa Senhora...estou speechless com o guardanapo e a vinha e as chuvas de Maio....ou seja, se chove em Maio há muita uva?
Nothing, espero a tua/sua opinião sobre o assegurar. Eu tenho assumido que asseguro alguma coisa a alguém (não preciso do de para nada).
Com agrado vejo que a resposta à questão do guardanapo está praticamente arrumada!! =)
Quanto à 28, convém dizer que não fiz nem metade da pesquisa intensiva do abençoado ou pelos vistos do zé pedro e já estou farto de provérbios!
Finalmente, a 23. Já cansei de tentar comparar as frases A e B estruturalmente, gramaticalmente, palavra a palavra. Vou olhar para ela pela forma como me soa, fazendo uma pequena análise, mas sem olhar a regras e a gramáticas, afinal tenho me guiado por isso e tenho-me saído bem. =)
A - esta frase nunca me fez confusão. Está apenas transformada numa forma menos habitual, mas estou convencido que o sentido é exactamente o mesmo do que
"A casa estava situada num monte alentejano onde recebia muitos visitantes. [no Verão]"
Não vejo mal nenhum nesta frase.
B - Concordo com o que aqui já foi dito, há que distinguir que propriedade possuem os proprietários: se a rua, se os carros. O que me parece errado é a forma como essa distinção é feita.
Para mim, a forma correcta seria:
"Há automóveis, na rua, cujos proprietários estão ausentes", equivalente a "Na rua, há automóveis cujos proprietários estão ausentes".
Ou seja, a partícula "na rua" tem de estar, quanto a mim, bem separada do resto da frase, para esta fazer sentido. Ou bem separada ou incluída - "Há automóveis na rua cujos proprietários estão ausentes", apesar de aí já dar azo à interpretação no sentido "proprietários da rua".
De qualquer das formas, a frase em análise tem uma vírgula a mais ou uma vírgula a menos para me fazer sentido. Inclino-me (e sei que sou espécie rara) para a 23B.
A casa que recebia muitos visitantes
E não a casa onde recebia muitos visitantes
Quanto muito, a casa onde se recebia muitos visitantes
!!!
A casa estava no monte ONDE recebia muitos visitantes.
O João foi a Praga ONDE fez muitos amigos.
E, desculpem-me, mas estou ingignada demais com a leviandade mostrada pela CTC. Como é que é possível? Já leram bem o mail sobre a anulação da pergunta? Bem resumidinho, aquilo diz que em nenhuma das situações é erro, mas que, como deu aso a algumas confusões, perdoa-se tudo!!!
Não me entendam mal. Por mim, eu queria que todos nós tivéssemos o resultado máximo. Queria e quero, obviamente. Mas não consigo serenar a sensação de injustiça. Anularem, SEM MATÉRIA DE FACTO, toda uma pergunta, para mim é caso para participação ao Governo Civil ou a quem de direito seja, porque mais valia anularem a edição inteira.
E juro que, neste momento, ainda estou para me decidir se mantenho a minha participação ou se desisto. E isto é mesmo verdade!
Ainda se discute a 23?
Há muito que ficou arrumada e limpa; todas as formulações menos o "onde".
A 27 não está "praticamente", está DEFINITIVAMENTE arrumada!
Quanto à 28, embora lá esteja quase tudo, ainda falta o "frio"; o que lá consta é "fresco". De qualquer modo, como em muitas outras situações que se vivem em Portugal no âmbito dacultura, o desejo da CTC é impedir o nosso acesso á final e ter lá só meia dúzia de dóceis concorrentes que anseiam por 10 segundos na pantalha.
E sei do que falo!
Zé Pedro
Muito boa noite!
Para começar, os meus parabéns ao Abençoado e ao Zé Pedro, que tiveram o mérito de responder às irredutíveis questões deste 3.º teste.
A CTC está cada vez mais alienígena: agora cita livros como «Os provérbios estão vivos no Algarve» e «O Folclore do Vinho»! Chega a ser cómico!
