Este texto tem como único objectivo dar um modesto contributo para a divulgação, na blogosfera, deste plural. Apesar de o horripilante plural "pais-natal" ser insistentemente corrigido todos os anos pelos linguistas, nem os portugueses médios nem os media portugueses parecem aprender.
Pai Natal, que se escreve sem hífen, é uma expressão lexical (e não um substantivo composto, caso no qual teria de ser obrigatoriamente grafado com hífen ou, pelo menos, preposicionado), constituída por um substantivo (Pai) e um adjectivo (Natal). Como na língua portuguesa os adjectivos concordam em género e número com os substantivos que qualificam, então Natal passa a Natais quando Pai passa a Pais: Pais Natais.
Na minha opinião, mesmo que se tratasse de um substantivo composto (coisa a que estamos condenados), o plural continuaria a ser Pais-Natais, uma vez que não me parece que Natal, tido como substantivo, determine o substantivo Pai (é estranho usar o argumento "há vários pais, mas só alguns são natal", pois também se aplicaria da mesma forma: "há várias couves, mas só algumas são flor", quando o plural de couve-flor é, reconhecidamente, couves-flores). Contudo, admito discordância neste ponto.
A língua está viva, para o bem e para o mal.
Pai Natal, que se escreve sem hífen, é uma expressão lexical (e não um substantivo composto, caso no qual teria de ser obrigatoriamente grafado com hífen ou, pelo menos, preposicionado), constituída por um substantivo (Pai) e um adjectivo (Natal). Como na língua portuguesa os adjectivos concordam em género e número com os substantivos que qualificam, então Natal passa a Natais quando Pai passa a Pais: Pais Natais.
Na minha opinião, mesmo que se tratasse de um substantivo composto (coisa a que estamos condenados), o plural continuaria a ser Pais-Natais, uma vez que não me parece que Natal, tido como substantivo, determine o substantivo Pai (é estranho usar o argumento "há vários pais, mas só alguns são natal", pois também se aplicaria da mesma forma: "há várias couves, mas só algumas são flor", quando o plural de couve-flor é, reconhecidamente, couves-flores). Contudo, admito discordância neste ponto.
A língua está viva, para o bem e para o mal.