Suspeitas, havia-as muitas, mas certezas, nenhumas...
Dona de Casa (lembro-me sempre da da dona de casa que se chama Susan, quando tu comentas): esse foi o meu primeiro raciocínio, que se baseava na entrada do Ciberdúvidas. No entanto, essa entrada referia-se apenas às formas pronominais reflexas: assegurar-se! Estas sim, que pedem a preposição.
Quanto às outras formas pronominais (as que não são reflexas), penso que podemos usar a regra geral de regências verbais, que encontramos em dois capítulos da Gramática de referência (capítulos sobre CI e sobre regências verbais), e que diz que um CI que se encontre na forma de pronome oblíquo, não pede preposição.
No entanto, temos um problema: a entrada do Dicionário da Academia de Ciência citada inicialmente pelo Abençoado.
Quanto à mensagem da CTC. Por um lado, fico contente por passarmos a ter todos a mesma pontuação. Por outro, fico desanimado por se apertar o crivo a quem quer chegar à Final. E por se premiar quem meramente jogou aos dados com o número de hipóteses.
Mas pronto, penso que o facto de todos os gigantes ficarem em pé de igualdade supera as dificuldades que se avizinham =D
A.
1) Ninguém dá mais um passo!
As obras de referência permitem o recurso aos tempos do indicativo mantendo a intenção e o valor imperativos, e não avançam com cláusulas de excepção. Alega-se que poderá servir para atenuar o tom, mas não que se não possa usar quando o mesmo se mantenha ou fique ainda mais afirmativo. Em suma: não há absolutamente nada que nos diga que a frase está incorrecta, e a maioria das pessoas que se decidiu por essa conclusão terá ido atrás da regra que diz que "o imperativo negativo é integralmente suprido pelo presente do conjuntivo", o que, como sabemos, quer dizer algo bem diferente, que em nada interfere neste caso em particular. Ao anularmos esta questão, estamos, no meu entender, a premiar as interpretações deturpadas.
Quando se pede para se assinalar o erro, o ónus da prova incide sobre a existência desse erro. Não se ter a certeza se está correcto não conta para se garantir o erro. Não se ter a certeza de que está incorrecto também não. Só a certeza de que está errado conta.
2) Não via um palmo diante do nariz!
Ou diante, ou à frente, como quisermos. É verdade que se vem utilizando a expressão como sinónimo de não se ser capaz de "ver" para lá do óbvio, de ter dificuldades de compreensão. Mas também é verdade que não é por isso que não podemos dizer que, à conta das condições atmosféricas ou outros condicionadores da visibilidade, alguém não consegue ver mais do que um palmo diante do seu nariz, como a CTC refere, e bem. Aqui, a questão é, mais uma vez, a de que nada nos permite considerar a frase como errada. E era isso que deveria contar, e não um emaranhado de dúvidas e hesitações que, todas juntas, não perfazem matéria de facto, pois cada um terá as suas, o que é natural. E, de novo, com dúvidas não se assinalam erros!
3) Tivéssemos unidos.
Pois é evidente que não se pode aceitar a confusão entre o verbo ter e o verbo estar, pelo que considero de todo desnecessária a inclusão deste exemplo no rol de casos problemáticos. Tinha-a considerado, aliás, uma excelente ideia, por parte da CTC, pois importa, realmente, impedir que os vícios e erros da oralidade sejam "limpos", consubstanciando, este exemplo, uma aprendizagem preciosa digna do ensino escolar.
4) Poder-nos-ia ter sucedido uma desgraça.
A mesóclise é aceite, e as obras de referência contêm essa garantia, quando não mesmo a sua fundamentação. E a frase "poderia ter-nos sucedido" também seria válida, sim. De qualquer das formas, ainda que em presença de múltiplas possibilidades, entre próclises, ênclises e mesóclises, o desafio é o de assinalar aquilo que está errado!!! - estar-me-ei a repetir???. Se não há erro, não se assinala como tal!... O que é bem diferente de não deter conhecimentos para o decidir.
5) Serros e cerros.
A definição de um e de outro termos, diz-nos que qualquer um deles seria possível no contexto descrito no 1º texto. Assim sendo, nenhum dos dois seria errado. De novo, não haveria erro a assinalar... Simplesmente!
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O que é isso, de escreverem uma e-mail a explicar o porquê destes cinco casos não constituirem erro, e, ao mesmo tempo, a dizerem que decidiram anular a pergunta, prejudicando quem realmente viu que não constituiam erro? Isso faz sentido para algum de vós, e sou eu que estou louca?
Bom... Perdoem-me a catarse, mas precisava dela. Vou ver se encontro seja o que for sobre o raio do "assegurar". Mais que não seja, para me calar por um instante.
Alexandre não sei se considere essa comparação um elogio ou uma indirecta, pois a Susan tem tanto de bonito como de trapalhona!?
Vou dormir que se faz tarde e amanhã preciso de cabeça fresca para aplicar bem as leis.
Boa-noite e abreijos
Zé Pedro
O João fez muitos amigos em Praga!
A casa recebia muitos visitantes no monte?
:-|
Isto é para os que sabem italiano: «fresch» só significa «fresco», ou pode ser também «frio»?
É só para tentar não deixar pontas soltas... (estarei a ser demasiado minucioso?)
Na 28C sempre acreditei emocionalmente, pelo que o mais recente contributo me alivia imenso! :-)
Quanto à 27A, é que ainda não estou segura. Creio que nunca ficaria, excepto se desse pelo adágio escrito algures, ipsis verbis, e a sua origem explicada.
Não me sai da cabeça que a rasteira tanto pode ser a de nos levar a escolher a C por se parecer com o único sentido que conhecemos, como a de no-la fazer excluir por mos parecer óbvia demais. Vou reler o que aqui se disse!
E confesso que esta tirada do Zé Pedro me acalmou: "Penso que o facto de todos os gigantes ficarem em pé de igualdade supera as dificuldades que se avizinham"!
É! :-)))
Fresco em Italiano é fresco (pelo menos na pintura, e com significado de novo e recente também; não sei se quanto à temperatura se aplica) e frio é freddo.
Obrigada ao Zé Pedro e ao Abençoado pelo desembaraçar estas duas dúvidas.
Não consigo compreender porque se vai buscar um provérbio que resulta da tradução de um provérbio italiano.
A Italia tem muitos provérbios relativos ao vinho ou à vinha, por motivos óbvios e a pesquisa de provérbios italianos sobre o mês de Maio mostra vários coincidentes com os nossos, até lá aparece o do ano formoso.
O "Maggio fresco e bagnato giova alla vigna e al prato" é fácil de encontrar e deve ser comum.
Agora para ser o delírio completo, só falta alguém encontar a tradução em checo da hipótese C num livro de provérbios sobre as estações do ano.
Boa Noite a todos.
Sei italiano, e frio é fredo.
Por isso ainda não considero DEFINITIVA a resposta à 28, embora existam outras pistas nesse sentido, como a que se encontra no livro de provérbios de Salvador Parente: Maio fresco e molhado é bom prà vinha e para o prado.
É possível que outro livro perdido numa estante pouco frequentada tenha o da 28. Como o Abençoado encontrou aquele, não fiz mais comentários, mas nas minhas buscas tinha encontrado este e outros que apontam no mesmo sentido.
E agora é que vou mesmo á deita.
Zé Pedro
Nothing More,
não vale a pena estar preocupada com o fresco e o freddo, porque a CTC tinha em mente o frio e o primeiro ímpeto vai ser marcar erro :-)
Assegurar que / Assegurar-se de que (aos "inconvictos")...
Da wikipédia (bem sei, bem sei, a wiki uma treta, mas antes pouco...!):
as.se.gu.rar
Transitivo
garantir; dar como certo:
Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar – Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. 25
afirmar convictamente; asseverar; certificar:
Taveira assegurou-lhe que Carlos passara para o botequim. – Eça de Queirós, Os Maias, livro II, cap. VI
Reflexo
certificar-se, pesquisar, informar-se; verificar para ter certeza:
Assegurei-me de que não havia mais ninguém em casa.
Obrigado, Nothing.
Espero que este «pormenor» referido pelo Zé Pedro não seja importante.
Aproveito esta aparente acalmia para sossegar os espíritos porventura preocupados ainda com a pergunta 3. Encontrei, na sexta edição do Prontuário Ortográfico Moderno de Manuela Parreira e J. Manuel de Castro Pinto (p.66):
«Os adjectivos formados por adjectivo mais substantivo são invariáveis: os carros cinzento-pérola, os cavalos puro-sangue.»
F. Correia: não se nota nada que estamos [ambas] revoltadas, não senhora! ;-)
Nothing more than me :
A 27 é A, DEFINITIVAMENTE!!!!
quem quiser pode consultar o livro em qualquer biblioteca. Sugiro a Municipal, no Palácio galveias, ou a Nacional, no Campo Grande.
Eu li!!!!
Até amanhã
Obrigada, Vingador.
Obrigada, Abençoado.
Obrigada, Zé Pedro.
Obrigada, TODOS! :-)
eu estou é divertida com isto tudo!Só me falta o assegurar e ver melhor a 23. Depois para o último dia devo arranjar mais alguma coisinha. E agora é mesmo Boa Noite.
O meu obrigada enternecido ao Zé Pedro, ao Abençoado e a todos os que de alguma forma contribuíram empenhada e exaustivamente para esclarecer e acalmar as nossas dúvidas.
Não sei como se sentem com as recentes tiradas da CT, mas acreditem que não estão sós (se vos serve de consolo).
Pela minha parte, tenho um erro no primeiro teste, encerro a participação no Campeonato da discórdia, mas vou andar por ai ou por aqui.
Beijos e um imenso agradecimento.
Então fui eu que não percebi o que escreveste, peço desculpa. Viste mesmo o tal provérbio lá escarrapachadito, é isso?
"Na página 98 encontramos o já lendário guardanapo, com uma nota de rodapé, em que se explica a situação concreta em que aquela frase foi empregue, e que inclui um balaio de oferta, que foi devolvido com um queijo embrulhado num guardanapo" (Zé Pedro).
- Portanto, aquela mesmíssima frase do nosso teste, ok! :-)
"Deste modo se conclui que QUEM NÃO OFERECE NÃO RECEBE, embora considere que o corolário daquela acção deveria ser o contrário, pois houve oferta e retribuição" (Zé Pedro, again).
- Mas quem conclui? Concluímos nós, da leitura que fazemos (assim o concluíste tu), ou conclui o autor, pelas suas próprias palavras?
Sou uma chata, não sou? :-P
Um abraço,
Paula
Desistes, Isa?
Pois, de facto só não estás não.
Olha um exemplo: http://livrodeestilo.blogspot.com/2008/02/o-enterro-do-campeonato.html
E é a minha vontade, hoje, confesso.
Só não queria ser precipitada.
E também não queria que tu fosses.
Dá para dormires hoje e decidires amanhã? :-P
Um abraço de até já,
Paula
Também sobre o «Para mais» do segundo texto, expressão sobre a qual a Nothing chegou a ter dúvidas: ela aparece registada no dicionário de referência, no verbete "mais", com o significado que todos conhecemos. Não é erro, portanto.
Também não é erro a expressão «zero calorias» no primeiro texto, como comprovei no livro de João Andrade Peres Telmo Móia "Áreas Críticas da Língua Portuguesa". (Houve quem sugerisse «zero caloria», porque o plural começaria só a partir de dois.)
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